𝙶𝙸𝚁𝙰𝚂𝚂𝙾́𝙸𝚂 𝙰𝚃𝚁𝙰𝙴𝙼 𝙰𝙼𝙾𝚁 ❁ Luffy ✓

❂ Cap. 31

Após o almoço, S/n e Luffy pensavam em formas de se distrair. A vida à deriva é bem entediante as vezes, é necessário ter criatividade. Decidiram jogar algum jogo, um jogo de tabuleiro, aleatório, que havia ali no navio.

- Só jogar isso tá me deixando entediado, de novo...

- Isso, ou perder pra mim que é entediante? - Zombou.

- Eu ganhei algumas vezes também!

- Não mais que eu.

- Quero uma revanche! Se eu ganhar, você me deve um beijo.

- Acho que não vai dar...

- Por que? - O brilho que havia nos olhos dele se esvaiu.

- Um é pouco. - Falou manhosamente e um sorriso tomou conta do rosto de Luffy, que voltou a ter um olhar radiante.

- Quantos você quiser, então.

- Achei essa pena muito simples.

- Então se eu ganhar você... - Ele buscava algo diferente em sua mente. - Me ensina algo novo.

- Hmmm, porquê isso, tão de repente?

- As vezes me sinto burro...

- Deixa disso! Eu adoro o seu jeito fofo e inocente. As vezes você só é meio lerdo, mas isso é normal.

- Quem disse que sou inocente?

- Ah, sei lá. Eu te acho bem inocente.

- Eu não diria isso, meus pensamentos não estão tão inocentes ultimamente. - Falou, desconcertado. S/n tentou não rir, mas a fala dele era tão repleta de inocência que foi difícil.

- Isso só prova o quanto você é inocente, ouviu o tom com que acabou de falar? - Luffy desviou o olhar. - E, Luffy, não tem problema nenhum em ter pensamentos assim. Não se preocupe. - Segurou o rosto dele, direcionando o olhar dele para si.

- Tem certeza?

- Sim. Todo mundo pensa coisas assim, uma hora ou outra, é inevitável. No início é estranho mesmo.

- Então quer dizer que você também tem pensamentos assim? - Pôs as mãos no chão, apoiando-se, e aproximou-se do rosto dela. A garota olhou para os lábios dele e sentiu seu rosto esquentar.

- Acho que sim... - Sua voz quase não saiu.

- Que tipo de coisas você pensa? - O olhar dele continha curiosidade de uma ponta a outra.

- Aí você já tá querendo saber demais! - Desviou o rosto.

- Se me contar, também te conto o que pensei. - A proposta parecia tentadora para S/n, mas ela permaneceu em silêncio, não queria revelar seus pensamentos mais íntimos. - Ei! Olha pra mim. - Pendeu seu corpo para o lado esquerdo, buscando olhar nos olhos da garota.

- Que preguiça. - Espreguiçou-se, afastando-se quase de forma imperceptível. Queria desviar do assunto.

- S/n! Tô falando sério, poxa. - Segurou a mão dela, direcionando seu olhar para ele.

- Você não vai querer saber, confia em mim.

- Claro que quero!

- Mas eu não vou querer contar.

- Por que?

- É estranho. - Falou, envergonhada.

- Tá bom, mas também não te conto o que tô pensando.

- Não pode dar nem uma pista?

- Não. - Olhou para o lado, fingindo estar chateado.

- E a nossa revanche, já desistiu? - Provocou. - Se ganhar, eu talvez te conte um pouco do que penso.

- Eu com certeza vou ganhar dessa vez!

- Vai sonhando.

Começaram a jogar, novamente. Luffy parecia mais concentrado e determinado, S/n achou fofo a forma como ele pensava mais antes de fazer qualquer jogada. No final, ele perdeu, por pouco, e ficou entristecido.

- Dessa vez você quase ganhou, não fica assim. - Tentou confortá-lo.

- Agora eu não vou saber o que você tá pensando.

- Eu posso abrir uma exceção e te contar o que eu estava pensando à uns minutos atrás. - Propôs.

- Sério?

- Sim.

- O que era? - Aproximou-se e acabou derrubando algumas peças do jogo.

- Antes de virar o rosto... - Olhou profundamente nos olhos dele. - Eu estava pensando no quanto seus lábios são bonitos. - Luffy ficou surpreso e olhou para baixo, envergonhado. - Aí acabei ficando com vergonha. - Completou.

- Você acha mesmo isso? - Voltou a olhar para ela, lentamente.

- Sim, com toda a certeza. - Sorriu desviando o olhar.

- Eu também acho seus lábios muito bonitos, por isso estou sempre querendo te beijar.

- E porquê não beija?

- Desse jeito, eu ia te beijar toda hora, não sei se você ia gostar.

- Não diga besteiras! Eu adoraria ser beijada por você, não importa a hora.

- Tem certeza?

- Sim. - Aproximou-se dele, deixando-os a apenas alguns centímetros de distância.

- Certeza, certeza mesmo?

- Vai continuar perguntando ou vai me beijar logo? - Luffy sorriu, pouco antes de beijá-la. Ele envolveu a cintura da garota em seus braços, trazendo-a para mais perto.

S/n apoiou um de seus braços sobre o ombro de Luffy e usou a mão livre para tirar o chapéu do mesmo e deixá-lo no chão. Depois abraçou-o pelo pescoço, puxando-o para aprofundar aquele beijo doce. Eles se afastaram para recuperar o fôlego, ambos corados, sem saber para onde olhar.

- Eu jamais recusaria um beijo seu, então, da próxima vez que pensar em me beijar, vê se faz alguma coisa. - S/n apertou a bochecha de Luffy e sorriu.

- Tem certeza?

- Óbvio?!

- Já que é assim... - Ficou envergonhado. - Sempre que pensar em algo, pode fazer também.

Ao ouvir as palavras de Luffy, um filme passou pela mente de S/n, deixando-a envergonhada com todos aqueles pensamentos diversos.

- Tá... - Sua voz saiu baixa e envergonhada. Luffy abraçou-a e fez carinho em seus cabelos, ela aconchegou-se no peito dele e fechou os olhos.

- S/n. - Chamou-a. - Posso deitar no seu colo?

- Claro que pode. - Sentou-se de uma forma confortável e gesticulou para que Luffy deitasse.

O garoto deitou e ficou olhando-a, que tentou se distrair para não corar com aquele olhar fixo e romântico. Ela acabou sorrindo, o que provocou um grande sorriso em Luffy. Ele beijou a coxa da mesma, que arrepiou com a ação repentina.

- Eu já disse que adoro o seu cheiro? - Perguntou, carinhosamente.

- Hm, se disse, não me lembro.

- Então saiba que adoro, bom, não só o seu cheiro, tudo em você me encanta.

- Sabe, as vezes você é muito romântico, aí eu não sei o que dizer...

- Você fica linda até quando está em silêncio, então não me importo. - Sorriu.

- Se você diz...

- Mas estarei aqui pra ouvir sempre que quiser falar algo, eu adoraria ouvir sobre os seus sentimentos.

- Tá querendo que eu faça uma declaração? - Brincou.

- Talvez. - Riu.

- Sou horrível com palavras, me lasquei...

- Sempre que não souber o que falar, me beija.

- Aí eu te beijaria trinta horas por dia, porque só vinte e quatro seria pouco demais.

- Beije até cem, se quiser. - Segurou a mão da garota e ficou brincando com seus dedos. Ela riu, envergonhada.