❂ Cap. 37

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Com Luffy deitado em seu colo, S/n lia um pequeno livro que ele havia escolhido momentos atrás. Ela estava meio envergonhada por ler em voz alta para alguém, e gaguejava as vezes, mas Luffy sempre a encorajava a continuar e repetia diversas vezes o quanto ama a voz dela.

- Ei, S/n! - Ele ficava irritado de uma forma fofa sempre que a garota deixava de acariciá-lo para passar a página do livro.

- Eu tenho que passar a página do livro, se não, como vou continuar lendo?

- Acho que vou arrumar uma akuma no mi de telecinésia para você.

- Eu ainda quero nadar e você não precisa ser tão egoísta. - Apertou a bochecha dele.

- Tá. Mas continua. - Segurou a mão da garota e levou-a até seu cabelo.

- Tá muito folgado pro meu gosto. - Voltou a acariciá-lo.

- Não é minha culpa se você me deixou viciado nisso.

Ele fechou os olhos, aproveitando as carícias e ela continuou a ler, estava mais confiante agora e conseguia ler com mais clareza.

S/n assustou-se e quase derrubou o livro sobre Luffy, que levantou rápido, também assustado. Aquele pássaro que há muito tempo não era visto por ali, estava de volta. A garota arrepiou, tinha medo dele ter trazido consigo alguma carta de Yukari, ela não queria rever aquele pesadelo.

- Bicho folgado, sai. - Luffy tentava tirar o pássaro que pousou sobre o ombro de S/n e acabou levando um beliscão.

- Cuidado. - Ela acabou rindo. - Ele sumiu e voltou depois de tanto tempo, que estranho... - Fez o pássaro descer até seu braço e analisou-o, realmente tinha um bilhete no pé dele.

- Por que ele só obedece você?

- Ah, sei lá.

- Urubu folgado, estragou meu momento feliz! - O pássaro irritou-se e foi até Luffy para bicar seu braço. - Ai, ai! Sai daqui, maluco!

- Calma. - S/n pegou o pássaro cuidadosamente e riu do garoto. - Vamos ver o que você trouxe. - Pegou o bilhete e suspirou, tentando juntar coragem para ver o que estava escrito.

- Não deve ser nada tão ruim. Nada que a gente não resolva. - Ele a abraçou cautelosamente, por medo do pássaro atacá-lo. - Não se preocupa, meu sol.

- Casa comigo? - Brincou ao ouvir as palavras reconfortantes de Luffy.

- Claro!

- Bom, é melhor ler logo antes que eu morra de ansiedade.

Não se preocupe, você não deve nada à marinha. Yukari era apenas um peão. Venha até mim e terá o resto das respostas.
K.S.


- É outra carta do seu pai?

- Como sabe?

- A letra feia. Na verdade, até que tá mais bonitinha agora.

- Eu definitivamente vou esganar ele quando chegarmos naquela maldita ilha.

- Num esgana não, tadinho.

- Tá com pena dele agora? Ele que me fez passar por esse vexame todo!

- Será que ele sabe o nome desse bicho? - Apontou para o pássaro.

- Sei lá. Eu não sabia que ele gostava de pássaros.

- E escolheu logo um que me odeia...

- Ele só precisa acostumar com você. Seu ciúme deve ter assustado ele, tadinho. - Fez carinho no pássaro.

- Ele tá roubando minha namorada.

- Pra que tanto ciúme de um pássaro?

- Eu já disse, ele estragou meu momento feliz. O nome dele deve ser Henko, bicho esquisito, e ainda se intromete na vida dos outros.

[Nt.: へんこ (He n ko) - estranho]

- O nome parece tão bonito, mas só é bonito se você não souber o significado.

- Acho que ele não sabe, se não teria me beliscado de novo.

- Henko, então?

- É. Só assim posso xingar ele sem acabar todo lascado.

- Eu não confiaria tanto se fosse você, vai que ele descobre. - Riu.

- Só se você contar...

- Tem certeza que vai ser esse nome? Tadinho...

- Tadinho nada, tadinho de mim que fiquei sem você.

- Chega de ciúmes, pega algo para o Henko comer e depois volto a ler para você, tá? - Beijou a testa dele.

- Pode deixar!

Luffy foi rapidamente até a cozinha e voltou com uma maçã. S/n pegou uma pequena faca em seu bolso e foi cortando a fruta em pequenos pedaços e dando para Henko que animou-se rapidamente.

- Que inveja... - O garoto falou baixinho.

- Aqui. - Ela direcionou um pedaço à boca de Luffy, que comeu enquanto seu rosto ganhava um leve rubor.

- Eita, ele foi embora. - Observou o pássaro voar.

- Acho que não. - O pássaro apenas havia pousado num local mais alto e ficou lá observando o horizonte.

- Tá. De longe ele até que é bonitinho.

- O ciúme passou? - Aproximou-se dele.

- Hmm... Não sei. - O olhar dele demonstrava que tinha algo em mente.

- Por que não sabe? - Luffy aproximou-se ainda mais dela.

- Não faça tantas perguntas, S/n. - Olhou para os lábios dela.

Ela olhava-o, envergonhada, tentando segurar sua vontade de beijá-lo. Era como uma batalha mental, onde disputavam quem conseguiria segurar-se por mais tempo. Já era possível ver Luffy meio inquieto, mordiscando seu lábio inferior como se tentasse reprimir a sua vontade, mas foi inútil.

Beijou-a, beijou-a com fervor. Ela estremeceu ao sentir as mãos dele percorrendo seu corpo, com um imenso desejo. Ficou envergonhada com aqueles impulsos de Luffy, acabou pensando que jamais imaginaria esse lado dele quando o conheceu.

Luffy a beijava sem pensar em mais nada. Beijou o rosto dela diversas vezes, lentamente, e desceu até o pescoço onde deixou algumas marcas que ficariam roxas depois. Invertendo tudo, S/n segurou o rosto dele, fazendo-o parar, e começou a beijá-lo desde o pescoço até a clavícula. Ele arrepiava de uma forma surreal, não sabia o que fazer, apenas fechou os olhos, sentindo o momento.

- Acho melhor pararmos. Se aparecer alguém, aí sim eu pulo no mar e nunca mais volto. - Estava envergonhada.

- Acho que agora eu entendi porque mordidas são tão boas. É maluco, mas é muito bom.

- Só cuidado com as marcas que ficarão aí. Essa sua camisa não deve cobrir muita coisa. Vai ser meio vergonhoso, eu não devia ter feito isso, foi mal...

- Não tem nada de "mal". Larga disso! - Segurou o rosto da garota e deu-lhe um selinho rápido.

- Tá. Mas se alguém falar disso depois, não vem me culpar...

- Se alguém falar eu faço questão de descrever o quanto é bom, só pra deixar com inveja. - S/n riu da afirmação de Luffy e o abraçou.

- Muito humilde, ein?

- Óbvio. - Abraçou-a de volta, sentindo seu perfume.

𝙶𝙸𝚁𝙰𝚂𝚂𝙾́𝙸𝚂 𝙰𝚃𝚁𝙰𝙴𝙼 𝙰𝙼𝙾𝚁 ❁ Luffy ✓Where stories live. Discover now