Um casamento por contrato entre um futuro Duque e a filha de um Barão deverá acontecer. Porém, nada sai como o esperado.
Aurora Rose deveria se casar com Louis Thompson, o futuro Duque de Alexandria. Porém, graças à nova Baronesa das flores, Louis...
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♛ Edward ♛
Não havia nada que se pudesse ver pelo lado de fora da carruagem estrada afora. Edward sentiu um frio tomar a sua espinha ao se lembrar da morte do seu irmão, Louis, há pouco menos de um mês nas mesmas circunstâncias em que ele se encontrava agora – em uma névoa densa e clima frio.
O corpo de Louis, do cocheiro e de seu pai foram totalmente carbonizados pelo lado de fora da carruagem de Alexandria. Os rebeldes, no entanto, deixaram todo o resto intacto, levando consigo apenas objetos de valor. Os cavalos haviam sido poupados, os documentos importantes — como, por exemplo, o contrato de casamento — também. Não havia uma mensagem clara mas, no fundo, Edward sabia que se tratava de vingança.
Fora uma cena de grande horror quando precisou ir de encontro com todos os seus pertences. Ambos haviam sido golpeados antes de serem queimados, pois, havia uma grande quantidade de sangue nos assentos da carruagem, que banhou de vermelho o chão por consequência. Todavia, não conseguiu distinguir através dos corpos quem era Louis e quem era o duque, afinal, os seus restos estavam completamente enegrecidos por causa do fogo.
Edward suspirou. Ele ainda não sabia o que estava acontecendo em Alexandria, mas tinha plena certeza de que precisava lidar com isso o mais rápido que pudesse. Havia um movimento que não era muito antigo tentando mudar a regência da cidade, e haviam conseguido isso através da morte de seus dois únicos parentes. O problema era: por que confiar o ducado de Alexandria logo a ele? Será que os rebeldes sabiam da sua real situação e tinham conhecimento de que não havia estudado um assunto sequer de como governar? Afinal, por mais insatisfeitos que eles pudessem estar, não conseguiria mudar as coisas da noite par ao dia, porque não tinha conhecimento de como fazê-lo.
Suas divagações eram causadas pela escuridão que se encontrava lá fora. O frio cortante tentava entrar pelas frestas da porta e das janelas e conseguia, trazendo um ruído fantasmagórico naquela noite tão assustadora. As coisas estavam mudando tão de repente em sua vida que começara a achar que deveria ir se benzer.
Estava triste por ele e Aurora. Iriam se casar no dia seguinte, perto do almoço, e aproveitariam a manhã mesmo que congelante para comemorarem sua união. Muitas pessoas haviam confirmado presença apesar de sua grande maioria estar fora de Londres.
Sentiu-se mal por ela. A noiva estava ansiosa, tanto quanto ele, para dividirem suas vidas juntos. Agora vivia à mercê do medo da morte de sua irmã.
— Eu sinto muito — ouviu a voz de Sebastian como se conseguisse ler os seus pensamentos. — Por você e Aurora.
Edward tentou se espreguiçar, mas a cabine parecia absurdamente pequena para o seu tamanho.
— Não sinta, eu e Aurora estamos bem — interviu forçando-se a se sentir grato por ambos estarem vivos e sem grandes ameaças às vistas. — Eu é que sinto por Marianne e por Louis, que tiveram suas vidas viradas de ponta cabeça de uma maneira tão mórbida.
