A verdade

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Por mais que Mors não quisesse admitir, teve um tempo agradável com Tyler. Os dois assistiram orgulho e preconceito juntos e comeram pipoca até o pai de Tyler interromper o momento  à procura de um suspeito.  Mors sabia que o suspeito era seu tio. Quando voltou para a escola, percebeu que Wandinha não estava ali.

"Mãozinha foi atacado!"

"Do que está falando?"

"Venha no esconderijo do tio Chico."

Mors nem se deu o trabalho de terminar o caminho para a escola e correu para encontrar a irmã. Quando abriu a porta, viu Mãozinha na mesa rodeado de sangue, mas com novos pontos na palma e na parte de trás.

— Ele foi esfaqueado por trás.

— Está bem agora, mas nos deu um susto. — Chico continuou.

Mors suspirou aliviada e se aproximou de Mãozinha, que ainda estava um pouco fraco. A garota fez carinho no topo da mão e se abaixou para ficar na altura da mesa.

— Isso não vai ficar assim. — ela falou para a mão e se levantou. — Quem fez isso vai pagar.

Eram raros os momentos em que Wandinha via sua irmã com ódio de alguma coisa, mas Mãozinha era muito importante para ela, e Wandinha sabia que Mors com ódio genuíno era pior do que ela mesma.

— Como foi com Tyler?

— Supreendentemente agradável.

— Conseguiu descobrir algo? — Mors negou.

— Nada muito comprometedor. Mas o xerife encontrou sua moto, tio. Precisa ir embora amanhã cedo.


— Onde está Wandinha?

— A psicóloga Kinbott foi assassinada. Ela foi até o estúdio do Xavier.

— Hoje? — Mors perguntou em choque. — O que ela foi fazer atrás do Xavier?

Enid ficou receosa. — Ela tem certeza que foi ele.

Mors bufou e pegou um casaco antes de ir para o estúdio do garoto. Quando chegou, a irmã já conversava com ele.

— Ótimo, você também veio me acusar de ser um assassino que esfaqueou o Mãozinha? — Thorpe a encarou.

— Wandinha, o que pensa que está fazendo?

— Já chega de esperar, Mors. Ele é o assassino.

— Claro, eu sou o assassino da sua história. — Xavier disse com a faca que Wandinha acusou de ter furado Mãozinha. — Meu pai acha que minha saúde mental é um problema que ele deve gerenciar. Queria manter o filho problemático longe dos tabloides, por isso as sessões. Não fui até o seu quarto, acredite ou não. Eu não ligo.

— Sua pintura está bem melhor, — Wandinha se aproximou de um dos quadros. — Eu gostei dessa aqui. — ela tirou o pano da frente e o rosto de Kinbott com arranhões surgiu. — Parece que viveu ela.

— Eu sonhei com isso. Fui alertá-la.

— O que a bombinha do Rowan faz aqui? — o menino franziu o cenho. — Ou os óculos do Eugene. Ou as fotos que tirou de mim e Mors? O colar da Kinbott.

— Alguém colocou isso aí! — ele encarou Mors. — Eu não fiz nada disso, eu não sou o assassino, Mors! — A garota o encarou em choque.

— Parado! — a porta abriu bruscamente e o xerife entrou com sua equipe. — Solte a faca, de joelhos!

𝑻𝒐𝒐 𝑵𝒐𝒓𝒎𝒂𝒍 • 𝑿𝒂𝒗𝒊𝒆𝒓 𝑻𝒉𝒐𝒓𝒑𝒆Where stories live. Discover now