Quinto Capítulo: O Palácio.

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Reino de Talokan.

Namor me levou até o seu palácio real, a estrutura de vibranium era bastante semelhante a uma das pirâmides maias mas especificamente ao templo de Kukulkan que ficava em Yucatã, no México. Adentramos ao lugar tudo era tão vivo cheio de cores vibrantes possuía diversas pinturas dos diferentes deuses maias, tinham vários talokanos transitando pelo lugar de um lado para o outro apenas parando para reverenciar o seu rei.

Um dos seus súditos tinham um traje diferente era preto com detalhes em coloração dourada e branco, ele estava usando a máscara que agora eu sabia que servia para terem respiração fora d'água estranhei o motivo já que devíamos estar nas profundezas do oceano quando ele se aproximou e falou algo, o meu conhecimento na língua nativa maia era horrível e não consegui entender absolutamente nada, depois que o homem saiu do cômodo eu olhei confusa para Namor.

__ Venha comigo, você deve gostar dessa área!

Ele pediu o seu tom demonstrava entusiasmo, eu assenti curiosa logo o seguindo quando seguiu para outro cômodo.

Assim que chegamos ao lugar, os meus olhos se arregalaram atônitos nós estávamos em uma espécie de cabine transparente lembrava muito um aquário submerso o espaço era enorme e tinha várias pessoas com o mesmo uniforme do homem anterior, elas usavam as máscaras de respiração já que o ambiente não tinha água o que fez sentido o uso.

A porta foi aberta e nós fomos sugados para dentro notei que tinham várias armaduras sendo realizadas sobre a enorme bancada consegui ver na outra divisória transparente vários armamentos tanto para o seu povo quanto para os animais.

__ ¡Líik'ik Talokan!

O homem de antes surgiu segurando um dispositivo nas mãos, era possível ver o holograma de uma enorme baleia.

__ Seja bem-vinda este é o nosso laboratório, ele é usado para criar tudo o que você viu no meu reino! __ Ele pronunciou, parecia animado em me mostrar o lugar.

__ Graças ao vibranium temos tecnologia avançada para viver longe da superfície!

__ É incrível! __ Elogiei admirando tudo, os seus súditos tinham os seus olhos fixos em mim.

Me aproximei tocando levemente uma das peças que estava sobre a bancada quando foi afastada bruscamente das minhas mãos.

__ ¿Qué estás haciendo? ( O que está fazendo?)

Questionou Namor.

__ ¡Ella es de la superficie, mi rey! ( Ela é da superfície, meu rei!)

Ele olhou para mim de cima para baixo como se eu fosse a coisa mais repugnante que ele tinha visto em sua vida, eu me afastei extremamente envergonhada pela situação.

__ ¡Kodmi, Rosalinda esta conmigo! ( Kodmi, Rosalinda está comigo!)

O seu tom de voz antes animado tinha mudado para um tom sério, sua expressão facial estava sombria aquela que causava temor só de olhar então o seu súdito curvou-se perante á ele em silêncio, me aproximei dele ficando ao lado de Namor tocando o seu braço logo os seus olhos estavam em mim mesclando entre as ondas fracas e as ondas turbulentas.

Suspirei.

__ Está tudo bem ele está certo, eu sou alguém da superfície que apresentei perigo para Talokan!

Ele estava certo se não fosse minha criação nada disso teria acontecido mesmo sem saber o motivo do protótipo eu desenvolvi para o Exército.

Ele falou algo na sua língua nativa ao homem que apenas assentiu e voltou a suas atividades, seguimos para a outra área, os animais estavam circulando pelo oceano enquanto admirávamos pela proteção transparente quando encontramos uma enorme baleia-azul que estava imitindo som, tinham outros animais como tubarões e grandes tartarugas, os cuidadores dessa vez não tinham a proteção da máscara já que estavam no oceano do lado de fora do laboratório.

Admirei os animais e não percebi que ainda mantinha a minha mão no braço de Namor, afastei imediatamente a minha mão um pouco envergonhada pelo ocorrido ainda bem que ele pareceu não notar o meu gesto quando pronunciou novamente.

__ Essa área foi desenvolvida para que pudéssemos ajudar a recuperar os animais que acabaram sendo feridos pelas redes de pesca, uso de explosivo impróprios, algumas delas com parasitas ou ingestão de plásticos da terra. __ Contou e eu assenti lhe ouvindo sua voz era calma, ele seguiu para próximo dos animais e pareceu sussurrar algo.

__ Quanto tempo está tratando essa baleia? __ Questionei curiosa observando os ferimentos.

__ Um pouco mais de um mês, tivemos melhora em seu grupo enquanto as tartarugas tendem a demorar mais por causa do casco! 

Ele me respondeu.

__ Poderia acelerar o processo com tecnologia molecular! __ Apenas citei em voz alta e sua expressão era um pouco confusa.

 __ Oh, me desculpe! 

Tentei me desculpar quando notei que estava me intrometendo muito.

__ Você é a cientista aqui. Estou lhe ouvindo! __ Ele me incentivou.

__ A tecnologia molecular seria mais rápida e eficiente nesse tipos de casos, as moléculas são desenvolvidas para agir diretamente no alvo do problema como uma "chave mestra" e desativa os fatores! __ Expliquei de uma forma mais científica mas sua expressão engraçada confuso quase me fez rir.

__ Se a baleia for tratada pela tecnologia molecular logo o ferimento seria reconhecido, estimulado pelos seus anticorpos e cicatrizado em dias ou semanas sem apresentar cansaço, dor ou algum fator que não agiliza o processo da cura! __ Lhe dei uma explicação rasa e ele concordou.

__ É uma ótima tecnologia, Yzir parece exausta e agressiva ás vezes! __ Ele disse se referindo a enorme baleia.

__ No meu vilarejo temos um pequeno laboratório, eu posso trabalhar nisso! 

Sugeri e ele iria responder quando Namora apareceu no corredor gesticulando para ele então saímos do laboratório e seguimos até ela, sua expressão séria parecia ser sua marca.

__ Kukulkan!

Nós três fomos para a sala do trono real eu deveria contar quantas vezes tinha ficado impressionada com este lugar, o assento real de coloração vermelha com detalhes em dourado logo abaixo do grandioso sol em Talokan era algo magnífico, o trono ficava dentro de uma enorme arcada dentária de tubarão de vibranium tinham vários símbolos dos deuses maias e uma enorme pintura da serpente emplumada que representava Kukulkan.

Um pouco adiante logo avistei Attuma com trajes diferentes do que tinha visto anteriormente sendo acompanhado pelas mesmas mulheres que tinha visto antes, a que parecia mais velha segurava o seu braço então entendi que era a sua companheira logo atrás tinha uma outra mulher mais nova com vários adereços dourados no cabelo e um bonito vestido vermelho.

Quando olhou em minha direção nadou de forma eufórica se aproximando de mim, achei que estava vindo em minha direção, me encolhi um pouco dentro do traje mas ela apenas passou por mim e por Namora parando diante de Namor ergueu os braços ao redor dele e o abraçou.

Namor parecia estático com o abraço repentino depois de alguns segundos que então ele empurrou ela para trás se afastando do aperto, Attuma e a mulher ao lado se entreolharam, ele pareceu reclamar algo de forma irritada contra a mulher mais nova só que mesmo depois da reclamação ela continuou lado do rei segurando o braço dele enquanto exibia um sorriso radiante no rosto.

Não sei se eles tinham algo mas ela parecia gostar dele.

__ Edios!

Ele a chamou esse deveria ser o nome dela quando prestou atenção nele e então pareceu dizer algo na língua nativa só entendi o meu nome durante a frase e então o seu olhar foi direcionado a mim, então a sua expressão de felicidade tinha se tornado algo sério poderia ver a raiva intensa sendo direcionada para mim. Namor se afastou dela se aproximando de mim os demais o reverenciaram, as suas mãos seguiram para o meu traje quando percebi fui lançada para cima.

Paramos diante de uma enorme porta, possuía uma enorme runa de Kukulkan o que deduzi ser os aposentos reais de Namor, parecia ter a mesma estrutura do laboratório de não ter água dentro do cômodo olhei para ele incerta sobre adentrar em um ambiente íntimo para ele.

__ Venha comigo, quero lhe mostrar algo!

Ele pediu.

El Niño Sin Amor- NAMORWhere stories live. Discover now