Sua inconsciência duradoura a manteve dormente por muitas horas. Jisoo não conseguia ouvir ou ver nada, apenas sentiu o seu corpo leve sendo transportado e depositado no banco de um carro. Certamente, Taehyung havia lhe dado mais sonífero para que pudesse aspirar.
Foi recuperando os sentidos ao abrir levemente os olhos. Embora a visão ainda estivesse um pouco turva, viu que estava sendo carregada para o interior de um castelete.
A única coisa que conseguiu captar foi a visão de um jardim na área frontal. O monumento era integralmente constituído de pedras: paredes, colunas, pilastras. Ele tinha uma grande extensão e possuía inúmeras janelas, dando a indicar de que era segregado em muitos cômodos.
Seu telhado todo verde dava um ar mais sutil ao lugar. Pelo aspecto, podia-se julgar que o local tinha anos de existência, se não, séculos.
Jisoo também constatou estar sendo sustentada por braços fortes. Sua cabeça estava encostada ao pescoço de alguém, sentindo o aconchego e a fragrância marcante da pele gélida. Então, identificou uma respiração quente e masculina que soprava no seu rosto.
Logo, foi colocada deitada num sofá macio. Seus olhos vasculharam e tentaram absorver o excesso de informações: o carpete vermelho de estampa indiana, a harpa de madeira, o piano ali no canto, o candelabro no teto ornamentado, a lareira esquentando...
— Onde eu estou?! Que lugar é esse? — Recobrou a noção e se levantou. A essa altura, não tinha mais nada lhe prendendo os pulsos.
— Bem vindo a minha humilde residência, amore mio — Taehyung estendeu os braços à sua frente, com deboche.
— Que palhaçada é essa? Eu quero ir embora! — Levantou-se de súbito e saiu correndo desnorteada, sendo barrada por ele no mesmo instante.
— Pode gritar, berrar ou espernear... Daqui você não sai — Taehyung agarrou-a pelos braços.
Ela não tinha chances contra a força dominante dele. Antes que pudesse chegar às escadas, Taehyung a alcançou numa velocidade imensurável.
— Me larga! — Tentava se soltar, mas era praticamente impossível.
O vampiro a soltou com brusquidão, recolhendo um molho de chaves do bolso e mostrando-a.
— Mesmo que tente, já tratei de trancar todas as portas. Aconselho que não pule as janelas se não quiser morrer com uma queda feia — erguia as sobrancelhas, com escárnio.
— Morrer é até mais preferível do que suportar sua presença mais um segundo — cuspiu as palavras, com o ódio transparecendo pelos olhos.
— E mesmo se sair, não vai conseguir voltar... Esse castelo está localizado numa área restrita e de difícil acesso. Nem o FBI consegue acessar esse lugar! Não poderá retornar a cidade sem que alguém a leve de volta. É capaz que se perca e morra de fome por não conseguir sobreviver.
— Você é abominável! Seu monstro desprezível! — Os olhos marejaram.
— Não posso permitir que vá embora, Kim Jisoo. Pelo menos, não tão cedo — cruzou os braços, com convicção. — E para seu descontentamento, sou eu a ter autoridade nesse lugar, então, a minha opinião sempre prevalece.
— Não tinha um jeito pior de me punir? — Questionou, irônica. — Tinha que me impossibilitar, torturar e me trazer aqui para me fazer de refém?!
— Auto-lar! Eu não torturei você, apenas o seu irmão — Taehyung se defendeu.
— Que seja!
— E quem disse que isso é um sequestro? Acha mesmo que irei ligar para sua família e exigir o dinheiro do resgate?
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Maria Magdalena | (Vsoo)
FanfictionHARRISBURG - PENSILVÂNIA, 2005 No primeiro dia de aula do segundo semestre, Jisoo conhece Kim Taehyung, o novato todo misterioso e rodeado de segredos, cuja família é bem comentada no colégio. Incomodada com o olhar fixo que ele dirige a ela, como s...