𓂀 ℂ𝕒𝕡í𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟞 𓂀

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25/03/2023

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25/03/2023.

Terça-feira.

00:35 PM.

Oficialmente falando era para eu estar agora em um avião a caminho de Bahamas para curtir a bela ilha tropical ao lado da minha bela esposa e dos meus dois filhos, mas o trabalho sempre vem em primeiro lugar. Enquanto eu terminava de arrumas os últimos detalhes para viagem meu telefone pessoal toca e vejo que era uma ligação do meu chefe de seu número pessoa. Achei estranho já que mesmo trabalhando a vinte e cinco anos ao seu lado nunca havíamos deixado de manter as formalidades. Eu sabia que assim que atendesse o telefonema as férias em família acabariam, mas mesmo assim eu atendi... e o que eu já previa aconteceu. Fui escalado para o caso da menina Jones. Eu pude ver o ódio nos olhos do meu filho Stan e a magoa nos olhos castanhos de Alice, sem contar a decepção da minha esposa Maria. Minha mulher tentou acalmou as crianças, mas todos nós sabíamos que isso não ia acontecer.

Saio de casa com o coração quebrado e vou até a delegacia, afinal o dever me chama. Assim que chego no meu local de trabalho vejo que está tudo uma bagunça incontrolável, todos parecem nervosos e estressados ao extremos. No momento em que meu chefe me vê parado na porta da delegacia tentando entender todo esse caos ele parece aliviado.

- Finalmente você chegou! Está tudo uma merda, Smith. Desde que essa menina sumiu eu já recebi ligações até do primeiro ministro. – Meu chefe diz me guiando para sala de operações secretas. Assim que entro vejo o líder das forças armadas britânica, o representante do primeiro ministro e mais vários homens com patentes altas no exército inglês. A pergunta é, o que eu estou fazendo aqui? – O detetive Smith finalmente chegou. Smith, esse é o senhor Antony Jones, pai da menina desaparecida.

- É um prazer conhecer o senhor. – Digo apertando a mão do rei de imóveis de luxo da Inglaterra. Eu sempre vi o senhor Jones nos outdoors com um sorriso brilhante e uma confiança invejável, mas agora ele está na minha frente com uma feição acabada e assustada.

- Também é um prazer poder conhecer o Sherlock Homes da vida real... é assim que te chama, não é? – Ele solta uma risada triste. – Você achou as meninas Woods a alguns anos atrás, não foi? Acha que pode encontrar a minha menina?

O caso Wood pode ter sido o mais difícil da minha carreira até agora, mas eu consegui resolver tudo em cinco meses. O padrasto "amável e doce" havia prendido as gêmeas de oito anos em um porão secreto dentro da mansão da família. Foi bem frustrante ver que a resposta estava de baixo do meu nariz aquele tempo todo e ter convido com o padrasto das meninas por toda investigação me fez pensar que era impossível desconfiar dele. O cara parecia tão acabado quanto o Jones me parece agora, mas tudo não passou de atuação e mentira.

Eu não sabia o que responder ao senhor Jones, eu nem sabia o que havia acontecido com a filha dele, a única coisa que sei é que ela sumiu, mas tirando isso? Nada, uma vizinha fofoqueira estava mais a parte do caso do que eu, mas parte do trabalho de um investigador é mentir para achar a verdade.

- Eu acharei sua filha senhor Jones. Custe o que custar. – O homem aperta minha mão e é levado da sala por um homem um pouco mais novo que ele. Logo vejo um rosto conhecido por mim dentro da sala, Lewis. Bom saber que o meu parceiro estará nessa comigo outra vez.

- Agora que o senhor Jones saiu podemos começar a reunião. – Meu chefe diz fazendo com que os homens ali presentes prestassem atenção nele. – Os pais da vítima fizeram questão de que o investigador Smith estivesse no comando dessa operação, então quero que vocês atualizem o investigador de todos os detalhes. Eu estarei tentando acalmar os jornalistas que não param de ligar e os parlamentares que exigem respostas. Até o fim do dia quero ter uma declaração publica para fazer a imprensa. Trabalhem. – Meu chefe sai da sala e todos os olharem caiem em mim.

- Bom, como disse o General Rubens, me passem todas as informações. – Digo e me sento na cadeira no meio da mesa redonda.

- Tenente Douglas Marche para o serviço, senhor Smith. – O tenente bateu continência para mim antes de me esclarecer o caso. – A menina Chiara Jude Jones, de recém completados 18 anos de idade desapareceu hoje às 12:37 da tarde. A menina loira de um e sessenta e sete sumiu após chamar um carro de aplicativo.

- Ok. Primeiro eu quero que rasteiem o celular da Chiara, segundo eu quero a placa do carro e a ficha do motorista do aplicativo e em terceiro lugar eu quero todas filmagens de hoje aonde esse carro passou até o momento do desaparecimento da menina. Precisamos dar uma declaração ainda hoje, então direto ao trabalho.

O primeiros passos de uma investigação de desaparecimento são sempre rápidos. Geralmente em menos de vinte e quatro horas já sabemos qual rumo temos que dar para operação. Em casos de meros mortais precisamos esperar pelo menos um dia para podermos dá início a investigação, ainda mais se tratando de uma maior de idade, mas claro que a Chiara não é uma mera mortal. Ela tem sangue prata, o que significa que se eu não achar a menina será o meu pobre sangue vermelho que será derramado.

Se for um sequestro comum o sequestrador entrará em contato com a família pedindo dinheiro, e pela vitima ser quem é a grana vai ser muito alta. Branquinha, loirinha, o bebê da família? No mínimo um milhão de libras. Que Deus esteja com essa menina. 

Capítulo postado depois das ameaças de morte que eu recebi :)

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Capítulo postado depois das ameaças de morte que eu recebi :)

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⏰ Last updated: Jun 29, 2023 ⏰

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