Mulher Do Traficante

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Camila

A gente se arrumava para ir somente pro baile, eu vestia uma saia branca com um cropped preto de brilho, e tody havia acabado de cortar o cabelo e tava todo trajado de nike, juro, esse homem tem um cheiro inexplicável, e quando eu vi ele de preto chegando em mim, com o cabelo bem feito, eu senti meu coração bater mais forte, eu sorri toda boba, ele vinha até mim e me puxava bem forte pela cintura, ficando com o corpo colado ao dele, ele levava a mão no meu pescoço e me enforcava um pouquinho, era a primeira vez que faziam isso comigo e eu me arrepiei inteira, eu fiquei sem reação e ele sorriu maliciosamente com isso, me dando um selinho e tirando a mão de lá

- A Ray vai depois, vem comigo, sobe na moto. - Ele dizia sorrindo e eu subia na moto logo depois dele, desciamos da moto e via que estávamos na frente da salinha onde ele trabalhava, e lá ele tampava meus olhos e a gente entrava devagar e ele ainda tampando meus olhos até que sussurrava no meu ouvido colocando o rosto no meu ombro e beijando meu pescoço.

- Pode olhar agora. - Ele dizia e eu via uma caixinha da Pandora em cima da mesa e uma caixa de bombom da ferrero rocher, eu ficava sem reação, arregalava os olhos e meu rosto ficava pálido, naquele momento pensei que ele fosse me pedir em namoro ou algo do tipo e minha mão começava a suar bastante, eu começava a me tremer, e ele vinha pegando o anel e abrindo a caixinha, ficando na minha frente, o anel era bem lindo e eu ficava toda encantada.

[foto do anel na multimédia]

- Não é grande coisa, não é um pedido de namoro ou algo assim, mas é um presentinho pra você, minha menina, espero que goste. - Ele dizia todo sério e sorria de canto no final, colocando o anel no meu dedo e quando eu escutava ele dizer "minha menina" meus olhos se enchiam de água, e eu parecia uma criancinha prestes a chorar. Ele me entregava a caixa de bombom e eu sorria meio tímida e ele sorria depois de mim, dando um beijo na minha testa que me deixava toda sem jeito, e íamos pra fora, subindo na moto.

- Cara, pô, você não existe...muito obrigada meu amor, eu tô sem palavras, eu não mereço tanto...muito obrigada mesmo, não precisava. - eu dizia sem saber o que fazer e eu segurava um pouco forte na cintura dele, ele não me respondia e quando chegavamos no baile ele descia da moto, a desligando e indo em frente falando com um monte de gente, eu me sentia bem sozinha ali, sem entender muito a reação dele, eu ficava uns segundos olhando pra minha mão com o anel e logo ia em frente, vendo a Ray e indo até ela.

- Raya, eu não sei o que fazer, seu irmão me deu um presente muito fofo mas acho que ele não gostou da minha reação, saiu andando. - eu dizia um pouco nervosa, não de raiva entende? eu estava suando um pouco, pois eu nunca tinha ganhado algo assim em toda minha vida.

- Deixa disso, ele é um boboca mesmo, vem pra cá, a gente vai beber até não aguentar mais! - Ela dizia rindo com um copo na mão, e dava pra ver que ela já estava um pouquinho bêbada, ela não aguenta nada mesmo...rs

- Cadê seu guarda costas? seu namoradinho? - Eu dizia rindo e pegando whisky pra mim também, a gente bebia juntas e ficávamos dançando ali e rindo atoa, julgando quase todo mundo ali.

Tody

Muitos podem não entender minha reação ou me julgar, mas acontece que eu saí de um relacionamento a pouco tempo, eu já superei mas não quero sentir algo por alguém novamente, mas quando eu tô com a Camila eu sinto resquícios de amor, era como se eu quisesse ela por perto, mas por medo a afastasse pra longe...

Ela tava tão linda, era como uma princesa pra mim, ou mais que isso, mas se eu a elogiasse agora iria acabar com minha autoestima.

Eu via o C11 e a gente trocava uma ideia sobre as cargas que estava pra chegar e ele me entregava a minha arma e eu colocava na minha cintura, pegava um copo de whisky com energético e bebia devagar olhando para todos no baile até que meus olhos travavam na Camila e minha irmã, as duas dançando e eu resolvi não ligar, fui com C11 até a salinha e chegando lá conversamos