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Dois anos atrás, dia 25
em novembro

Eu mal tinha acordado, e só conseguia ouvir minha madrasta gritando e fui ver o que era.

— Seu pai ontem saiu, e ainda não voltou, e nem deu sinal de vida - Quando ela me disse isso, eu fiquei pálida de tanto nervoso que eu tava...

Aonde será que ele tá? O que fizeram com ele?
Isso era a única coisa que eu pensava, e agora...?

Algumas semanas depois, meu pai estava em todos jornais mas nenhum rastros, minha madrasta descobriu que estava grávida dele a umas semanas, e assim se passaram 9 meses e meu motivo de viver chegou, pra me ajudar a conviver sem meu pai...

Desde então, minha madrasta sai e me deixa sozinha com ele, cuido dele como se fosse meu filho, nós vivemos na nossa antiga casa por muito tempo só que teremos que nos mudar, minha madrasta não está aguentando pagar as despesas, morar no Leblon e bastante caro

Eu não gosto nem um pouco dela, e ela nem um pouco de mim, mas nós tentamos suportar uma a outra

Atualmente
12 de agosto

Agora eu estou no uber, eu quase não conseguia segurar as lágrimas, eu estava saindo da casa que nasci, pra me mudar pra uma favela que eu nem conhecia, vida nova, não conhecia ninguém

Observava as pessoas passando, crianças brincando, pessoas trabalhando e lá estava minha nova casa, assim entramos e observamos a casa, 2 quarto, a casa era minúscula, e tínhamos poucos móveis, lá tava eu segurando meu irmãozinho, que eu amo tanto, ele parece um anjinho dormindo

Eu não tinha telefone, não tinha contato com nenhum parente, nenhum amigo

— Trata de arrumar essa casa Camila! - Ah esqueci desse detalhe, minha madrasta me tratava feito escrava, e eu tinha que obedecer, mas eu já tava cansada daquilo, ela passava o dia fora, drogada, já vi muitas vezes ela fumando, com uns cara

Duas semanas depois

Eu já tava morando nessa casa, a 2 semanas e nem pisei o pé na rua, a casa estava caindo aos pedaços, e minha madrasta me humilhava muito, falando que eu não prestava pra nada

Eu já tava planejando dar fuga, mas ia levar meu irmão, se não ele ia sofrer muito com ela, e bem hoje que ela disse que ia voltar de madrugada e queria a casa um brinco, já tava organizando minhas coisas e do meu irmão que tava comendo, pego ele no colo, vou até a lanchonete, compro uma coxinha pra dividir com ele, vou para a casa e o portão estava aberto

CADÊ O DINHEIRO PORRA? - Escuto uma pessoa gritar, a voz nada familiar, fico assustada, pego meu irmão no colo, e uns rapazes se aproximam com armas, apontando pra mim olho pro garoto que falou, cabelo roxo, ele era um gostoso, e o rapaz ao seu lado, era um gato e em seguida ele grita.

CADÊ A PORRA DO DINHEIRO?

— Ah mas que dinheiro? - Arregalo os olhos, e o de cabelo azul coloca a boca do fuzil na minha cabeça.

— Tira essa porra da minha cara! – Falo nervosa.

— Foi aquela noiada que comprou, não essa menina aqui. – O rapaz fala.

— Me solta! - Grito
Tentando me soltar mas ele segura meu braço, derrubando minha coxinha.

—  Perdeu a noção garota, Biel, pega esse mulek aí e leva pra boca, eu cuido dessa aqui - Ele fala, hum então o nome do gato é Biel, ah mas isso não importa eu tô desesperada!

Mulher Do TraficanteWhere stories live. Discover now