Eu só quero você

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Priscila POV

Observei Carol dormindo tranquilamente
na cama do hospital. Ela estava dormindo,
sob efeito dos remédios, a um dia e meio.
Depois que saímos do local onde João estava mantendo Carol presa, eu e Malu fomos direto ao hospital onde Mariana estava com Carol. Eu aproveitei para ligar para os meus pais e avisá-los do ocorrido. E pedi para que avisassem tia Fernanda e tio Eduardo. Ficamos no hospital apenas tempo suficiente para saber do estado de Carol e para encontrar meus pais e meus tios e conseguir acalmá-los. Depois, eu, Malu e Mariana seguimos o policial que nos acompanhava até a delegacia para prestar depoimento.

Olhar para a cara de João depois de tudo fez o meu sangue ferver, e se não fosse Mariana nos segurar, eu e Malu teríamos atravessado o vidro que nos separava e dado uma surra nele. A única coisa boa nisso tudo foi ver que o sorrisinho debochado dele havia desaparecido e que ele parecia com medo. Eu também ficaria se fosse ele. A vida de um playboyzinho não costuma ser fácil na cadeia. Segundo o delegado ele ainda seria julgado, mas por ter sido preso em flagrante não teria
direito a aguardar o julgamento em liberdade. Fui tirada dos meus pensamentos com uma movimentação da cama de Carol. Ela havia acordado.

- Boa tarde, meu amor. - Falei, me
aproximando. - Como se sente?

- Um pouco tonta. E meu braço esquerdo
parece amortecido. - Ela falou. - Boa tarde?
Por quanto tempo eu dormi?

- Um dia e meio. - Expliquei. – Você precisou passar por uma pequena cirurgia para retirar um estilhaço da bala que tinha ficado alojado no seu braço. Mas correu tudo bem. Eles estavam te mantendo dopada para aliviar sua dor.

- E o João? O que aconteceu depois que eu saí de lá?

- A polícia chegou e levou ele preso. Aliás, eles estavam te esperando acordar para colher o seu depoimento.

- E o que mais eu perdi? - Ela perguntou e eu dei uma risadinha antes de responder.

- Bom, você perdeu a briga danilufca do século.

- Sério?

- Sério. - Eu contei. – Dani gritou com a Malu no meio de um corredor de hospital. Ela chegou aqui possessa e quase batendo na Malu, por ela ter corrido risco de vida só duas semanas antes do casamento delas. Palavras dela e não minhas: “Se você morresse, Maria Luísa, eu te matava". - Disse imitando a voz de Dani, e Carol riu.

Nesse momento minha sogra e minha mãe,
que haviam ido até a lanchonete do hospital, entraram no quarto. Quando perceberam que Carol havia acordado elas abriram um sorriso:

- Filha. – Tia Fernanda se aproximou. - Como se sente?

Carol repetiu o que havia dito a mim e nós ficamos ali por mais alguns minutos, até que eu desci para comer alguma coisa. Quando eu retornei ao quarto, Clara, Rafa e Wini estavam ali.

- Tia Adriana e tia Fernanda foram para casa. - Clara informou. – Falaram que voltam mais tarde.

Eu concordei com a cabeça, enquanto mais
três pessoas entravam no quarto: Malu, Dani e Vanessa.

- carolzinha – Malu falou e correu abraçar a
amiga, de um jeito desengonçado, já que
Carol ainda tinha o braço imobilizado.

Quando elas se soltaram, Dani se aproximou, e Carol olhou com um pouco de medo para ela.

- Fico feliz em te ver bem, Carol. Você me deixou preocupada. - Elas também se abraçaram e depois Carol perguntou:

- Você não está brava comigo?

-Já te contaram? - Dani perguntou meio sem
graça.

- Dani, meu amor, o hospital inteiro ouviu. Você achou mesmo que isso nunca chegaria na Carol. - Rafa falou rindo.

The Few Things - Capri Onde histórias criam vida. Descubra agora