"por favor, só me ame"
"eu te amo, eu te amo, te amo mais que tudo"
"..."
Gabbie tem seus problemas e amar um garoto com uma vida tão confusa só piorou as coisas, ela nem sabe se sentem o mesmo ou se isso é só coisa da cabeça dela, ela so sabe que...
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- eu te amo, por favor me escolhe - digo com os olhos lagrimejados olhando pro Brady
- eu também te amo, mas não o suficiente - ele coloca uma mexe do meu cabelo para trás
- por que? Por que você não consegue me amar?
- me desculpa - ele passa por mim me deixando sozinha
- perfeito - a professora bate palmas - perfeitos
Eu sorrio animada e me sento no final do palco junto com a Mary que estava tão animada quanto eu. Já tinha se passado duas semanas e eu melhores bastante com as aulas, além das coisas que eu praticava em casa, estávamos na última semana antes da peça e isso me deixa um pouco nervosa.
- festinha no sábado? - a Mary cochicha
- não obrigada, tô morta essa semana - minto
- certeza? Faz dias que você não faz nada com a gente, o que aconteceu? - ela já fica preocupada
- nada não, tô bem - sorrio fraco e volto a olhar pra Clair, Jonathan, e o Brady lá no meio
- ok então né - ela fica me encarando por alguns segundos e depois volta a olhar para eles
Eu estava um pouco cansada e sobrecarregada das coisas que eu tenho que fazer agora, estudar, me preparar para peça, ler o roteiro da minha personagem do filme, ir para aulas de teatro e além de tudo isso eu tento fazer um monte de coisa para deixar os outros bem.
- estão liberados, muito obrigada - a professora diz
Todos nós levantamos com nossas mochilas nas costas, entrei no ônibus escolar, desci no ponto e andei um pouco até minha casa.
- oi Lily - vejo ela subindo as escadas
- ah, oi Gabbie - ela sorri e continua subindo
Deixo minha mochila do lado do sofá e me jogo nele, eu poderia facilmente dormir mas eu tinha lição de matemática para fazer, na base do ódio peguei meu caderno taquei em cima da mesa, sentei no chão e comecei.
- para que eu quero saber o valor de X? Ele não precisa de um valor, ele é inútil - reclamo enquanto faço - quando eu morrer e eu encontrar o arrombado que fez isso, eu mato ele de novo mas desta vez ele vai pro inferno, isso não é obra de Deus, Deus fez conta com número não com letras
Continuei a lição xingando tudo e todos, quando eu terminei eu só deixei as coisas ali, me deitei no sofá e dormir enquanto eu ainda tinha tempo, daqui a pouco eu seria acordada para tomar um banho e ir para aula de atuação.
- filha - meu pai me balança
- oi? - coço o olho
- vai se arrumar vai
- já vou - ele sai e eu me sento pensando o que eu fiz da vida
Vou pro meu quarto e tomo meu banho de sempre, visto uma calça legging, uma blusa branca por baixo de um moletom da mesma cor, coloco meu tênis branco, prendo o cabelo em um rabo de cavalo alto e fico me olhando no espelho.
