XVII

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PERGUNTA IMPORTANTE: Algo contra capítulos longos? tipo 4000/5000 palavras...

Havia somente o som de seus passos e os barulhos causados pelas vinhas que cresciam a cada segundo, esticando-se e florescendo nas paredes e pilares daquela construção velha e decrépita, a mistura do velho com o natural dava ao local uma aparência...

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Havia somente o som de seus passos e os barulhos causados pelas vinhas que cresciam a cada segundo, esticando-se e florescendo nas paredes e pilares daquela construção velha e decrépita, a mistura do velho com o natural dava ao local uma aparência quase mística, como um refúgio, um lugar para pensar e apreciar a natureza.

Seria lindo se as flores que desabrocham ao seu redor não fossem tingida de preto e exalassem um perfume inebriante, quase viciante, os mais espertos notariam as doces notas do veneno que em longa exposição seria capaz de deixar até mesmo os mais fortes tão atordoados que seria impossível de revidar um possível ataque.

O homem engoliu em seco, observando a visão que poderia ser a sua última. O maldito corvo o observava em silêncio, empoleirado em uma das vinhas, analisando cada passo, cada respiração. Ele conhecia bem a vadia que se escondia por trás do animal, era culpa dela ele estar ali agora.

Ele caminhou através do longo corredor enquanto se perguntava o que diabos havia sido aquela construção um dia, era localizada em meio a uma floresta densa e afastada, o lugar parecia sumir no mapa, e aparentemente era esse o motivo de ela estar ali.

Mas ele conhecia Beladona, sabia que a mulher não se esconderia em um lugar sujo como aquele. Provavelmente estava ali somente para encontrá-lo, e Deus sabe mais pelo quê. E pensar que ele achou que meio mundo seria o suficiente para que ela jamais o encontrasse novamente.

Se aproximou de uma porta e percebeu as vinhas se moldando e descendo pela parede, se retorcendo até chegar a maçaneta, abrindo a porta assim que ele estava próximo o suficiente.

Ele a escutou antes de ver.

- Então, é mesmo verdade. - a voz doce e melodiosa preencheu a sala como se fosse música. - O bom filho à casa torna.

Ele sentiu o corpo inteiro travar, mirando os pés a fim de evitar olhar diretamente nos olhos de cor violeta.

- É um prazer revê-la, Beladona.

Uma risada suave chegou aos seus ouvidos, junto do som de metal e cerâmica.

- Mas você não chegou a me ver. - pronunciou de forma doce e educada.

Ele obrigou os músculos travados a se moverem na direção dela. Beladona estava sentada em uma mesa pequena e redonda, havia um conjunto de porcelana de aparência fina e antiga sobre a mesa, duas xícaras haviam sido postas e ela começava a servir uma delas.

- Sente-se. - ela pediu, enquanto o olhava com calma.

Os pés se moveram sozinhos, o corpo obedecendo sem esperar o aval da mente.

Ele a viu por completo pela primeira vez em anos, e ela ainda era a mulher mais bela em que já havia posto os olhos. O cabelo escuro, que parecia engolir toda a luz ao redor caía em ondas suaves e perfeitas até a altura da cintura, nunca viu um único fio fora do lugar. A massa de cabelos pretos adornava um rosto de feições suaves e simétricas, como se tivesse sido esculpido à mão. Ela tinha olhos grandes e vibrantes cor violeta, e os lábios sempre tingidos de um vermelho profundo, como sangue que está secando.

ZERO - Katsuki BakugoWhere stories live. Discover now