capítulo 28 - Duvidar da minha filha

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Depois da provocação de Jade, Verônica só queria esgoelar aquela garota em pensar que poderia fazer mal a Cheryl. Sim, a ruiva errou espancando a garota, mas não sabia das consequências que estão por vim.

Quando a aula acabou, as quatro amigas resolveram almoçar no Pop's cada uma pediu hambúrguer, refrigerante e batata frita. Sentaram em uma mesa no canto.

- Não estou preparada psicologicamente pra passar a tarde estudando.- Betty falou deitando a cabeça no ombro da Toni, que concordou e revirou os olhos.

- Estudar é legal, meninas.- Josie falou animada.- Se vocês gostassem não estariam quase reprovando em matemática.

- Credo, você é animada até quando vai estudar.- Toni incrédula, e Josie riu dando de ombro.

As três olharam pra Verônica, que estava quieta demais olhando o nada na rua enquanto comia as batatas uma por uma, quase que pausadamente do lado de Josie.

- Está tudo bem, Verônica?- Betty perguntou preocupada, era um milagre não ver a amiga zoando junto com elas.

- Tudo.- Olhou pra ela e sorriu de lado.

- Está pensando na Cheryl?

- Fiquei preocupada, Toni. Como é que ela conseguiu aquelas informações? É impossível.

- Eu avisei, Verônica.- Josie falou apreensiva.- Ela é Jade, sabe tudo.

- Prometemos que vamos ajudar nisso, Verônica lerigou. Fica tranquila.- Toni tentou acalmar a amiga, que apenas assentiu.

- O pior de tudo é que a Cheryl não tem celular.

- Quem é que não tem celular hoje em dia?- Betty perguntou incrédula.- Eu preciso urgente conhecer essa garota.

- Ela beija bem?

- Toni!!!!- Verônica a repreendeu com o olhar, fazendo as amigas rirem.

- Só queria saber, ué.- Se rendeu rindo.

- E a Betty, beija bem?

- Nós não nos beijamos.- Mentiu na cara de pau, Josie e Verônica riram da cada das duas.

- Piada do ano, Tonete.- Josie falou rindo.- Não sabem nem disfarçar no banheiro da escola.

- Tá tão na cara assim?- Betty perguntou envergonhada.

- Super na cara.

Elas ficaram conversando e Josie ao notar que Verônica estava realmente pra baixo começou a se sentir mal pelo o que fez, mas não tinha outra escolha. Jade ameaçou ela em sua própria casa com uma tesoura...Sim, uma tesoura, e ela não pôde negar as informações se não aquela enorme tesouro ia entrar no seu braço, e a dor seria mil vezes pior do que contar tudo que sabia sobre a Cheryl, mesmo sabendo que Verônica estava apaixonada. Aquela Jade era perigosa.

As quatro chamaram um Uber e foram pra casa da Josie, precisavam estudar pra matemática o quando antes.

Verônica chegou atirou a mochila em cima do sofá marrom e logo se sentou, sendo seguida por Toni e Betty.

- Não, não na sala.- Josie falou rindo.- Vamos pro meu quarto, minha mãe iria morrer com vocês em cima do sofá dela.

- Então por que ela comprou um sofá se as pessoas não podem sentar?- Verônica perguntou rindo.

- Porque ela é louca, vocês sabem.

As amigas subiram pro quarto de Josie, todas já conheciam a casa, afinal, elas tem amizade a anos.

[...]

- Eu não aguento mais isso!- Toni jogou o lápis no chão, fazendo Josie rir do desespero.- Números junto com letras nuca vão fazer sentindo.

- É divertido, Tonete!

- É a morte.- Betty falou séria.- Estamos fazendo cálculo a quase três horas, não podemos ter uma folga?

- Já sabem a matéria?- Josie perguntou esperando as respostas delas, mas todas ficaram caladas.- Então sem folgar até apreenderem tudo.

- Mas é tão cansativo.- Verônica resmungou cruzando os braços.

- E chato!- Betty completou.

- E irritante.- Toni disse.

Josie bufou e se deu por vencida, logo as quatro deram uma pausa e desceram pra tomar alguma coisa.

- Jade é sua vizinha né?- Toni perguntou olhando Josie, que assentiu nervosa.

- Nossa!!....- Verônica disse surpresa.- Esqueci disso. Eu vou lá falar com ela.

- NÃO!- Josie praticamente gritou.- Han...- Sorriu amarelo.- Eu acho melhor deixar só jeito que tá.

- Eu acho que não.- Betty contráriou.- Talvez a Jade esqueça tudo isso quando a Verônica falar com ela sobre.

- Mas hoje ela deixou bem claro que vai se vingar da Cheryl mesmo assim. Se a Verônica falar com ela sem dúvidas vai ser pior.

- Você tem razão.- Verônica falou derrotada, e Josie suspirou aliviada.- Só posso resolver isso protegendo a minha Cherry.

- Awwww, sua Cherry.- Toni debochou.

- É...- Sorriu.- Minha Cherry.

- E quando sai o pedido de namoro?

- Está muito cedo pra isso, Betty! Mas não tenho presa, gosto de tudo do jeito que está.

Depois da pausa, elas subiram e voltaram a estudar. Verônica já havia entendido quando toda a matéria e estava confiante pois sabia que amanhã iriam estudar de novo e finalmente iria entender tudo que precisava.

Na hora de ir embora o céu estava escuro, chamou outro Uber já que Jughead estava com sua bicicleta.

Quando o carro estacionou em frente à sua casa, Verônica pagou o motorista e saiu do veículo. Olhou pro lado e viu a casa de Cheryl, pensou em passar ali pra ver a vizinha mas achava que iria forçar a barra demais. A morena ia andar até sua casa mas:

- Ah, que saber? Foda-se.- Falou sozinha e mudou os passos indo até a casa da vizinha. Ela queria muito vê-la.

Cheryl estava deitada no quarto, só saiu pra comer e ir ao banheiro.

Passou o dia tocando em seu teclado, pois o piano ficava na sala e ela não queria ir até lá. Ela queria fazer uma surpresa pra Verônica e precisava aprender a música que a vizinha mais gostava do Ed Sheeran: Tenerife Sea.

Pra isso ela teve que pegar o notebook do Clifford e pesquisar a cifra da música, ficou a tarde inteira nisso, e estava indo bem.

Penélope e Clifford ouviram o som do piano vindo do quarto e aquilo era tão maravilhoso. Saber que Cheryl estava voltando a aprender a tocar era como se tudo tivesse voltando aos trilhos.

Os dois estavam no sofá e ouviam o som do teclado, mas logo a campainha tocou.

- Verônica, oi!- Clifford falou simpático deixando ela entrar.

- Oi, Clifford.- A morena sorriu.- Oi, Penélope!- acenou pra mulher do sofá, que riu e acenou de volta.- Posso ver a Cheryl?

- Claro. Mas pode conversar com a gente antes?

Verônica ficou confusa mas não negou, sentou em uma poltrona de frente pros dois no sofá.

- O que aconteceu?- Perguntou apreensiva.

- Você e Cheryl, estão muito próximas, certo?- Assentiu sorrindo.- Eu sei que não devo duvidar da minha filha, mas...

- Mas ultimamente andamos pensando que ela está falando com você.- Penélope interrompeu e Verônica engoliu em seco.

Verônica queria contar que Cheryl estava falando, contar o que aconteceu e até confessou que estava se sentindo se sentindo feliz na sorveteria. Queria que eles soubessem que a filha estava um pouco melhor em relação a tudo. Mas não queria Cheryl decepcionada com ela. Estava tão nervosa ao ponto de querer sair correndo daquela casa.

Trust me • Cheronica Where stories live. Discover now