capítulo 32 - Porta aberta.

163 12 6
                                    

Depois que Cheryl e Verônica chegaram na mesa, Clifford e Penélope alertaram que iriam embora. Então os quatro levantaram e foram até o portão.

- É estranho sair sem pagar.- Verônica falou rindo.- Me sinto uma ladra.- Cheryl riu segurando sua mão.

- Essa é a vantagem de ter um restaurante.- Clifford falou rindo.

- Ou namorar alguém que tem um restaurante, sabe.

- Mãe!!!- Cheryl a olhou incrédula, fazendo Verônica rir.- Que vergonha.- Colocou as mãos no rosto.

- Verônica, não pense que vou deixar beijar minha filha e não namorar com ela.

- Pelo amor de Deus, mãe!!!- A ruiva queria sair correndo dali.- Para com isso.

- Pode deixar, Penélope.- Verônica falou confiante, fazendo Cheryl a olhar na hora.

- Assim que se fala.- Penélope falou rindo, mas estava feliz por ter ouvido aquilo.

Cheryl ficou pensativa quando chegaram no carro, será que Verônica realmente queria pedir ela em namoro ou só falou aquilo pra tranquilizar Penélope? Ela viu Verônica bocheja e coça os olhos com as mãos. Sorriu com a cena adorável.

- Tá com sono, baby?- Perguntou sorrindo e ela concordou.- Vem cá, deita aqui.- Abriu os braços e Verônica se acomodou em seu peito, deitando a cabeça na curva de seu pescoço cheiroso.

Cheryl começou a fazer cafuné na morena, e sabia Verônica iria dormir em seus braços antes delas chegarem em casa. Era tão bom sentir a morena assim colada nela, a respiração leve em seu pescoço fazia a ruiva se arrepiar inteira. Ela não queria que aquele carro para-se tão cedo.

Verônica dormiu no corpo de Cheryl mas logo foi acordada pela mesma, que fazia um carinho delicado em sua nuca e chamava seu nome baixinho.

- Chegamos, Verônica.- A morena olhou meio confusa pra ela, mas logo sorriu tímida.

- Ah, sim.- Falou meio confusa saindo dos braços da ruiva.- Tchau Clifford, tchau Penélope.

- Tchau Verônica! Boa noite.- Responderam quase juntos.

- Foi um jantar ótimo e a comida do restaurante de vocês é a melhor.- Disse sincera e Cheryl riu.

- Puxa saco.- Bateu fraco no ombro da morena e seus pais riram.- Tchau, Verônica.- Deu um pequeno selinho em seus lábios.

- Tchau, ruivinha. dorme bem.- Deixou um beijo delicado na testa dela e saiu do carro.

[...]

Eram duas da tarde e Verônica estava na casa de Josie estudando com as meninas, amanhã seria a prova de matemática e estavam as quatro focadas sentadas na mesa de jantar cada uma com uma apostila aberta. Mas Betty já estava cansada de tudo aquilo, bufou irritada e todas olharam pra ela.

- Já deu, né?- Cruzou os braços.

- Já sabe tudo?- Josie perguntou.

- Sei, e não quero mais ver isso até amanhã.

- Concordo com a Betty.- Verônica disse.- Daqui a pouco vou me confundir toda.

- Eu acabei de confundir uma matéria com a outra e deu tudo errado.- Toni resmungou e Betty riu a abraçando de lado.

- Vocês são muito fracas, nossa.- Josie falou rindo.- Se vocês acham que já estão 100% então tudo bem, acabamos por hoje.

- ALELUIA!- Betty ergueu os braços e Toni fez o mesmo.

- E vou pra casa porque quero fazer uma surpresa pra Cheryl hoje.- Verônica falou levantando e guardando as coisas na mochila.

- O que vai ser?!

- Eu quero comprar doces e chocolates pra ela, mas aqueles em formato de coração e essas coisas clichês. Quero comprar um urso também.

- Nossa, eu quero uma namorada que nem você.- Betty falou rindo.

- Só não tem porque não que...- Toni murmurou.

- Olha a indireta ai minha gente.- Verônica falou rindo.- E Cheryl e eu não namoramos.

- Eu só convivo com sapatão.- Josie disse fingindo está com raiva, fazendo as amigas rirem.

Enquanto isso, Cheryl estava feliz porque finalmente aprendeu a tocar Tenerife Sea pra Verônica, e se visse a morena hoje iria sem dúvidas fazer isso.

Estava sentada na cama com o teclado próximo dela. Usava seu pijama de cereja, seu cabelo preso em um rabo de cavalo alto e um pouco solto, em seus pés meias vermelhas porque ao contrário de ontem à noite, hoje à tarde estava fazendo um leve frio.

A ruiva ouviu batidas na porta do quarto e gritou um: "Entra", vendo sua mãe.

- Vamos no supermercado, seu pai quer fazer lasanha à noite. Quer ir com a gente?- Perguntou segurando a maçaneta.

- Não.- Cheryl sorriu de lado.- Vou ficar aqui tocando mais um pouco.

- Tudo bem. Se cuida.- Atirou um beijo pra filha, que sorriu adorável e voltou a tocar no teclado.

Penélope avisou a Clifford que Cheryl não iria ir junto e ele já esperava, mas também não ficou triste porque sabia que a filha estava melhor. Os dois saíram de casa pra garagem e a ruiva ficou sozinha em seu quarto.

Em alguns minutos a campainha tocou, e a Cheryl não ouviu por causa do teclado. A pessoa tocou na maçaneta e girou pra esquerda lentamente, se surpreendeu ao ver que a porta estava destrancada. Mas prestou atenção no som que ouviu do andar de cima. Subiu a escada surrateiramente e deu um sorriso satisfeito ao parar em frente à porta branca e saber que o som vinha dali.

- Deveria trancar à porta da frente, sabia?- Jade perguntou rindo e bateu a porta do quarto quando entrou.

Cheryl deu um pulo e bateu no teclado, fazendo o mesmo cair no chão com tudo. Merda! Ela não conseguia falar. Seus olhos estavam arregalados pelo susto e por ver que na mão da garota havia a maior tesoura que ela já viu na vida.

- É perigoso deixa a porta destrancada...- Debochou se aproximando da ruiva, que deu um passo pra trás.- Alguém louco, ou louca...- Riu.- Pode entrar a qualquer hora querendo machucar você.

Cheryl estava com medo de empurrar Jade e sentir aquela tesoura entrando em sua pele, então ficou quieta vendo a garota se divertir com seu medo.

- Até hoje não acredito que a Verônica me trocou por você.- Olhou a ruiva de cima a baixo.- Não tivemos nada mas você é ridícula, olha essa roupa.- Riu na cara dela.- Isso são cerejas? Céus, que patética. Mas não estou aqui pra isso.- Se aproximou mais de Cheryl, que tentou da mais um passo pra trás, mas bateu as costas na parede e Jade riu.- Estou aqui porque não deveria ter encostado um dedo em cima de mim.- Passou a ponta da tesoura enorme no braço da ruiva, que fechou os olhos com força.- O que foi?- Jade riu.- Não está tão confiante hoje pra tentar me bater de novo? Eu vou te ensinar a não mexer mais comigo.

----------------------------------
Podem matar a Jade, já deu já.

Trust me • Cheronica Onde histórias criam vida. Descubra agora