capítulo 42 - problemática

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Verônica chegou em casa e foi direto tomar banho, levou um susto quando saiu do quarto enrolada na toalha e viu Jughead ali parado, sentado em sua cama.

- Desculpa o susto.- Verônica revirou os olhos.- Queria saber como a Cheryl ficou.

- Ela ficou bem.- Disse pegando a escova de cabelo em cima da escrivaninha.

- O que aconteceu? Por que ela chegou aqui naquele estado?

- Eu vou contar pra você porque é meu irmão, mas não conta pro Fangs e nem pra ninguém. Está me entendendo?- Jughead assentiu.- A Cheryl sofre de depressão, seu irmão morreu em um acidente de carro e minha ruiva fica se culpando por isso.

- Nossa...- Ele nem sabia o que responder.- Ham...- Piscou algumas vezes tentando processar a informação.- Não imaginava isso, pensei que era frescura ela não falar com a gente. Agora me sinto uma pessoa horrível por achar ela uma pessoa estranha no início.

- Eu também achava ela "estranha".- Sentou ao lado do irmão.- Mas não, a Cheryl é perfeita.- Sorriu apaixonada.

- Você quer mesmo namorar alguém que tenta se matar, Verônica?- Jughead perguntou sem pensar, fazendo a irmã o olhar indignada.- Quero dizer...- Sorriu nervoso.- A Cheryl é problema, tem certeza que quer algo sério com ela?

- Você ouviu a pergunta idiota que acabou de fazer?- Verônica falou incrédula.- Eu amo a Cheryl, e se ela tem depressão quero ajudar a se sentir melhor. Nunca a deixaria por causa disso.

- Mas não acha complicado? Sabe, hoje à noite ela apareceu aqui sangrando, pedindo socorro pra você. Quer mesmo mergulhar de cabeça nisso?- A morena não conseguia acreditar no que estava ouvindo.- Eu não namoraria alguém com depressão. Nunca.

- Jughead, pode sair do meu quarto?- Levantou indo até à porta e abriu a mesma, fazendo seu irmão olhar confuso.- Por favor, eu não quero brigar com você.

- Eu estou falando isso pro seu bem, Verônica.- Fangs levantou e foi até ela.- Não quero que corra perigo.

- A Cheryl não é um perigo, muito pelo contrário! É a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida, ela nunca me faria mal.- Verônica estava muito irritada.- Você não sabe nada da nossa relação, não pode ficar dando palpite se ela é ou não a pessoa certa pra mim. Ah, e outra, se você não namoraria alguém que sofre depressão é porque não passa de um egoísta. Já pensou que poderia mudar a vida da pessoa com o seu amor?

- Verônica...

- Não diga nada!- Falou um pouco alto.- Já pode sair. Nos vemos de manhã pra ir a escola.

Jughead saiu do quarto com a consciência pesada e Verônica não poderia nas palavras que ouviu do irmão. Como poderia pensar que a Cheryl é uma ameaça pra ela? Aquela garota é um anjo, nunca faria mal a Verônica.

A morena tirou a toalha e vestiu uma camiseta qualquer, colocou uma calcinha box, desligou a luz e deitou na cama. Seu celular marcava três horas da manhã, ela teria pouco tempo pra dormir e ir pra aula fazer a prova. Mas essa noite foi tão intensa que não estava nem aí pro horário.

Verônica ia desbloquear o celular com sua digital mas antes um número desconhecido apareceu na tela, a fazendo franzir o cenho. Quem ligaria pra ela uma hora dessas?

- Alô?- Perguntou confusa..

- Verônica, sou eu.- Cheryl falou sorrindo deitada na cama do hospital. Verônica sorriu ao ouvir sua voz.- Minha mãe lembrou que tem seu número, então peguei o celular dela.

- É bom ouvir a sua voz, baby.- A morena suspirou virando de lado, segurando o celular em sua orelha.- Como está seu pulso?

- Doendo.- Disse olhando pra faixa branca cobrindo ele.- Muito, por sinal. Mas o médico falou que é normal.

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