6O. Narração 🫧

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Heeseung está na frente da escola, encostado no muro do lugar, as mãos no bolso da calça enquanto encara os próprios pés e cantarola a música que está viciado no momento. Saiu antes dos outros garotos, coisa de meia hora — mas não se importa em esperar um tempo para poder vê-los — e não nega estar um pouco nervoso e que toda essa cantoria é para relaxar.

Não é a primeira vez que está indo para algum canto com um grupo de amigos, mas faz muito tempo desde que esteve em um. Está contente de estar deixando o ensino médio com pessoas que conhece e que tem um vínculo grande, mesmo com todas as desavenças. Espera que essa amizade dure por bastante tempo e que não precise conhecer muitas pessoas para não se encontrar só, porque é o que menos gosta.

Sobretudo, seu nervosismo não é por ver todos eles, e sim uma pessoa, com nome e sobrenome, cabelos negros, pintas no rosto e sorriso bonito: Park Sunghoon é o que está deixando o Lee tão ansioso.

Sente saudade, seu corpo anseia em vê-lo logo, em poder estar ao seu lado. Embora todas as coisas que aconteceram durante as semanas, ele nunca esteve com raiva, magoado, é a palavra certa e o sentimento que o predominou durante o tempo em que não conversou com Sunghoon. Todas as noites se pegou pensando no outro e em como poderiam estar próximos de novo, e em como se culpava pela explosão de raiva que teve na frente dele.

Tem em mente que quando houver uma boa oportunidade, se desculpará devidamente com Sunghoon.

Heeseung morde os lábios ao que pensa no outro, e então encara seu lado esquerdo, vendo que Sunghoon está parado, o observando. Parece meio acanhado, relutante sobre se aproximar ou não. Suas mãos apertam as alças da bolsa apertado, mas dá um sorriso pequeno ao que toma coragem e caminha até o outro, também se encosta no muro e roça os ombros.

O Lee sente um avassalador frio na barriga, o coração bate tão rapidamente que ele sente que pulará pela boca.

Merda! Heeseung também não pode negar que a cada dia que se passa, se vê apaixonado pelo outro, mas não pode fazer nada senão matar seus sentimentos pouco a pouco sem a retribuição de Sunghoon. Machuca demais, e como machuca. Como ele gostaria de poder conquistá-lo. Se ele soubesse como, faria (embora agora saiba que não é o momento para isso).

— Tá esperando há muito tempo? — e quando Sunghoon faz a pergunta, Heeseung deixa seu próprio mundo para prestar atenção no outro.

— Não. — mente. — Tô esperando tem uns cinco minutos. — encara seu pulso, e se sente besta porque nem sequer tem um relógio para disfarçar.

— Mentiroso. — Sunghoon solta uma risada, empurra Heeseung com o ombro enquanto nega com a cabeça. — Você saiu mais cedo. — com isso, o Lee faz careta.

— Como sabe?

— Eu sei seus horários.

E é verdade. Como Heeseung ainda está na mesma sala que Jake — que, por sinal, quase não aparece nas aulas — é quase improvável Sunghoon não saber a que momento suas aulas começam ou acabam, e apenas com esse pequeno saber, faz com que o Park se perca um pouco na própria cabeça. Talvez se lembre dos bons momentos com o Sim, e o Lee espera ser apenas isso.

— Mas como foi as aulas, meu bem? — Heeseung muda de assunto, vendo o outro se envergonhar ao que o chama de "meu bem" O Lee nem sabe quando começou a chamá-lo dessa forma, mas adora.

Continua a encarar o outro rapaz, desde sua cara, agora, pensativa, seus lábios comprimidos um nos outros — e como ele adora esses lábios — o nariz empinado, os olhos baixos e o som que solta ao que parece estar pensando — sonzinhos que acha preciosos. Ele adora cada coisa no outro, até os pequenos detalhes, e cada um deles.

Apesar de Querer | JakeHoonTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang