Capítulo 15 - Diego

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Assim que vi Jade descer do carro meu coração bateu mais rapido, desde a confusão não tinha mais a visto, Jade estava linda e com a expressão de preocupada, ela veio até mim e me deu um abraço.

Diego: eu não te pedi pra ficar em casa baixinha?

Jade: e você acha que consigo ficar lá enquando tem algo acontecendo aqui?

Diego: é sério Jade, você me prometeu.

Jade: então vou perder o dedo.

Diego: para de graça, vamos subir logo, se meu pai souber que estamos de bobeira aqui, ele mata a gente.

Jade: o que aconteceu para o morro estar de precaução?

Diego: recebemos ameaças e estamos todos de alerta, minha mãe esta em casa doida também.

Jade: para a sua mãe não abrir a loja a coisa é bem séria.

Diego: to te falando, bora.

Peguei o radinho que meu pai tinha me dado e chamei alguém para nos pegar, assim que entrei em casa minha mãe correu e nos abraçou.

Helena: que bom que estão aqui, seu pai esta puto com você, o que ele te falou Diego?

Diego: mãe eu não podia deixar a Jade subir sozinha.

Jade: desculpa dona Helena, o Diego pediu para ficar em casa, mas não consegui.

Pardo: e achou que estaria segura aqui?

Diego: Pai!

Pardo: PAI NADA, EU FALEI QUE NÃO ERA PRA DESCER, EU FALEI QUE IA PROCURAR SABER SOBRE A MENSSAGEM QUE ELA RECEBEU, EU FALEI QUE NÃO ERA PRA SAIR DE CASA, NÂO FALEI?

Helena: Para de gritar, não vai resolver, a Jade e o Diego erraram em desobedercer, mas gritar com eles não vai mudar o que ja fizeram e ...

Pardo: HELENA...

Helena: se você gritar comigo a nossa história se resolve depois.

Pardo: desculpa, eu estou pilhado e com uma ameaça de invasão, meu filho e sua amiga não ajudam, SACO, se vocês tivesse sido pego lá embaixo, como eu ia proteger os dois?

Diego: pai desculpa, sei que te desobedeci e que foi arriscado, mas estamos aqui e bem agora, vamos pensar em como vamos nos livrar desses merdas e colocar a cabeça no lugar, ta bom?

Passaram-se algumas horas e escutamos fogos, Gustavo desceu correndo com uma arma na mão.

Pardo: os dois ficam.

Gustavo: pai eu quero ajudar.

Pardo: não vou repetir, os dois ficam e cuidam delas, só confio em vocês, logo estarei de volta. - Meu pai da um beijo em minha mãe e sai com tudo.

Gustavo: que legal vou ficar de babá. Aí mãe. - ele levou um tapa.

Helena: de babá é seu nariz, vamos ficar aqui e colocar seu pai e os outros nas mãos de Deus.

Passaram-se horas e ouvimos a som de tiroteio ficar mais próximo, alguma coisa tinha dado errado, meu pai nunca colocaria minha mãe em perigo e se o barulho estava perto, tinha dado merda.

Diego: vão pro cofre.

As duas me olharam e minha mãe tomou a iniciativa e puxou a Jade, olhei pra o Gustavo e nos entendemos pelo olhar, pegamos as armas e teriam que nos matar para entrar em casa, mas não demorou muito e o barulho parou e ficou tudo em silêncio, muito estranho, mas ouvimos fogos e os radinhos apitaram dizendo que tínhamos ganhado, não demorou muito e meu pai entrou pela porta, mas não estamos esperando pelo que vinha à acontecer.

Pardo: cadê sua mãe?? Aii.

Diego: merda, o que aconteceu?

Pardo: tomei um tiro.

Gustavo: por isso os barulhos próximo, vou chamar a mãe.

Assim que Gustavo saiu ajudei meu pai a tirar a camisa e pressionei o local com a mesma, já que sangrava bastante, minha mãe desceu correndo com o kit de primeiros socorros que tínhamos em casa, minha mãe começou um curso de enfermagem por dois  anos, mas não tinha se formado, mas sempre que meu pai tinha um apuro era ela que o socorria.

Helena: como isso aconteceu Lorenzo?

Pardo: eles estavam se aproximando demais da casa, eu não podia deixar, comecei a atirar feito doido me descuidei  e tomei um tiro de raspão no ombro, aiiii Helena.

Helena: tenho que limpar ou pode gerar uma infecção, vai ter que levar ponto.

Pardo: não tem anestesia?

Helena: não, já passou por coisas piores sem anestesia Pardo, coloca o pano na boca e morde.

Para minha mãe chamar meu pai de Pardo era por que estava bem feio e ela não teria dó do dono do morro, mesmo o amando, minha mãe sempre mantinha o kit com tudo, mas se estava sem anestesia ela tinha esquecido de revisar a caixinha. Minha mãe foi cuidadosa e costurou os pontos em meu pai para fechar melhor, passou as pomadas e avisou que não poderia mover o braço por alguns dias, tu acha que o famoso Pardo ia ficar parado, também acho que não, mas minha mãe ia cuidar disso.

Uma vida louca...Where stories live. Discover now