feeling

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Robin Arellano.

Passos pesados, respiração bruta, ela está chegando.

— Robin, meu amor. — A mais velha fala com sorrindo estranho e com um forte cheiro de álcool.

— Mãe, você disse que não iria beber novamente. — Falo negando com a cabeça e ela dar risada.

{. . .}

É horrível não saber explicar o que está sentindo. É uma mistura embaraçosa de raiva, tristeza, saudade e medo.

Eu sinto falta, de quando tudo era mais fácil, de quando eu não precisava fazer nada do que eu faço hoje.

De quando eu era um garotinho, meu pai me colocava em seu colo e a gente assistia filmes juntos. De quando ele dizia que quando eu me tornasse adulto e me formasse ele seria a pessoa mais orgulhosa do mundo, e eu, bom eu não precisava me preocupar com mais nada além de ter mais um carrinho para minha coleção.

Hoje eu tenho uma coleção também, mas é diferente. É uma coleção de traumas, uma coleção de vinganças, e ela cresce bem mais rápido do que minha coleção de carrinhos.

Finney Blake.

Sinto minha cabeça doer de forma insuportável. Levanto meu rosto podendo ver todos da minha sala rindo e conversando entre si.

Fico me perguntando como eles conseguem se sentir bem ou animados em um lugar tão tóxico como este.

Respiro fundo e me viro para abrir a minha mochila e pegar um livro para ver se consigo me distrair.

Mas lá está, estava demorando demais para ser verdade.

Pego o envelope na mão e então vejo que na frente dele está escrito: "não abra isto aqui."

Escondo o papel em meu casaco e então saio da sala com passos apressados.

Abro o envelope meio hesitante, poderia ter uma aranha venenosa lá dentro.
A verdade é que eu sempre julgo a pessoa que faz essas brincadeirinhas de carta, embora ela seja desconhecida, mas sempre que chega mais uma eu me sinto na necessidade de abrir, me sinto ansioso para ler.

Querido Finn, você aparenta está cansado hoje. Acho que você vem se cobrando demais nos últimos dias. Queria dizer que eu confio em você e sei que você vai conseguir fazer as provas e tirar notas boas sem precisar colocar um peso tão grande em você. E eu não poderia esquecer de dizer, estás muito lindo hoje, te vejo na aula de matemática.

Aula de matemática. Então quer dizer que essa pessoa faz aula de matemática comigo, mas não facilita tanta coisa, eu faço aula de matemática com tanta gente.

Eu não faço ideia como essa pessoa sabe sobre eu está me cobrando ou que estou cansado, mas talvez esteja estampado no meu rosto.

{. . .}

— Olha, eu não sei o que eu faria no seu lugar, afinal, eu nunca tive um relacionamento com ninguém, nunca lidei com este tipo de situação. — Falo pondo minhas mãos no meu bolso.

— Não é como se a gente estivesse em um relacionamento, Finn. — Bruce fala suspirando.

— Para mim é como se estivesse, não vejo diferença. — Falo e quando o garoto vai abrir a boca para falar o professor chega.

— Bom dia, gente. Não pude vim na semana passada pois precisei ir ao médico, porém, iremos repôr está aula.
Sentiram minha falta? — Ele pergunta de maneira sarcástica e todos respondem "não" fazendo ele dar uma pequena risada e se virar para o quadro.

{. . .}

Eu passei o resto da aula no mundo da lua. Ficava olhando para cada pessoa alí tentando adivinhar quem era que me mandava aquelas cartas, em saber que a pessoa está aqui me deixa com uma pulga de trás da orelha.

Ao acabar a aula eu precisei passar na diretoria para entregar uma papelada.

Mesmo que a escola me faça mal, não acho que eu queira voltar para casa.
Meu pai chegou mais cedo do trabalho hoje, eu odeio quando ele está lá.

Principalmente pelo fato de que ele deve está estressado, provavelmente vai me perguntar como eu estou indo na escola, e eu como sempre terei que responder que tudo está indo muito bem. Mas, não é bem assim que eu me sinto, eu queria conseguir falar o que realmente está acontecendo, queria falar que estou cansado de toda essa pressão que ele a minha mãe botam encima de mim.
Que estou exausto de ser presidente do grêmio estudantil, que tudo isso está me afetando e eu não sei até quando eu vou aguentar.

Sinto um nó em minha garganta por esses pensamentos e então olho para frente respeitando fundo e então vejo o garoto de bandana que esteve lá em casa. Robin está estranho nos últimos dias, e eu não sei o por quê, mas eu jamais perguntaria, ele provavelmente me responderia de forma grosseira e diria que não é da minha conta.

— Finney, ainda está aqui? — Ele pergunta parando na minha frente.

— Sim, precisei entregar algumas coisas para diretoria. — Respondo pondo as mãos nas alças da minha mochila.

— Vai ter a festa da Nessa hoje a noite, você vai? — Ele pergunta com os braços cruzados.

— Eu já pude perceber que festas não são para mim. Afinal, o que irá ser dessa vez?, Você vai me humilhar no verdade desafio novamente? — Pergunto e o garoto na minha frente tem uma expressão indiferente no rosto.

— Não fale assim, e essa festa vai ser diferente, não vai ter bebida e nem nada disso, é apenas para se divertir. — Ele fala parecendo tão disposto a tentar me convencer que eu quase cedo.

— Isso é ótimo, mas eu preciso estudar para as provas. — Falo respirarando fundo.

— Ainda falta muito para as provas, Finney. Você precisa se distrair de tudo isso um pouco, você não precisa passar meses estudando, você é inteligente. — Ele fala e eu olho para os meus próprios pés.

— Tudo bem, eu vou nessa festa. Só não garanto que eu vá ficar lá por muito tempo. — Falo e o garoto dar de ombros.

— Já é um começo, tchau, Finney. — Ele fala e então vai embora e fico olhando para ele até que ele desapareça.

Mais uma festa?, Eu não sei se é uma boa ideia, não estou com bons pressentimento em relação a isso.



















Olá, meu leitor (a). Você sentiu minha falta?

Desculpe-me, às coisas estavam corridas e não muito boas, então decidir parar de escrever um pouco, mas se vocês quiserem eu poderei voltar.

Mission lettersOnde histórias criam vida. Descubra agora