Helado ( ice cream)

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Robin Arellano.

Mocinho?, Droga eu não estava aqui para ser o mocinho da história. Eu não deveria ter me arrependido, eu não deveria ter me apaixonado.

Então é assim?, Eu faço um plano para acabar com a vida de uma pessoa e acabo querendo proteger ele de mim?, Acabo querendo que tudo isso acabe e ele me perdoe para que a gente viva felizes para sempre?, Mas que merda.
Eu não me reconheço, eu me olho no espelho e não me reconheço. Mas se você acha que às coisas melhoram depois de que eu me arrependi de tudo, não, elas só ficaram mais difíceis.
Eu me sinto um monstro, me sinto culpado, me sinto nojento, eu não queria me sentir assim, queria voltar a não ligar para absolutamente nada.

Mas quando eu vejo aquele sorriso, não há como eu não me senti culpado.
E droga eu sempre senti uma atração física por Finney Blake, mas sempre achei que não passava disso.
Aquela raiva, aquela inveja sempre foi mais forte que tudo isso. Mas agora é muito pior, não é só atração física, é um sentimento bem mais estranho, eu quero mantê-lo seguro, eu quero tê-lo por perto o tempo todo! E todas às vezes que o vejo eu não consigo evitar dar um sorriso genuíno.

Eu acho que me pus em perigo, porque faz um tempo que ando recebendo mensagens de um número desconhecido onde a pessoa diz repetidas vezes "se afaste dele", dele quem?, Finney?, Quem é essa pessoa?, Por quê deseja que eu me afaste de Finney?, Eu achei que não passava de uma piada, mas estou sendo ameaçado de morte.

Finney Blake.

Eu queria que minha mãe entendesse que eu não sou mais uma criança.
Ela age como se eu fosse um bebê, mas ao mesmo tempo me dar responsabilidades de um adulto, é difícil de entender.

Ela me disse que tem uma novidade para me dar, parecia nervosa, ansiosa, estranhei a forma dela de agir, eu espero que não seja mais problema.

Ouço meu celular vibrar e então vejo a mensagem pela barra de notificação.

mi mexicano: Finn, eu posso ir aí?, Diga que sim, pofavor!

Sorrio ao ver a mensagem e espero alguns minutos para eu me recompor e respondê-lo.

Eu: Claro, mas há algum motivo para isso?

Mi mexicano: Eu preciso lhe ver.

Eu: Venha, mas já vou logo avisando que a minha mãe está em casa, talvez você terá que passar por um não tão pequeno interrogatório na porta de entrada.

Mi mexicano: rs, sem problemas.

Não sei se o real motivo de Robin querer me visitar é realmente só porque ele precisa me ver, mas eu gosto da ideia.

{. . .}

- Finney, aquele menino de cabelo grande está aí. - Minha mãe fala de braços cruzados enquanto está escorada na porta.

- Ah, obrigado por avisar, mamãe! - Falo sorrindo e me levantando rapidamente da cama.

- Ele é o seu namorado, mocinho?, Por quê não me falou nada? - Ela falou com certa indignação e eu arregalo os olhos e tampo a boca dela com a mão.

- É claro que não!, De onde a senhora tirou isso?, Robin é meu amigo. - susurro para que somente ela possa escutar.

- Eu estava conversando com ele e... - Não deixo que ela termine de falar e apenas reviro os olhos e saio.

- Robin, senti sua falta. Por quê não foi para escola nos últimos dias? - Pergunto e ele sorri negando com a cabeça.

- Digamos que eu achei bem mais confortável ficar na minha adorável cama invés de ficar recebendo bronca da bruxa da diretora logo pela manhã. - Ele fala de braços cruzados e eu neguei com a cabeça.

- Prefere sorvete de flocos ou de morango? - Minha mãe aparece atrás de mim.

- De morango! - Robin fala e quando a minha mãe sai para cozinha eu fico de boca aberta.

- Robin, você é um maníaco?, Um psicopata ou algo do tipo? - Pergunto com indignação.

- Por quê? - Robin parece assustado com a pergunta.

- Você gosta de sorvete de morango? - Eu falo e ele riu.

- Eu gosto, gosto de tudo de morango. - Ele fala respirando aliviado por algum motivo.

{ . . .}

- Você tem um péssimo gosto para sorvete. - Retruco dando risada.

- Deixe-me provar o seu então. - Ele fala e coloco a última colher de meu sorvete na boca.

- Nem pensar, eu já acabei. - Falo de boca cheia e ele sorri.

- Deixe-me provar. - Ele fala olhando para minha boca.

- O quê? - Falo sentindo minhas bochechas queimarem.

- Finney... - Ele fala se aproximando, posso sentir sua respiração quente e as suas mãos pousam em minha cintura.
Eu nunca havia me sentindo assim, mas a minha vontade era de pular em cima dele e beijá-lo até eu perder o fôlego, mas meus pensamentos foram interrompidos pelo celular de Robin vibrando.

- Ah...eu - Ele fala pegando o celular em seu bolso de forma desengonçada.

- Robin, está tudo bem? - Seja lá o que tenha sido que ele viu, ele pareceu ficar pálido, como se estivesse assustado.

- Finn, desculpe mas eu preciso ir. - Ele fala pondo seu celular no bolso novamente.

- Aconteceu alguma coisa? - Pergunto o seguindo até a porta.

- Não, nada demais. Muito obrigado pelo sorvete, estava uma delícia. - Ele fala sorrindo, mas ainda sim parecendo meio desnorteado.

- De nada, me mande mensagem quando chegar, pofavor. - Falo e assim que ele sai sinto uma sensação ruim invadir meu peito.

Tenho a impressão de que algo está acontecendo. Na verdade sinto essa sensação desde que aquelas cartas pararam de parecer apenas "brincadeirinhas de mal gosto" e passaram a parecer meio obsessivas.

Isso no começo me deixou curioso, mas agora me deixa assustado.
Eu não quero que algo aconteça com às pessoas que eu me aproximo, eu preciso descobrir quem é essa pessoa.
Isso vai acabar, tem que acabar, apartir de hoje me dedicarei a está investigação.
























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