Thousand Suns

cap 5

Mds, escrevi metade do cap no começo do ano, e só fui terminar agr akskakkakkaka imagine minha surpresa ao vê q fazia dois anos q eu publiquei os primeiros akskak

Enfim, boa leitura

...

Depois do incidente entre Gojo e Itadori as coisas ficaram diferentes, não estranhas, mas diferentes. Todos puderam sentir isso, principalmente os dois indivíduos que sem se dar conta, acabaram por se distanciar.

O Gojo ainda mantendo o combinado que fez sobre levar eles, no começo foi estranho pela nova atmosfera, já que mesmo sem admitir ele só tinha começado isso por uma fofura rozada, mas eles se adaptaram, já que não foi difícil criar afeição por seus dois amigos.

Ainda mais tendo como suporte Itadori que sempre alegre e extrovertido, acabava por inserir todos nas conversas, brincadeiras e provocações. Gojo e Itadori ainda sendo um deleite de se provocar, para os amigos – quando eles mesmo, não estavam fazendo isso – já que, apesar de ainda manterem a mesma atmosfera em volta de si, com provocações e flerte mútuo, disfarçado de brincadeira, eles se tornaram sensíveis ao redor deles – ou seja, eles flertam e flertam, mas se envergonham quando alguém, fora do mundinho deles, percebe o óbvio sentimento –.

Então não faltando motivos para os amigos, os provocarem.

Isso quando, eles mesmo não estavam se evitando, já que, sim eles gostam muito um do outro, foi uma amizade realmente inesperadamente, verdadeira. Mas eles não conseguiam ficar olhando por muito tempo um para o outro, sempre parece que eles vão se perder em algo, e isso assusta eles, essa sensação de estar sendo engolido por algo desconhecido, o formigamento, quase cócegas nas penas, nos braços, no coração.

Tendo um sentimento incrível, de amizade em relação um ao outro, mas tendo também essa dimensão nova e desconhecida, dentro de si, eles fogem quando podem, mesmo querendo ficar perto.

E eles não podem esquecer que são calouros, de uma universidade – no caso do Itadori, Nobara e Megumi – então, é claro que eles estão ocupados, ainda mais os mais velhos, tendo ainda mais responsabilidades.

Então isso aconteceu, eles se afastaram, mas não só pela falta de tempo, algo além, a barreira instintiva que estão construindo quanto mais daquele sentimento desconhecido cresce, o tempo afastados só contribuindo para isso, o medo e a falta de presença um do outro causando uma lacuna.

Em mais um dia cansativo depois de aulas, e mais aulas, longas e complicadas. Os três amigos se encontravam em um pequeno restaurante familiar, com a atmosfera leve e aconchegante de casa. Sentados ao redor da mesinha estilo clássico japonês, cansados, mas relaxados pela calmaria.

— eu gosto, quando é horário de pico esse lugar é muito barulhento, como a casa de uma família, mas tão relaxante em horários como esse, não perdendo o aconchego. — Diz Megumi, inesperadamente sendo o primeiro a começar um assunto. Enquanto sentado de pernas de índio, com as mãos apoiadas no chão atrás das costas a cabeça levemente jogada pra trás, com os olhos fechados.

— eu concordo, nós tivemos muita sorte de encontrar um lugar como esse, em uma cidade tão movimento, agradeço o Geto e Gojo por isso. — a garota de cabelos curtos, concorda com o amigo, enquanto olha ao redor com um sorriso satisfeito.

— vocês estão certos, apesar de ter me apaixonado por todo movimento, que esse lugar tem — Itadori diz sorrindo brilhante e caloroso. — Não posso negar que ter um lugar, além da nossa casa, que seja tão confortável me faz sentir de alguma forma, que eu tenho um lugar pra fugir. —

— Hahaha, e você fugiria exatamente do que? — Nobara que estava rindo zombeteira pergunta, mesmo que os olhos dela, já viam uma resposta claramente.

— eu não disse que tinha algo pra fugir, só que esse lugar trás essa sensação de conforto! — ele diz meio gritando, por saber exatamente o que a amiga quis insinuar. — mais uma coisa, o que você pode dizer de mim, quando você fugiu da Zain-Senpai? —

Nobara ouvindo aquilo, teve um misto de cores passando pelo rosto, primeiro constrangimento, logo a raiva, mas antes que pudesse dizer algo, pra se defender.

Itadori vê quando Megumi, que ainda estava na mesma posição só ouvindo os dois amigos, abaixa cabeça pra olhar pra ele, tendo arqueado levemente a sombrachelha. O primeiro entendendo, o por que dessa implicância. — NÃO que eu esteja admitindo, qualquer coisa que vocês estão pensando! —

Nobara vendo a interação começa a rir, ela ainda queria se defender, mas admitiu a derrota por enquanto, apenas pra degustar do constrangimento de Itadori.

— sinceramente, eu achava que amigos existiam pra apoiar uns aos outros em momentos assim, não zombar. — Itadori resmunga.

— Ué, mas segundo você não tem por que apoio, afinal nada tá acontecendo. E se fosse isso, vocês já teriam parado de falar da Maki-Senpai, pra mim.

— Eu não disse nada.

— O Megumi age como dono da razão, mas em situações assim ele tá sempre olhando com esses olhos julgadores, como se soubesse algo que nós não. — A óbvia birra de Itadori é evidente, quando ele vira o rosto pro lado contrário do amigo.

Suas comidas foram distribuídas pela mesa, durante essa briguinha de crianças, como a atendente mais velha pensava ser, ela conseguia ouvir as implicâncias deles da onde estava, e secretamente estava achando muito fofo.

— Eu não tenho culpa se vocês dois, são idiotas. — Fushiguro diz enquanto leva a comida aos lábios.

— Olha, eu sou um amigo bom demais eu acho, tô quase tendo meu arco de vilão aqui, ou você quer que eu use sua "timidez" de falar com meu irmão, contra você? —  Itadori ainda de braços cruzados e fazendo birra.

— Irmão? Eu achei que você pararia de chamar ele de irmão, depois que ele foi embora. — Nobara diz agora séria, e pegando sua comida.

Megumi ao ouvir o que Itadori disse, apenas travou por um segundo, quase imperceptível pra quem não o conhecesse.

— Bom, eu não ia, mas eu ... — Itadori apenas enfia um pedaço de peixe na boca.

Os dois mesmo sem ouvir uma explicação, apenas deixam de lado, sabem que ele sente falta do idiota que chama de irmão, mesmo não tendo o perdoado.

— Mesmo assim, você continua sendo um idiota por evitar o Gojo-Senpai.

— Aaaah Kugisaki Aaaah — Itadori tapou os ouvidos, e mostrou a língua pra ela.

— Você sabe que eu tô certa, bobão — Diz enquanto aponto seu hashi pra ele.

" Os dois vão começar, de novo " pensa Fushiguro, já cansado disso, e continua comendo.

Enquanto observa os dois, que conseguiram virar o potinho de molho da mesa – culpa de Nobara que deu uma cotovelada quando foi puxar o cabelo de Itadori, e depois culpou ele por isso –, Fushiguro soltou uma leve risada nasalada, que chamou a atenção dos dois que sorriram juntos, logo voltaram a se xingar.

~~~

— Voltem sempre.

— Claro, muito obrigado pela comida, vamos voltar mais vezes.

Enquanto voltavam pra casa, a noite com o clima leve e familiar, acharam melhor ir andando pra fazer a digestão da comida e aproveitar o momento antes de chegar em casa, e terem que fazer suas obrigações.

Itadori que estava surpreendente quieto, pensava em tudo que Nobara disse, até em o que Fushiguro insinuou.

Ele realmente não sente nada pelo Gojo só gosta de brincar com ele, não é nada tão sério, ele pensa assim, mas por que se incomoda tanto com seus amigos insinuando isso?

Ele sente falta de falar mais com Gojo. "Mas é tão constrangedor quando estamos sozinhos parece que não consigo pensar direito, quero conversar, quero brincar, realmente quero conhecer ele mais, ser seu amigo."

"Não sou eu que estou afastando ele, né?"