Segundo Círculo - Luxúria

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Uma caverna escura onde só via silhuetas de rochas, luz azul surgiu nos dedos de energia iluminando o lugar. Sangue e corpos espalhados por todo o canto.

 L-Lua...  Uma Deusa com um manto estrelado estava com o báculo atravessado em seu peito, sangue começou a escorrer como lágrimas da vítima, os olhos ficaram negros assim como a visão.

Um rápido piscar foi suficiente pra aquela Deusa que agora parecia um demônio, atacar em sua direção, tudo ficou escuro de novo. O sangue jorrou pintando o ar de vermelho... Um grito feminino foi ouvido.

Aquela rápida lembrança foi tão dolorida pra Lua, quanto o peteleco que Radamanthys lhe deu...

A ex Divindade voou escuridão adentro, passando pelas almas conseguido ver mesmo que rapidamente os "crimes que cometeram". O grito fora substituído pelo som de ossos de quebrando, atravessou um portal e Lua caiu sobre em um vale sombrio.

— Ai... — Se sentava devagar, não foram seus "ossos" que se quebraram e sim os que ela caiu em cima, havia crânios e ossos espalhados no chão. — Ahh... Que merda... — Quicou pra trás balançando a mão, uma aranha grande, preta e peluda que tinha subido na mão de Lua, fugia depressa.

Olhando em volta, era possível ver as almas que se arrastavam em cansaço, andavam de cabeças baixas, choravam. Lua se levantou cambaleante com a mão sobre o peito, andando em voltas devagar e tonta. Era tudo tão real, seu corpo estava cada vez mais pesado, sentia como se a qualquer momento fosse desmaiar, pois, o ferimento no peito doía, pulsava.

Memórias cheias de Luxúria vinham em sua mente...

Um homem beijava seu pescoço a abraçando, apertando uma das nádegas dela com vontade. A outra levantava a coxa de Lua até a cintura definida, ela apertava e arranhava as costas masculinas.

A imagem escureceu rapidamente, como se alguma câmera estivesse fotografando, mostrando imagem atrás de imagem.

Sobre o futon, Lua estava montada sobre o samurai de cabelos castanhos, enquanto as línguas dançavam uma com a outra fora da boca naquele beijo cheio de luxúria, os corpos estavam colados um no outro.

Vibrações fortes canalizavam por seu corpo, como se a alma se fixar, como se fosse puxada por aquela dimensão escura.

 Ahnnnn... – O som da chuva ecoava junto aos dos gemidos de Lua, o samurai penetrava Lua, levantando uma das suas coxas, o calor subia e o atrito se formava com o roçar dos corpos.

Também pudera, porque aquela dimensão era o inferno. Caiu no chão, exausta e sem vontade de continuar a andar pra onde quer que fosse, as mãos esqueléticas começaram a se mover até a direção de Lua, agarrando o tornozelo, em seguida os braços e o chão embaixo de si a segurando. Um furacão se formou indo em sua direção.

Inferno... Vale dos Ventos... Segundo Círculo...

Aquele lugar, agora tudo fazia sentido. As almas caindo, tinha acabado de passar pelo Limbo e agora estava no Vale dos Ventos, um lugar pra onde iam os pecadores Luxuriosos. Tempestade e furacões de formavam, arrastando almas por todo aquele vale. Mas, os flashbacks que vinham em sua cabeça, tinha um tom de luxúria, mas havia amor...

Abraçada ao homem, sentia o calor do corpo daquele humano. Acariciando os cabelos castanhos, ele estava deitado com a cabeça em seus seios com os dois nus, sobre a cama daquele dojo.

 Eu te amo!

O sorriso daquele homem de tapa olho e as palavras vieram a sua mente.

— Masamune... — A de cabelos brancos sussurrou... Sentiu uma mão transparente acariciar sua cabeça. Mas, não havia nada... Aquelas palavras: "Eu te Amo" ganharam força e ecoavam cada vez mais forte e mais alto.

Entre o Mar e a NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora