A cura

🤍🤍~Capítulo 59~🤍🤍

09:02:  Eu e o Dudu estávamos tomando café na lanchonete.

-Alguma novidade?

-Sim. -respondeu Dudu.

O Dudu estava com um sorriso enorme no rosto.

-O Daniel quer me conhecer.

-Sério? Mas já? Vocês acabaram de se conhecer,cara.

-Eu sei,eu sei. Olha,eu me sinto conectado com ele,como eu te falei e sei que parece bizarro mas eu estou gostando mesmo dele. Eu quero ficar com ele.

-Ok,amigo. Se você está certo disso e está feliz é isso que importa. Estou aqui para te apoiar em qualquer coisa.

-Valeu,Noah.

-Mas me fala,onde o Daniel quer te conhecer?

-Adivinha!

-Na casa dele?

-Não.

-Em um restaurante?

-Não.

-Numa festa?

-Quase.

-Onde então?

-Numa balada gay em uma cidade aqui perto.

-Não brinca!

-Não estou brincando.

-Numa balada gay?! Você já foi em alguma balada gay antes?

-Não,vai ser a minha primeira vez. E você vai comigo!

Acabei rindo alto. Tão alto que todos dali me olharam.

-Nunca! Tá doido?

-Eu não quero ir sozinho,por favor.

-Eduardo,você que vai se encontrar com ele e essa balada é para gays. Tipo,eu não tenho nada contra mas seria estranho para mim.

-Eu sei,mas só vai de companhia. Prometo te deixar em paz depois. Aliás,eu não sei dirigir e eu não estou afim de ir de Uber. Nunca te pedi nada,por favor,amigo.

Comecei a pensar. O Dudu não estava pedindo nada demais. Eu só ia de companhia com ele. O que de ruim poderia acontecer?

-Você tem a localização do lugar?

-Eba! Eu sabia que não iria me deixar na mão.

-Que horas eu te busco? Às seis vou passar prova para a Rubi que o pai dela pediu.

-Pode me buscar quando estiver livre.

-Às sete então.

-E a Rubi?

-O que tem ela?

-Descobriu algo sobre ela?

-Descobri. Ela já teve vários professores mas todos se demitiram quando souberam da doença dela.

-Doença? Que doença? É grave?

-A mãe da Rubi disse que ela está bem, não corre risco de vida mas não tem cura. Ela tem que tomar medicamentos.

-Por isso ela é tão triste e quieta.