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- doenças e paixões -

O DIA NÃO AMANHECEU TÃO BEM QUANTO GABRIELA ESPERAVA

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O DIA NÃO AMANHECEU TÃO BEM QUANTO GABRIELA ESPERAVA. Como tinha reunião do time pela manhã, pelo fato da CBF ter chegado às quartas de final, Antony levantou mais cedo, deixou um beijo na testa de Gabi, foi em direção ao seu quarto e lhe mandou uma mensagem, para que ela pudesse ler quando acordasse.

Acontece que ela mal conseguia se mexer. Agarrava os lençóis com força, na tentativa de amenizar a dor que sentia. O celular estava na mesa, e precisaria levantar para pegá-lo, então ela logo desistiu e esperou que em algum momento, alguém viesse procurar por ela.

Já era meio comum na vida de Gabi sentir esses tipos de dores, desde pequena, então já estava acostumada, sua solução de todas as vezes era sempre um mesmo bom remédio que levava consigo para todos os lugares, mas que ainda estava dentro da mala.

Ela olhava pro lado, observando o sol da manhã esquentar ainda mais, tentando adivinhar qual o horário que era. Conforme o tempo passava, Gabriela adormeceu duas vezes, mas sempre acabava acordando quando a dor apertava. Em determinado momento, a dor aliviou, mas ela continuou quieta em seu canto, com medo dela voltar.

Depois que conseguiu parar de pensar totalmente no que sentia, ela suspirou, finalmente se tocando do que realmente tinha acontecido na noite passada, e do quanto foi maravilhoso.

Cada beijo, cada toque. Ela sentia como se tivesse conhecido um Antony diferente, e ao mesmo tempo, tão igual. Ele era doce com ela, poderia ter uma fama de agressivo e marrento no campo, mas ele, com ela, era gentil, carinhoso. O jeito que ele a chamava de "Bebê", mexia com ela mais do que Gabriela conseguiria explicar.

E pensar que quando se conheceram, ela pagaria para mantê-lo o mais longe possível, era a tirava do sério em mínimos segundos, o que era estranho pra ela, porque Gabi sempre foi uma garota muito pacífica, e nada tirava a sua calmaria.

Mas aí, um jogador, com síndrome de galã marrentinho, lhe roubou toda a solidez, e ao mesmo tempo que lhe tirava a calmaria, ele lhe trazia a paz de uma forma indescritível. E era intensamente recíproco.

Ela não conseguiu se conter, e deu uma risadinha espontânea, e mesmo que ninguém a visse, puxou o lençol para tapar o rosto envergonhado, mas acontece que aquele esforço acabou lhe causando uma pontada da dor que sentia há minutos atrás. A garota deu um gritinho, um gemido de dor, e se martirizou pelo esforço feito, até que um toque na porta a fez parar.

– Bebê? Cê tá aí? – Antony disse, do lado de fora, e como não obteve resposta, ele tentou novamente. – Gabi?

– Não me chama de Gabi. – Ela murmurou reclamando, mesmo que tenha sido com uma voz meio embargada, Antony sorriu e entrou.

– O que aconteceu? – Seu sorriso logo se desfez quando a viu toda espremida, com um travesseiro debaixo da barriga e um rosto visível insatisfeito.

𝘙𝘢𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘥𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘰𝘱𝘢 - 𝘈𝘯𝘵𝘰𝘯𝘺 𝘔𝘢𝘵𝘩𝘦𝘶𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora