My Favorite Gangster

Onde ?

— Ela disse que estava aqui, puta merda! — Falei desesperado ao chegar no local em que ela havia falado. Passei as mãos no cabelo tentando raciocinar.

— Como vamos encontrar ela ? — Namjoon me olhou com um olhar triste.

— Liga para os caras do the Italians e manda o camaron rastrear o telefone dela. — Falei olhando o chão, que tinha uma mancha de sangue enorme. — Esse filho da puta vai pagar. Seja lá quem for.

[...]

Ontem corri até o hotel e procurei todas as minhas ferramentas de rastreio, tudo que é tipo de faca e arma eu peguei, não tínhamos nem uma pista sobre ela, e as chances de ela e minha filha estarem mortas são enormes. Liguei meu rádio enquanto dirigia em um carro que roubei de um cara qualquer.

— achei! — Pude ouvir a fala fina de Camaron vindo do rádio.

— Então fala logo porra. — Continuei dirigindo naquela manhã ensolarada que já estava me sufocando com aquela merda de ar-condicionado quebrado. Deveria ter roubado um carro de alguém mais rico.

— O último registro foi a seis quarteirões de você. Mas talvez a pessoa pode ter quebrado o celular. — Desliguei o rádio na cara dele e acelerei até o endereço que Camaron me mandou por mensagem. Era um lugar deserto mas cheio de casas. Procurei por pistas em todos os lugares, até encontrar o celular dela no chão de um beco. Puta merda! Fizeram de propósito!  Voltei pro meu carro, então decidi olhar as lojas por perto. Então vi aquela mesma mulher que eu comi naquele dia. Ela estava em uma sorveteria. Logo fui andando até ela.

— Oi ! Tudo bem ? — Ela me olhou com aquele olhar de prostituta e eu apenas sorri.

— Tudo, mas...você trabalha aqui ?

— Huhum...algum problema? — Ela me olhou entrigada.

— Não, nem um. Só gostaria de ver umas câmeras de gravação da noite de ontem....você pode me mostrar?

— Não dá, meu chefe me mataria. São contra as regras.

— Hum....mas você não pode abrir nem uma exceção? — A olhei com aquele olhar que eu sei que todas as mulheres ficam doidas, lembrei que quando joguei meu charme a Emilly não cedeu.

— Bom...eu posso fingir que você perdeu sua esposa... — Ela disse enquanto me puxava até o local que supostamente mostrava as câmeras de segurança. Rápidamente me sentei no banco em frente a vários computadores, e comecei a olhar as gravações de ontem a noite, eu estava tão focado naquilo que meus olhos quase grudavam no computador. Comecei a observar tudo até achar alguma coisa. Mas que merda!

— Heliot esse cretino. — Vi ele perseguindo Emilly. — Obrigada. — Falei simpático. — Vou me lembrar de você.

— Só isso ? Nem uma rapidinha antes ?

— Eu adoraria gata, mas infelizmente estou muuuito ocupado. — Falei saindo da área dos fundos e ainda acabei levando um sorvete. Esbarrei em um homem vestido com trages escuros e me parecia famíliar. Logo quando minha perna se chocou contra a dele eu pude sentir a arma em sua cintura. Parei e o observei entrar na parte dos fundos. Observei tudo e me liguei que aquele cara era o cara que segurou a Emily na gravação. Mas por algum motivo a câmera não mostra o resto. Voltei até lá com os passos apressados e antes de entrar na porta dos fundos ouvi os dois conversando.

— E aí ? Conseguiu mostrar a ele ?

— Consegui, ele deve estar indo procurar por pistas nesse exato momento.

— Boa garota. — Ao ver que a conversa tinha sido encerrada corri e entrei no banheiro para que não me vissem, logo que eles saíram eu fui até a parte de fora da sorveteria. — Sorveteria Berny. — ah claro, tinha que ser a sorveteria do Heliot Berny. — Voltei ao hotel totalmente frustrado, não tinha como eu descobrir onde estava Emilly.