Matteo.

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— Droga. Droga. — Os homens estavam mais perto. Cheguei no aeroporto paguei ao moço e corri. O mais rápido que pude. Entrei na área VIP e fui direto para o embarque. Tava bem na hora. Taehyung estava lá parado. — Vamos. Rápido. — O puxei. — Onde estão o resto. — Falei enquanto andávamos até o jatinho.

— Já estão lá. — Ele correu também e eu entrei no avião. Beleza. Beleza. Consegui. Me sentei em uma das mesas que estavam lá. Ao lado de Lean, pintava um lindo desenho. — Porque correu? — Taehyung perguntou sentando na cadeira à frente. Inclinei o banco para dormir. O sono que eu tava era de matar. Se meu plano der certo, eu passarei as próximas 14 horas dormindo.

[...]

— Obrigada Nam. — Agradeci a ele por levar minha mala. Bela ficou na portaria resolvendo uns assuntos com o Hobi. Ou seja estão discutindo feio. Fechei a porta do apartamento. Ah! Que alívio. O cheirinho bom de lar percorreu pelo meu corpo, através do meu nariz, que já estava com a pontinha vermelha. Eu queria chorar. Mas eu já chorei demais. A única coisa que eu posso fazer, É lembrar dos momentos bons com meu pai. E pensar neles com cuidado. Pra meu coração não me enganar. Fui até a geladeira. Peguei um yogurt e tomei. Meu vestido folgado estava me encomodando. Eu só queria um banho. Só agora que me dei conta.

— Matteo! — Arregalei os olhos, corri até o sofá, onde minha bolsa estava jogada. Caramba, esqueci do meu próprio irmão. Eu o deixei lá? Caramba. Liguei pra ele o mais rápido possível. Meu pai já sabe onde eu estou, então não tem problema. Escutei o celular chamar, e eu batia os pés inquieta. Até alguém falar no telefone. — Matteo! Fratellino ! É você? — Segurei o celular com as duas mãos.

— Emilly? Aí que alívio. Eu fiquei fora por uns dois dias, e você foi embora? — Ouvi alguns latidos. — Eu descobri uma coisa Fratellita, muito... triste na verdade. Se não se importar. Vou passar na sua casa. — Arqueei a sobrancelha. E roí uma unha.

— Como assim? Tá... tá bom. Onde você tá? — Olhei em volta do apartamento como se ele estivesse lá.

— No aeroporto. — Olhei pro teto tentando processar.

— Tá, tudo bem. — Desliguei sem me importar muito, tomei um banho e fui pra meu quarto, até ouvir duas batidinha na porta. Abri e me deparei com taehyung sorrindo. — Ah, oi. — Falei quando vi ele entrar sem permissão.

— Oi. — Ele se sentou no sofá e me olhou. Fiquei sem entender, ele deu dois tapinhas ao seu lado, obedeci e sentei aí lado dele.

— Isso vai parecer estranho. — Ele me olhou. Logo pegou o controle da tv, e envolveu meus ombros com seu braço, estávamos perto demais.

— Mas o que você tá fazendo?? — Olhei incrédula.

— Querendo assistir um filme com você. Algum problema? — Ele me olhou e eu neguei. Logo ele colocou um filme de máfia qualquer.

[...]

O filme foi bem interessante, mas eu estava um pouco desinteressada, não sei porque taehyung está fazendo essas coisas, mas eu sei que pensar no meu pai tem sido algo doloroso, eu só queria voltar lá e perguntar o que realmente aconteceu.

— Tá tudo bem ? — Taehyung me olhou quando percebeu que eu estava distante.

— Ah, sim,sim. Tô ótima. — Falei mas logo o olhei confusa. — Desembuxa. — Me afastei. — O que tá acontecendo com você Kim Taehyung? Você tá muito divertido.

— Não é nada. — Com certeza tem alguma coisa.

— Fala Taehyung.

— Emilly. — Ele me olhou sério. — Eu tô decidido, tudo na minha vida até agora sempre foi um caos, ver você e minha mãe juntas, me doeu. Você não é seu pai, eu já deveria saber disso, então a partir de hoje, eu vou ser um cara legal pra você. — Ele colocou uma mão no peito e a outra ele ergueu, simbolizando uma promessa.

— Ah, sim. — Sorri.

— E então, quer ter um encontro? Oficial. — Ele sorriu. E eu sabia que ele estava se sentindo mal por me afastar do meu pai. O abracei.

— Obrigada. — Sorri pra ele. — Mas que tal a gente ser só amigos, digo. Não tô pronta pra um relacionamento. — Falei e ele me olhou confuso.

— Tá, então. — Ele engoliu em seco e eu sorri.

— Agora vai pra sua casa, não quero homem nenhum aqui, a essa hora. — Falei olhando o relógio.

— Mas e o Hoseok ? — Ele me olhou confuso.

— Excessão. TCHAU TAE. — Falei pois ele já estava na outra casa. Me sentei e assim que fechei os olhos alguém bateu na porta.

— Fratellino!!!— Sorri assim que vi Matteo parado na porta, ele abriu os braços e eu o abracei. Era bom ter algo comum.

— Nossa, irmãzinha você mora num bom lugar. — Ele sorriu assim que entrou. — Se não for muito encômodo, eu posso... — Ele coçou a nuca.

— Dormir aqui ? ! — Sorri. — Claro. — Gesticulei pra que ele se sentasse no sofá. Lembrei que ele achava que Hobi era meu namorado. Liguei pro mesmo e fui pro banheiro. — Hoseok. — Falei baixo. — Vai pra casa do Taehyung tá? Meu irmão tá aqui. — Desliguei antes dele surtar e fui direto pra sala.

— Eu tenho coisas pra te contar.— Ele sorriu frouxo. — Olha o que eu achei. — Ele falou em um tom baixo e grave, como se fosse um assunto delicado, ele me mostrou algumas fotos, quase fechei os olhos com a cena horrorosa. Uma mulher ensanguentada e com o rosto cheio de hematomas olhava pra câmera com lágrimas nos olhos inchados.

— Essa...

— É a mãe do rival do nosso pai, ele abusava dela Emmy, abusava dela. — Ele falou com lágrimas nos olhos, mas não se permitiu chorar.  Esse tempo todo eu tava tão desesperada por mim mesma, que esqueci do meu irmão.

— Onde está a mamãe ??? — Olhei pra ele lembrando da minha mãe sendo espancada.

— Em um hotel aqui perto. — abracei ele, sentindo que alguém finalmente estava entendendo minha dor. Passamos horas conversando, tentando não chorar. Até jogamos uns jogos.

[...]

Já fazem 2 semanas que meu irmão está aqui, ele não encontrou com Taehyung. Ainda. Estou arrumando uma forma de contar, agora que a barriga está enorme a única coisa que eu tenho feito é comer e dormir, a faculdade está difícil. Mas estou conseguindo manter as notas. Em pensar que se tudo der certo, daqui a 2 meses eu me formo.

Eu estava prestes a entrar no banheiro pra tomar banho, quando uma contração muito forte veio. Meu corpo despencou e eu fiquei sentada, até Matteo vir correndo me socorrer, não tive tempo de pensar muita coisa. Mas Matteo me levou em seu braços até o estacionamento, me colocou no carro e dirigiu desesperadamente. Não sei como ele conseguiu me carregar, mas eu comecei a me desesperar.

— Caramba!! Porque o trânsito tá lotado logo hoje ????? — Matteo batia na buzina o tempo todo. Eu estava tão agitada quanto ele, mas não demonstrei, será que Minha bebê vai nascer hoje ??? Falta 1 mês ainda pra ela nascer, meu Deus....

[...]

Médicos correndo pra lá e pra cá, e eu sentada na cama, com os olhos assustados, Matteo me encarava do sofá tentando me passar confiança, mas na verdade ele tá bem assustado. Em alguns minutos uma enfermeira veio até mim, o médico veio logo após. Pediu pra eu me deitar, e eu sabia tudo o que eu tinha que fazer, eu estava envergonhada demais. Mas eu só queria minha bebê bem.

Algum tempo depois me pediram pra expelir uma criança pra fora de mim, doeu pra caramba, assim que a dor passou meu corpo inteiro relaxou de imediato. Ouvi um choro fraco e desesperado. Então tudo começou a ficar turvo e sem forma, vi algumas pessoas correndo até minha sala e então tudo apagou de vez.






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⏰ Недавно обновлено: Mar 26 ⏰

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