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Hallie

   Bati na porta, sentindo que meu cenho ainda estava fechado e a resposta rouca e despreocupada veio do outro lado. Ares estava sentado na poltrona, com sua perna repousada no joelho da outra, um copo de whisky em suas mãos enquanto ele olhava para nada em específico.

    Seu indicador se soltou do copo, apontando para a poltrona e fechei a porta atrás de mim e me sentei o encarando séria dentro antes que ele me olhasse apenas com o mover de seus olhos.

— Você vai subir, vai se arrumar e tem meia hora para isso! Você disse que está pronta... Então o que acontecer com você não é minha responsabilidade! É sua! Completamente sua! _ o tom de sua voz foi severo, mas calmo, seus olhos estavam ásperos a me encarar quando ele finalmente moveu seu rosto, agora me olhando diretamente.

Os gelos em sua bebida se mexeram, deixando um sonido no ar entre nosso silêncio, e Ares levou o copo a boca, solvendo lentamente sua bebida.

— Seu tempo está passando._ ele avisou baixo rouco e me levantei da poltrona e caminhei em direção a porta

    Abri e fechei a porta, caminhando em direção ao meu quarto. Olhei para as roupas dobradas sobre a cama e respirei fundo, fazendo uma anotação mental para dizer a ele que eu poderia ao menos escolher minhas próprias roupas.

***

   Desci a escadaria, olhando para os tênis brancos e para legging preta. Enfiei uma das minhas mãos dentro da jaqueta de couro, e olhei para Kalel e Ares na sala.

    Parei diante deles, arqueando minha sobrancelha para Ares que estava me avaliando em silêncio.

— Vamos!_ ele se levantou, ajustando seu blazer e passou por mim, assim como Kalel, e os segui logo atrás.

   Quando sai da casa, meus olhos caíram em um comboio de carros blindados, todos pretos, impecáveis. Kalel deu a volta em um deles, assumindo a direção, e apenas olhei para Ares, que ja estava deslizando para dentro no banco de trás com seu semblante sério.

   Eu me perguntei mentalmente se deveria segui-lo, ja que ele sempre me deixou entrar primeiro, mas foi a figura de Garry, segurando uma porta aberta, e me olhando em silêncio que me deu a resposta. Caminhei até ele, acenando com a cabeça em agradecimento e entrei no carro.

   Enfiei as mãos nos bolsos da jaqueta e respirei fundo, meu estômago estava apertado pela situação. E agora eu estava me perguntando se eu realmente era uma boa ideia.

    Os carros se moveram e olhei para a mansão ficando para atrás.

***

   Me segurei no vidro e uma mão firme no banco, quando carro sacudia de um lado a outro em uma estrada  escura de terra e cascalho, iluminada apenas pelos faróis dos carros. Olhei por cima do ombro para o carro que vinha logo atrás e voltei a olhar para frente um pouco atordoada.

   Era difícil quando não sabia de absolutamente nada, nem mesmo para onde estava indo ou que iríamos fazer. Mas avaliando a situação, o que tinha de ser feito não era para ser descoberto ou visto, ou ouvido por alguém fora da máfia.

  Um novo balançar mais abrupto me fez apertar os olhos. Acho que entendi porque eram veículos para estradas como aquelas. Quando Garry estacionou, através das luzes dos faróis, assisti a poeira passar e começar a se assentar. Só estão as portas foram abertas. Mas Garry não se moveu, até que a porta do carro da frente que abrigava Ares e Kalel se abriu.

   Eu vi Ares descer, e Garry o fez também apressado, abrindo a porta para mim. Sai, olhando ao redor, mas a noite escura não me deu nenhuma pista de onde deveria estar, apenas que havia um galpão velho logo a frente.

Um Gangster em Minha Vida Where stories live. Discover now