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Kalel

  Parei o carro no sinaleiro, a música tocando alta, as janelas abertas, as ruas desertas pelo início da madrugada.

   Olhei pelo retrovisor a aproximação sorrateira e voltei meus olhos para frente, o carro parado na pista como Hallie tinha dito.

A arma foi posta contra minha cabeça, e suspirei, descendo no carro devagar, a maldito ladrãozinho me revistou, e sorri com desprezo e desdém.

Arranquei minha pistola, colocando contra sua cabeça e ele estagnou.

— Entra no carro! _ ordenei tranquilo e o ladrãozinho ficou pálido quando sorri_ Não sabe com quem mexeu...
 
    Ele tentou fugir, e agarrei sua camisa o lançando com brutalidade para dentro do carro, enquanto seu comparsa fugia. Meus olhos seguiram o carro e voltei para o desgraçado se debatendo.

— É tira?_ ele grunhiu e ri grave, meu peito vibrando.

   Carros passaram, seguindo o comparsa que fugiu e apertei meus dedos na nuca do ladrão.

— Você colocou uma arma na cabeça da minha cunhada ... E sinto muito para você, mas vai desejar que meu Don te mate de uma vez, antes que ele corte dedo por dedo de suas mãos, e depois te faça engolir um por um! _ rosnei entre os dentes. _ Tá muito fodido! Vocês estão...

   A janela do passageiro  desceu e vovô encarou o ladrão nos olhos, aquele olhar de um velho chefe de máfia que ele sempre teve, o senhor do submundo, o pesadelo de muitos que ainda vagam por aí. Meu avô tinha uma reputação a zelar, e ele estava deixando isso vem visível ao encarar o ladrão amassado contra a lataria do carro.

— O quê acha vovô?

— Acho que ele não vai durar muito!_ Marlon murmurou e olhei para a bermuda úmida e soltei uma risada nasal. _  Já se mijou!

     O arrastei, o jogando no porta mala do carro e o olhei por um momento, sorrindo maquiavélico.

— Vou te dar um tempinho para se lembrar onde está as coisas da minha cunhada que você assaltou ontem a noite! É bom se lembrar rápido, os Crawford não são muito pacientes... _ maneio a cabeça em ênfase _ Principalmente meu irmão!

    O rosto do ladrão ficou pálido como se tivesse visto a morte, e fechei a tampa do porta mala, batendo minhas mãos para me livrar da sensação asquerosa do ladrãozinho.

   Um carro pareou ao meu, e os capangas  acenaram, deixando claro que tinham conseguido capturar o comparsa.

— Cansado vovô?_ perguntei e ele ergueu seus olhos para mim, parecendo cheio de energia.

— E o tiro para cima? _ ele praguejou e ri rouco, entrando no carro e acelerei, passando pelo sinaleiro agora aberto.

— Ares não dá tiros para cima, vovô! E se der, é declarando guerra! Ele não é de desperdiçar munição.

— Fui eu que o ensinei isso! Esqueceu?

— Que belos mosntrinhos você criou..._ ri maneando a cabeça, e meu avô, sentado confortável no banco de trás, olhando para mim através do retrovisor, sorriu ladino de forma satisfeita com as luzes dos postes iluminando rápido seu rosto.

— Pode questionar meus métodos, mas não meus resultados!

— É o que está fazendo com Hallie?_ perguntei curioso, sério, o olhando rápido pelo retrovisor, apenas uma espiada para conferir sua expressão.

— Não sei do que está falando!_ ele resmungou baixinho.

Hallie

   Desviei ágil, deixando um grunhido escapar, outro soco veio por cima e desviei novamente, suor banhando meu corpo. O instrutor aumentou o ritmo de seus golpes, enquanto eu tentava acompanhar, buscando não ser massacrada dessa vez.

Um Gangster em Minha Vida Where stories live. Discover now