the smell of hate.

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Liam Alexander Moreau Geardon, 16 anos (Thunder Bay, CA).

Saio do colégio acenando para algumas garotas que passam do meu lado e tiro um cigarro e um isqueiro do meu bolso o acendendo. Me encosto no meu carro quando chego perto dele e cruzo meus braços observando alguns alunos saírem.

- Algumas pessoas simplesmente não conseguem se livrar da vidinha medíocre dessa cidade, não é?

O cheiro de álcool e cigarro do meu progenitor chega antes de sua voz quando ele se escora no meu carro ao meu lado.

- Percebe? Todos caminham sorrindo e conversando como se fossem os donos do mundo só porque possuem dinheiro.

Escuto ele falando enquanto ainda olho para frente fingindo o ignorar. Sinto seu rosto se virar para mim e consigo escutar uma risada abafada quando sigo com meus olhos cabelos castanhos.

- É uma merda, não é? - ele pergunta com um sorriso de lado e eu me viro irritado para ele dessa vez.

- O quê, papai? Eu realmente não consigo pensar qual é a maior merda da minha vida, mas no momento, é eu não poder apagar essa merda de cigarro na porra da sua cara.

Falo cuspindo as palavras enquanto jogo aquilo no chão e piso.

- O quê veio fazer aqui? - pergunto fungando quando não a acho mais entre os estudantes.

- Eu sei o quê quer... - ele fala ignorando minha pergunta - Sabe o quê isso significa? Quê você vai condenar qualquer uma que ficar na sua vida.

- Cala a boca. - falo sério olhando para frente.

- Nós Campbell's somos assim, Liam... Não adianta fugir, é o quê somos.

- Eu não sou um Campbell.

Falo com ódio abrindo a porta do meu carro com raiva. Respiro fundo me virando para ele.

- Me diga o quê veio fazer aqui, idiota.

Falo cerrando meu maxilar olhando para ele. Ele levanta uma sobrancelha e dá um sorriso cínico.

- Não adianta fugir da sua família, Liam. Nós só temos um ao outro, filho...

As palavras dele saem suave, mas seus olhos mostravam que ele estava zombando da minha cara.

- Família? Você pensou nela em todas as vezes que espancou a mamãe? - pergunto me aproximando dele e o encarando face a face - Em todas as vezes que bateu em mim? Ou talvez você tenha pensado na porra da sua família quando nos abandonou, não é?

Pergunto entrando no meu carro com raiva sabendo que eu não poderia bater nele ali. Escuto ele soltar uma risada e se inclinar sobre o meu banco enquanto se apoia na porta do carro.

- Pense na sua mãe, ela deve estar morrendo de vontade de ver o filho... Tantos anos.

Ele fala abrindo um sorriso mostrando todos os seus dentes e eu bato a porta do carro saindo dali ouvindo o barulho do pneu quente sobre o asfalto.

》Não esqueçam de deixar uma estrelinha... Grata! ✨️

pov: Liam Moreau ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora