let it burn.

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Liam Alexander Moreau Geardon, 17 anos (Thunder Bay, CA).

Pense comigo... Todos os dias, desde que nascemos, vivemos esperando o dia da nossa morte. E desde então, temos um dia da nossa vida para comemorar a porra da nossa vida.

Era engraçado, e eu odiava meu aniversário. Principalmente porque era o aniversário do meu irmão, e apesar de apenas meus pais saberem da existência dele, eu saber era o que bastava.

Ryan era bondoso, gentil e muito mais inteligente que eu. Ele seria uma parte muito melhor de mim, uma parte que eu jamais irei conhecer o que poderia ter se tornado, mas ele ainda vivia em minha cabeça.

- Feliz aniversário, filho.

Escuto a voz do meu progenitor quando levanto meu rosto do escapamento do meu carro que tocava The Beatles. O encaro com desdém enquanto ele se aproxima com uma caixinha de presente preta.

Me afasto limpando a minha mão de graxa com um pano. Vou até a mesinha ao lado e dou um gole na minha cerveja.

- Já disse que não quero você nesse lugar.

Eu falo encarando ele quando o mesmo estende o presente. O olho por alguns segundos sem a intenção de pegar, ele então revira os olhos e abre a caixinha me mostrando o quê era.

- O quê eu vou fazer com essa merda? - pergunto olhando para a chave dentro da caixa.

- É a chave do jukebox que eu tinha no meu bar quando morávamos em Dallas. Seu irmão amava escolher a música que iria tocar nela.

Ele fala com sinceridade e estreito os olhos pegando a caixa sem entender.

- A caixa está no meu carro, caso queira ficar.

- Eu quero. - respondo rápido concordando - Obrigado.

Falo me virando para voltar a trabalhar no escapamento e fungo irritado vendo que ele não se moveu para sair dali.

- Quando vocês nasceram, eu achei que poderia ser uma pessoa melhor, sabe? - escuto ele começar a falar enquanto mantenho minha cabeça abaixada - Eu tinha dois meninos, uma boa esposa e amigos que sempre me ajudariam quando precisassem. Eu pensei que poderia me transformar em alguém bom por vocês, mas eu não consegui e...

- Vai embora daqui. - falo cortando o quê ele iria falar sem parar de olhar o motor.

- Eu te amo, apesar de não acreditar nisso. - ele fala e eu solto uma risada abafada - Por favor, me procure quando me odiar menos.

Balanço a cabeça negando, aquilo nunca iria acontecer. Posso escutar seus pés saindo da oficina e consigo ver através do capô ele deixar o jukebox no portão.

Eu não sabia o quê ele desejava comigo, mas eu ainda precisava saber onde minha mãe estava e o tempo parecia correr.

》Não esqueçam de deixar uma estrelinha... Grata! ✨️

pov: Liam Moreau ✔️Where stories live. Discover now