Capítulo 20

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   Esperei que ele atirasse na minha testa, mas não fez, ao invés disso ele atirou na minha coxa, pela altura eu torcia pra que não tivesse acertado uma artéria, o sangue corria como uma torneira aberta ao máximo, e a dor era quase insuportável. Ele se abaixou na minha altura e segurou meu queixo me fazendo olhar no fundo de seus olhos.

(Suho): O que está sentindo agora, não é nem mesmo o mínimo do que eu sinto.

   Ele pegou a outra adaga, ela estava em um suporte que eu não tinha notado. Ele desceu a lâmina até a minha barriga rasgando pele e carne, ele tirou ela de uma vez abrindo mais o corte, aquela dor era uma das piores que eu me lembrava de sentir. Eu precisava pressionar mas as minhas mãos ainda estavam presas. Já tinha muito sangue se espalhando pelo chão, ele se afastou e andou até a porta saindo pela mesma a batendo logo em seguida. Senti a minha visão ficar turva mais uma vez, e a fraqueza piorar até não estar mais consciente.

Yongbok P.O.V.

   Depois de olhar as câmeras, tínhamos certeza de onde ela estava, pegamos as armas que iríamos precisar e fomos pros carros indo na mesma direção que o carro que pegou ela seguiu. Nós rastreamos a placa que nos levou até uma casa na periferia da cidade.

(Hyunjin): O que você fez?!

—Acha que eu faria isso com ela?!

(Minho): Chega os dois, agora não é a hora.

(Christopher): Não mesmo. —Concorda em um tom sério.

   Eu nunca tinha visto o Chan tão irritado quanto estava agora, e se já tivesse visto não conseguia me lembrar. Ele acelerou tanto o carro que a cada curva ouvíamos o som dos pneus derrapando pelo asfalto. Não demoramos pra chegar, por mais que a localização não fosse a melhor, a casa era imensa e também afastada o suficiente pra que pudesse acontecer qualquer coisa lá dentro.

   Dessa vez não havia um plano, ou pelo menos o Chan não disse nada sobre isso, saímos dos carros e ele andou em passos firmes e rápidos até a porta e sem nenhum aviso ou ordem, ele meteu o pé na porta no ponto exato para arrombá-la e entrou atirando. Os caras que estavam na sala não tiveram tempo nem mesmo de ver o que atingiu eles, bem no meio da testa.

   A sala já estava limpa, subimos pros quartos procurando de um à um.

(Sehun): Finalmente!

(Christopher): Cadê ela?!

   Ela não ia estar nos quartos de cima, o Suho tinha a própria sala de tortura... Segui pro corredor do térreo e fui até o fim descendo as escadas mas não estava sozinho ali.

(Suho): Sabia que viria.

—Que clichê. —Reviro os olhos. —Cadê ela?

(Suho): Ela? —Pergunta sorrindo.

—Eu não tenho paciência pra isso.

   Ele estava com uma das adagas dela, e isso foi mais uma motivação pra atirar, três tiros, um na mão em que ele segurava a adaga, outro na coxa, e outro no pescoço. Ele não ia demorar muito pra morrer, mas também não seria uma morte rápida. Segui até a porta e abri de uma vez, corri até a garota o mais rápido que consegui, tinha uma poça de sangue ainda se espalhando pelo chão.

HeathensWhere stories live. Discover now