Capítulo 24

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Oii meus amores, foi mal a demora eu vi o aviso que coloquei pra lembrar de postar mas na hora eu fiquei um pouco mais ocupada que o normal, enfim boa leitura 🖤💚

   Isso era péssimo, eu devia estar bem, finalmente acabaram os pesadelos... Na verdade os antigos, parece que eu tinha acabado de iniciar uma nova temporada ainda pior. A minha perna ainda estava dolorida mas pelo menos a minha barriga só doía quando eu fazia esforço demais. Não que isso fosse algo bom, eu queria a minha vida normal de volta, eu até preferia a sensação ruim de ter matado pela primeira vez. Preferia isso a ter que admitir que eu precisava de ajuda... Que eu não estava bem, e que a minha cabeça agora fazia questão de me lembrar dos meus piores momentos.

   Ouvi batidas na porta, tão leves que podiam ter passado despercebidas se eu não estivesse tão alerta. Me levantei da cama ainda com aquela sensação de medo remexendo por de baixo da pele. Abri a porta devagar ficando de frente com o loiro.

—O que foi?

(Yongbok): Eu devia te perguntar isso, não?

—Desculpa, não quis fazer barulho.

   E de fato eu não acho que tenha feito, pelo menos não alto o suficiente pra que acordasse um deles. Eu até fechei a porta do banheiro enquanto vomitava, e isso garantia que ela tinha bloqueado o som, então ele estava ali por outra razão.

(Yongbok): Desde quando? —Pergunta entrando no quarto e fechando a porta.

—Todas as noites. Desde que eu acordei. —Suspiro.

(Yongbok): Devia ter contado.

—Pra fazerem o que? Se sentiriam culpados, foi assim da primeira vez.

(Yongbok): Mas pelo menos não teria que acordar desesperada sem se lembrar de onde está, estou errado?

—Como?

(Yongbok): Eventos pós traumáticos. Eu já fui uma peça na mão deles.

—Eu... Sinto muito.

(Yongbok): Foi por uma boa razão. Acabou.

—É. —Sorri fechado. Acabou...

(Yongbok): Não pode fingir que não tem nada te incomodando, você pode gritar, pode bater em quem quiser, pode socar aquele saco lá embaixo até sangrar as suas mãos de novo... Mas, seja como for, me deixa te ajudar. Por favor. Eu odeio ver você assim e não poder fazer nada. Eu juro que o próximo desgraçado que pensar por um milésimo de segundo, em encostar um dedo em você vai morrer antes que o pensamento suma. Eu sei que pode se defender sozinha, mas não tem que enfrentar isso sozinha.

   Ele conseguia me deixar sem reação, sem palavras. Era uma sensação boa ter tantas pessoas tão importantes e especiais, ter pessoas que se importam e demonstram isso da melhor forma. Mas isso doía ás vezes, e essa era uma das vezes.

—Eu não sei como fazer isso. Se eu disser como me sinto vou estar admitindo que é real.

(Yongbok): Pra enfrentar isso de uma vez, precisa desse passo. É o pior, não vou mentir pra você. Mas vai acabar.

—E se não acabar? Da última vez acabou, e agora tenho mais isso.

(Yongbok): Da última vez era diferente, essa não vai ter uma continuação, acabamos com isso. Você não estava acordada pra ver, mas eles nunca mais vão voltar de onde estão.

—E o que eu faço?

(Yongbok): Me deixa ajudar. A Madie já preparou um plano pra superar isso, os meninos estão esperando que diga algo... Eles não querem forçar nada, mas sentem que você não está tão bem assim. Às vezes nem nota mas olha pra um ponto qualquer por alguns minutos.

HeathensOnde histórias criam vida. Descubra agora