𝙸 - 𝙰𝚕𝚊𝚍𝚍𝚒𝚗

550 88 7
                                    

No dia seguinte, ao amanhecer, Nick conversou mais uma vez com Romanoff sobre o caso de Merida. Tinham descoberto quem pediu os documentos e enviaram agentes para o prender. Por causa do pedido de Natasha, e apenas por isso, Fury concordou em deixar Merida ser solta, somente tendo que pagar uma multa e cumprir trabalho comunitário.

Depois dessa conversa, Nick foi até a sala de Merida, para a soltar. Ele abriu a porta e a encontrou ainda caída. Andou até a mesa e bateu suas mãos contra o metal, causando um som alto o suficiente para acordar a ruiva.

Desorientada, ela balançou sua cabeça para tirar os fios de cabelo de seu rosto, e direcionou os olhos azuis a Nick Fury.

— Dia de sorte, Ariel. - Ele falou. — Levanta logo.

Confusa, ela fez o que ele disse, ficando de pé a sua frente, apenas com uma mesa de distância.

Fury pegou uma pequena chave no bolso e soltou as algemas de Merida.

— Por que está fazendo isso? - Ela perguntou.

— Encontraram o culpado. - No mesmo momento, o coração dela disparou em preocupação. — Você só terá que pagar uma grande quantia de dinheiro e algumas horas de trabalho comunitário. Agradeça ao seu anjo da guarda.

— Quem vocês pegaram? - Perguntou. Só conseguia repetir em sua mente: "Zoe não, Zoe não."

— Vá embora logo antes que eu mude de ideia. - Falou.

— Por favor... - Pediu, mas ele a ignorou.

Mesmo ainda querendo uma resposta, ela saiu. Não queria ficar mais nenhum minuto ali. Precisava voltar à Argentina, precisava ver se Zoe estava bem, mas até lá, tinha documentos e dinheiro para conseguir.

Saindo pela porta da frente da S.H.I.E.L.D, pôde respirar fundo.

Finalmente livre.

Ainda pensava em como conseguiria os documentos e o dinheiro, ou melhor, tentava pensar sobre, mas tinha algo bloqueando seus pensamentos, uma preocupação. Estava com medo de ter estragado tudo para Zoe.

A ruiva caminhou em direção a rua, procurando por algum táxi, mas antes que pudesse descer da calçada, um carro esportivo que vinha a toda velocidade, parou na frente dela. Merida precisou se jogar para trás, caindo sentada na calçada. Seu coração batia descontroladamente e ela olhava para o carro com raiva.

— Mas que merda. - Xingou, se levantando do chão, limpando suas mãos e sua calça.

A janela se abriu e Natasha sorriu, olhando para Merida, vendo que tinha irritado ela.

— O que foi, princesa? - Brincou.

Merida arqueou as sobrancelhas e olhou na direção da mulher.

— O que você quer? - Perguntou, querendo entender o motivo da aparição repentina de Natasha que quase a levou a óbito.

— Entra aí, vou te dar uma carona. - Gesticulou com a cabeça e destrancou o carro.

Ela sorriu, e logo em seguida caiu na risada, não acreditando no que tinha ouvido. Natasha a havia agredido horas atrás e depois a eletrocutou, com motivos, mas ainda sim, Merida tinha ressentimentos. Ela costuma ser muito sensível. E além de sensível, também era desconfiada. Aprendeu a ser assim com os anos que viveu na rua. As pessoas podem ser cruéis e traiçoeiras. Sua cabeça começava a criar milhares de paranóias, indicando que Natasha estava ali para a levar presa novamente.

— Eu passo. - Negou com a cabeça, virando seu corpo para o outro lado, fingindo que não estava vendo o carro, esperando que ela fosse embora logo.

— Entra no carro. - Pediu, tentando ser amigável. Merida se virou na direção dela e a olhou mais uma vez, negando. Mas Natasha tinha um olhar que fazia qualquer um perder a noção das próprias ações. — Entra no carro. - Dessa vez deixou a simpatia de lado e foi firme, se esticando pelo carro, até a porta, a abrindo por dentro, facilitando para Merida.

ᴅᴀʀᴋ ʀᴇᴅ - ɴᴀᴛᴀsʜᴀ ʀᴏᴍᴀɴᴏғғWhere stories live. Discover now