𝙸𝙸 - 𝙱𝚊𝚕𝚕𝚘𝚘𝚗𝚜

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Nick Fury precisou fazer apenas três ligações e com a ajuda de antigos amigos e aliados, ele conseguiu o que queria.

- O que acha que aconteceu com ela? - Natasha perguntou à Nick.

O homem cruzou os braços, olhando para Natasha, encostada no capô do carro, ao seu lado.

- Tenho uma ideia, mas não tenho certeza, vamos descobrir quando ela nos contar. - Respondeu, voltando a encarar o prédio à sua frente.

Safira desceu do carro, impaciente. Os três estavam a um bom tempo esperando por Merida. Ela seria liberada pela manhã, mas já estava chegando o fim da tarde e nenhum sinal dela.

- Vamos entrar e tirar ela de lá. - Safira disse, não aguentando mais esperar pela ruiva.

- Espere. - Nick Fury falou a afilhada. Ele pegou seu celular e mandou algumas mensagens.

- Devíamos ter chamado Steve, ele ajudaria. - Natasha comentou.

Fury apenas concordou com a cabeça, não prestando muito atenção no que Natasha dizia, ele estava concentrado em mandar mensagens. Minutos mais tarde, ele finalmente recebeu a permissão que precisava para entrar no prédio. O homem guardou seu celular e atravessou a rua, sendo seguido por Safira e Natasha. Os três passaram pelas portas de vidro e entraram no lugar. Um agente parou na frente deles e os encarando friamente, se comunicou com seus superiores, avisando que Fury estava ali para buscá-la.

- Você ainda está botando medo. - Romanoff brincou.

- Tenho ótimos contatos.

A conversa se encerrou assim que Merida entrou no local, escoltada por dois guardas e algemada dos pés às mãos. Sua aparência continuava péssima, mas desta vez ela estava ainda mais pálida e possuía alguns hematomas pelo corpo. A garota caminhou em passos lentos até chegar perto de Nick Fury. Ela subiu o olhar até os três à sua frente, os encarando sem nenhuma expressão. Eles estavam a vendo a sua frente, mas ela não parecia realmente estar ali.

Os guardas ao lado de Merida soltaram suas algemas, a libertando. Fury se afastou com os guardas e o agente, iniciando uma conversa com eles.

Natasha e Safira encararam Merida, esperando ela dizer algo ou ter alguma reação. Porém, a garota continuou parada no mesmo lugar, encarando seus pulsos, marcados pelas algemas apertadas. Ela não sabia exatamente o que sentia. Tudo e nada ao mesmo tempo. Merida sentia toda a dor, sofrimento e raiva. Mas de alguma forma não sentia nada, como se ela não fosse mais ela, como se tivesse morta por dentro.

- Merida... - Safira disse, chamando a atenção dela. - Vamos para o carro. - A loira esticou sua mão na direção dela.

Merida tentou andar, mas no segundo passo, sua visão escureceu e seu corpo caiu. Natasha foi rápida, segurando a ruiva antes que ela chegasse ao chão. Romanoff se ajoelhou, segurando o corpo inconsciente de Merida, enquanto Safira examinava brevemente ela.

- Ela não está nada bem, o pulso está fraco e a respiração também. - Disse. - Vamos levar ela.

As duas ergueram Merida do chão e se apressaram, levando ela para fora do prédio até o carro. Nick saiu logo depois delas, alcançando as três.

- O que aconteceu? - Ele perguntou.

- Entra no carro. - Natasha passou por Nick, apressada.

Romanoff dirigiu até o hospital mais perto, onde Merida foi atendida e internada para tratamento.

· · • • • ✤ • • • · ·

Quase duas semanas depois de dar entrada no hospital, Merida acordou do coma induzido, sem saber o que estava acontecendo. Olhou ao seu redor, vendo balões, flores e bichos de pelúcia espalhados pelo quarto de hospital. Ela se sentou na cama com dificuldade. Aos poucos suas memórias voltaram e ela se lembrou de quando Nick a libertou. Ela sabia que deveria ter apagado logo depois, já que sua última memória era das expressões de pena vindo de Romanoff e Camillo.

O silêncio no quarto de hospital estava torturante, sem nenhuma distração, seus pensamentos a consumiam. E como se Safira soubesse disso, ela entrou na sala animada, segurando mais balões em suas mãos. Ela os soltou assim que viu Merida acordada.

- Finalmente! - Exclamou, correndo até Merida, lhe abraçando brevemente. - Os médicos disseram que demoraria mais alguns dias para acordar. Que bom que eles estavam errados nisso.

- O que... aconteceu? - Merida murmurou.

- Você desmaiou. - Safira se sentou na poltrona ao lado da cama. - E aí te trouxemos para cá. Você teve duas costelas quebradas, um ombro deslocado, alguns cortes, hemorragias, resquícios de água nos seus pulmões e duas paradas cardíacas. Mas você melhorou, isso que importa.

- Se você acha que isso é estar bem. - Ela sussurrou.

- Sem Banner, Stark e Helen você ainda estaria sangrando em uma mesa de cirurgia, morrendo lentamente porque o hospital não tinha recursos o suficiente para te curar rápido e impedir o pior. - Safira disse, claramente afetada pela fala de Merida. Ela estava lá durante todos os acontecimentos e viu Merida quase morrer mais de uma vez. E isso a deixou sensível. - Então sim, eu acho que isso é estar bem. Você está curada e ganha alta em breve.

- Em breve? Seja especifica.

- Daqui a quatro dias.

- Você acha que até lá consegue uma passagem de avião para mim? - Perguntou a Safira, que ignorou e se levantou.

- Nick quer falar com você. - A loira avisou. Ela não continuaria a conversar com Merida se a ruiva continuasse a tratar sua situação como nada.

Safira deixou a sala e Metida encarou a parede branca à sua frente, suspirando pesadamente e se deitando sobre o travesseiro. Como esperado, Fury entrou na sala com um copo de café em mãos. Ele ficou na porta por uns instantes, observando Merida. Mas depois caminhou até a poltrona, se sentando.

- O que aconteceu com você lá dentro? - Ele foi direto ao ponto e Merida continuou com a mesma expressão, não respondendo. - Será mais fácil te ajudar se você responder.

- Eu não preciso de ajuda. - Retrucou.

- Você está na defensiva. - Ele negou com a cabeça, percebendo que teria mais trabalho ainda. - O que fizeram com você?

-Eu já disse que não preciso de ajuda. - Ela repetiu, se virando na cama, ficando de costas para ele.

Nick bebeu todo o seu café, pensando sobre como lidar com a ruiva.

- Assim que sair do hospital você estará em minha responsabilidade, pelo menos por um tempo. Eu quero você treinando todos os dias. - Ele disse, se levantando da cadeira, andando lentamente até a porta.

- E se eu negar os treinamentos? - Ela sussurrou.

- Eu não estou te dando essa opção, Ariel. - Nick a olhou uma última vez e saiu da sala, indo encontrar o médico mais uma vez para saber das novidades sobre ela.

Ele continuaria a conversa por mais um tempo e esperaria Merida revelar o que ele queria ouvir, mas ela não estava bem para passar por esse tipo de conversa e ele não queria sobrecarregar ela.

· · • • • ✤ • • • · ·

O resto da semana passou mais rápido do que Merida esperava. Safira a visitava todos os dias, mesmo que ainda estivesse ressentida, ela queria garantir que Merida ficasse bem. Natasha apareceu uma ou duas vezes pela noite, quando a garota já dormia, e não ficou muito tempo. E Nick apenas voltou novamente no dia da alta de Merida. Ele acompanhou Safira ao hospital e depois levou as duas garotas até o apartamento de Safira, onde Merida ficaria pelo tempo que precisasse, a loira tinha feito questão de acolher a amiga.

ᴅᴀʀᴋ ʀᴇᴅ - ɴᴀᴛᴀsʜᴀ ʀᴏᴍᴀɴᴏғғWhere stories live. Discover now