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SINA DEINERT

A tarde com Noah foi maravilhosa. Eu não fazia ideia de que em Chicago havia uma avenida comercial. Que por sinal, era linda, cheia de cores e alegria.

Comprei um presente para Allyssa, afinal, sabia que minha melhor amiga adorava o mar. Por isso, daria uma coisa a caráter.

Noah me comprou um vestido lindo, na hora nem acreditei no quanto inédito era.

Esperava que o momento para usá-lo, chegasse logo.

Em um momento que andávamos observando outras barracas, nos deparamos com a de um artista, o qual estava pintando uma tela.

Ele me pintou, a pedido de Noah. Na hora fiquei surpresa, sem reações. O homem pediu que eu ficasse em uma posição para que ele pudesse reproduzir na imagem.

Estava envergonhada porque não sabia como agir ou como ficar. Olhei para o moreno de olhos verdes que lançou-me uma piscadela.

Como podia? Uma pessoa ser tão perfeita daquele modo?

O pintor finalizou seu trabalho e quando parei em frente para observa-la, meu queixo quase foi ao chão. Estava totalmente realista, dos traços mais visíveis, aos mais superficiais.

Fiquei encantada com aquela obra. Tinha ficado extremamente perfeito, apesar da modelo ter sido eu.

Ao final da tarde, paramos em um restaurante. Noah pediu para ficar com a minha tela. Arregalei os olhos o fitando surpresa. Por quê?

Não protestei, deixei que ele ficasse. Apesar de achar estranho e um pouco sociopata.

Enfim, aquele tinha sido um dos melhores dias da minha vida. Eu amava passar momentos com Jacob, ele me fazia bem. Ao seu lado eu me sentia eu mesma, sem máscaras ou segredos.

Não literalmente, afinal, eu estava mentindo para ele sobre não correr mais. Estava omitindo um fato!

Me sentia mal quando pensava nisso, o mesmo confiou em mim para que fizesse isso.

Mas, eu era incapaz de parar com algo que eu amava.

Por fim, quando ele me deixou em casa, iria sair do carro sem lhe direcionar o olhar.

Estava chateada por ele ter pago a conta do restaurante sozinho. Eu quis oferecer para que pagassemos juntos, mas ele não quis. O caminho todo fiquei sem encara-lo ou falar com ele.

— Entregue! — ele anuncia quando o carro para em frente a casa.

— Obrigada pela tarde maravilhosa, eu amei! — murmurei fitando meus dedos.

Não estava mentindo, eu realmente tinha amado.

Ele bufa e se apoia no meu banco — Até quando vai evitar contato visual comigo? — perguntou humorado, não contive o revirar de olhos e suspirei.

Finalmente olhei dentro da sua íris verde. A mesma brilhava enquanto eu a encarava. Quase fico hipnotizada.

Saio do transe e volto ao normal.

— Boa noite, Senhor Urrea! — digo e quando eu iria abrir a porta, algo me interrompe.

— Sina... — um sussurro ecoa pela carro — Obrigada você, pela tarde maravilhosa! — ele agradece e eu sorrio fraco.

𝗔 𝗦𝗲𝘅𝘆 𝗣𝗶𝗹𝗼𝘁𝗼 𝗗𝗲𝗶𝗻𝗲𝗿𝘁 || ᴺᴼᴬᴿᵀOnde histórias criam vida. Descubra agora