𝗮 𝗱𝗮𝗺𝗮 𝗲 𝗼 𝘃𝗮𝗴𝗮𝗯𝘂𝗻𝗱𝗼; ғᴇʟɪᴘᴇ ɴᴇᴛᴏ ɪ

capítulo 32

( 𖥻 S/n Antonele
Point Of view 🫐 )

AQUILO ESTAVA ME PERSEGUINDO, fazia algumas noites que eu sonhava com a mesma coisa, era um encontro de família, e acontecia a mesma coisa que aconteceu naquele dia, daquele mês, daquele ano.

─── Imaginei que estivesse mais ... arrumada

Tia Luíza reclamou pela décima vez, mas eu era apenas uma criança, de oito anos!

─── S/n sempre foi uma boa garota, Luíza. Não tem o que falar dela

Vovó passou a mão pelo meu cabelo que eu achava lindo por ser colorido.

─── Boa garota? Essa garota não sabe nem a matemática básica

Minha tia continuou, enquanto entregava um copo de refrigerante aos meus primos, que estavam sentados perto do meu tio, um homem que eu odeio com todas as minhas forças.

─── S/n se fosse boa mesmo, iria buscar uma cerveja gelada para o titio. Certo?

Ele se abaixou ao meu lado, passando a mão pelo meu joelho que estava abaixo da jardineira amarela.

─── vá, s/n. Estúpida

Consegui ouvi-la sussurrar antes de descer da cadeira e ir até a cozinha da casa de vovó. Pedi um copo a minha mãe que lavava a louça, e fui até meu pai e um segundo tio, que bebiam mais do que deviam. Meu pai obviamente brigou comigo quando pedi, mas me entregou a cerveja assim que contei que era para o tão amado tio Henrique

Eu era uma peste, e isso era mal visto, e quando aquela cena se repetiu, eu sentia que poderia morrer mesmo não acontecendo. Cai, tropeçando nos pés do pequeno garoto de cinco anos que brincava com seus brinquedos, era meu irmão, que se preocupou quando me viu cair com o rosto no chão.

─── Vocês viram, Garota idiota!

Titia Puxou meu braço para dentro do quarto de vovó, e soltou vários xingamentos, enquanto as lágrimas começaram a cair do meu rosto.

─── Luíza! Se Acalma, volte para esse almoço de merda que eu cuido dessa peste

A voz alterada pelo álcool anunciou a chegada do meu tio, que se apoiava na porta e tinha a mão levantando a camisa Polo, dando visão a arma, aquela maldita arma.

─── ... Claro meu amor

Passou por ele deixando um beijo em seu pescoço, engoli a saliva e me ajeitei na cama, enquanto ele seguia até mim. Fechei os olhos, sentindo as lágrimas terminarem de descer pelas minhas bochechas. Quando abri novamente, foi quando senti a arma na minha cabeça, ele era impulsivo, e fazia isso sempre que eu fazia coisas erradas, todos me odiavam, a não ser vovó e mamãe ... E eu nunca entendi nada disso

─── Sua merdinha!

Ouvi o gatilho ser puxado, e as lágrimas rolaram mais rápido

─── Da próxima você leva uma bala, está me ouvindo?

E quando eu percebi, estava me derramando em lágrimas enquanto dormia na cama de Felipe, com o mesmo tentando me acordar desesperadamente.

─── S/n! Acorda, está tudo bem?

Me sentei no colchão, me sentia sufocada com aquelas roupas, e nem pensei antes de tirar aquela camiseta grossa. Sentia que meus pulmões tinham virado água, e o ar me faltava naquele momento.

─── Eu 'tô aqui, tá bem?

Rapidamente me abraçou, tentando controlar minha respiração, apenas retribui, aquela cena se repetia a semanas, e eu já estava cansada de sempre ve-lo lá, momentos antes de fazer o pior comigo, no mesmo lugar que estava a minha família inteira, incluindo os próprios filhos dele.

Eu odiava minha família, e isso era óbvio. Porque eles não fizeram nada até aquele desgraçado morrer em uma cirurgia no fígado, pelo vício nas bebidas.

─── Eu juro, que irei fazer de tudo para que você não sofra tanto quanto o passado.

Deixou um beijo em minha bochecha e continuou ali, até eu voltar a dormir e finalmente não sonhar com aquele homem

Hello Gays, como estão? Eu voltei pq n aguentei ficar fora por muito tempo então, cá estou eu. E autore comparece em um mar de lágrimas após escrever um capítulo inspirado na infância delu 😃👍🏼

Uma pergunta: Eu tava pensando em criar um livro de fofocas e desabafos, oq vcs acham?

Só avisando tbm que eu postei uma fic da nossa rainha Sam, e tá muito foga. Bjs 💋

Toma um docinho proceis ficarem feliz🍬