IV. Unraveled

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Emilia havia acabado de colocar o almoço na mesa, dias depois do seu último encontro com o príncipe, quando ouviu o pai contar sobre a proposta de emprego que havia recebido naquela manhã, do qual ganharia três vezes mais do que o seu emprego atual

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Emilia havia acabado de colocar o almoço na mesa, dias depois do seu último encontro com o príncipe, quando ouviu o pai contar sobre a proposta de emprego que havia recebido naquela manhã, do qual ganharia três vezes mais do que o seu emprego atual. Sem conseguir acreditar, Mia pediu para o mais velho como aquilo havia acontecido e, quando ficou sabendo quem havia feito a oferta, ela soube exatamente o que precisava fazer. Ou melhor, quem precisava agradecer.

A surpresa de Emilia só aumentou ao chegar na clareira e encontrar o príncipe lá. —Oi! — a garota sorriu. —Olá! — Thomas respondeu. —O que está fazendo aqui? — Mia indagou, estranhando sua presença. —Eu... esperava lhe encontrar aqui. — as palavras fizeram borboletas tomarem conta do seu estômago. —Oh... — Mia suspirou, falhando em conter o sorriso.

Depois de uma intensa troca de olhares, Mia coçou a garganta. —Suponho que tenha alguma coisa a ver com a proposta que meu pai recebeu para trabalhar no castelo? — indagou ela. —Eu posso, ou não, ter mencionado que precisávamos de um novo jardineiro para a minha mãe. — Thomas deu de ombros, sua expressão culpada arrancando um sorriso de Emilia. —Tom, eu... eu não sei nem o que dizer. — murmurou ela. —Não precisa dizer nada, Mia! — afirmou o príncipe. —Você não imagina o quanto isso vai ajudar a minha família, quer dizer, agora vamos poder comprar o remédio da minha mãe, e com o remédio, ela vai poder voltar a trabalhar e... — Emilia respirou fundo. —Você tem sido generoso demais, primeiro a cesta, depois os livros e agora isso, eu... obrigada, de verdade! Nunca vou esquecer do que fez por mim e pela minha família. — exclamou Mia, esperando que suas palavras fossem o suficiente para demonstrar tamanha gratidão. —Não precisa agradecer, Mia! Eu fico extremamente feliz em ajudar. — Tom afirmou, seu sorriso sincero fazendo os olhos de Emilia brilharem.

Ao lembrar do segundo motivo pelo qual ela havia procurado o príncipe, Mia vasculhou a sacola que havia trazido consigo. —Falando em livros, eu os trouxe de volta. — disse ela, devolvendo os três livros que o príncipe havia lhe emprestado dias atrás. —Oh, você já os leu? — Tom indagou. —Sim, eles eram incríveis. Obrigada... de novo! — afirmou ela. —Tudo bem! Eu posso trazer mais alguns amanhã, se quiser. — o príncipe ofereceu. —Eu adoraria! — Mia sorriu.

Ao observar Thomas se aproximar de seu cavalo, onde guardou os livros na pequena bolsa de couro que carregava consigo, Emilia não pode deixar de notar a beleza do animal. —Ele é lindo! Como se chama? — ela indagou. —Esse é o Midnight, meu companheiro há anos. — exclamou o príncipe, acariciando a crina do cavalo.

Depois de perguntar se podia fazer o mesmo, Mia se aproximou. —Ele é mesmo lindo! — afirmou ela o acariciando. —Tínhamos um cavalo quando eu era mais nova, o nome dele era Echo. Lembro de passar os dias montada nele. Infelizmente, meu pai precisou vendê-lo anos atrás. — relatou Emilia, sentindo um nó se formar em sua garganta com a memória repentina. —Quer dar uma volta nele? — indagou o príncipe, chamando a atenção dela. —O que?! Não! Eu nem sei se ainda lembro como andar de cavalo. — exclamou ela, balançando a cabeça em negação. —Eu vou com você! — Thomas ofereceu, tentando convencê-la. —Eu não sei se é uma boa ideia. E se eu cair? — Mia não podia se dar ao luxo de se machucar, afinal ela precisava ajudar em casa. —Não vou te deixar cair, eu prometo! — as palavras de Tom, mesmo que não deveriam, à fizeram fizeram se sentir segura o suficiente para aceitar a proposta.

Depois de ajudar Emilia a subir em Midnight, Tom se juntou à ela, ficando tão próximo que Mia podia sentir a respiração do príncipe na sua nuca. —Aqui, tudo o que tem que fazer é segurar as rédeas. — ele exclamou, passando os braços ao redor de Mia para pegar o equipamento. Mesmo sentindo como se seu coração fosse sair pela boca, tanto por estar em cima de um cavalo, e pela proximidade do príncipe, Emilia seguiu as ordens e, minutos depois, ela e Thomas cavalgavam pelos campos que rodeavam o castelo.

Mia não pôde evitar o suspiro que escapou de sua garganta ao ver a paisagem à sua frente. O pequeno riacho, cercado de flores, parecia ter saído de um sonho. —Esse lugar é lindo! — murmurou Emilia, olhos brilhando com tamanha beleza. Com a ajuda de Tom, ela desceu do cavalo. —Minha mãe costumava trazer eu e meus irmãos aqui nos dias quentes de verão. Passávamos o dia todo brincando na água. — afirmou o príncipe, arrancando um sorriso sincero de Mia. —Parece divertido! — ela exclamou. —E era! — ele admitiu, sorrindo maliciosamente antes de começar a remover os sapatos. —O que está fazendo? — indagou Mia, franzindo as sobrancelhas. —Me divertindo! — o príncipe deu de ombros, antes de entrar na água, que mal era suficiente para cobrir os pés. Emilia gritou ao sentir os primeiros espirros atingirem o seu corpo. —Vamos lá, Mia! — o príncipe gritou, sem tirar o sorriso dos lábios. —Você vai pagar por isso! — ela exclamou, tirando suas botas, antes de se juntar à ele.

Entre gargalhadas e espirros de água um no outro, Tom e Emilia passaram a próxima hora no riacho, só percebendo que o tempo havia passado ao ver o sol começar a desaparecer entre as montanhas. Quando decidiram voltar para a clareira onde costumavam se encontrar, o céu já estava pintado em belos tons de laranja. Mia passou o caminho de volta com seus braços em volta da cintura do príncipe, que se ofereceu para guiar seu cavalo. Suas roupas molhadas, combinadas com a brisa fria, faziam calafrios tomarem conta da sua pele.

Ao descer de Midnight, o pé de Mia escorregou no estribo e, não fosse por Thomas, ela teria caído um tombo e tanto. —Tudo bem? — o príncipe indagou ao segura-la em seus braços. —Sim... — Emilia suspirou, percebendo a aproximação entre eles. O olhar de Tom fazia um caminho triangular entre os olhos de Emilia e sua boca, fazendo as borboletas no seu estômago baterem as asas freneticamente.

Thomas estava pronto para fazer a única coisa que dominava os seus pensamentos há dias, acabar com a distância entre eles e finalmente saborear os lábios de Emilia, quando sentiu ela se afastar. —Eu tenho que voltar pra casa. — ela engoliu em seco. Tom levou alguns segundos para entender o que estava acontecendo, mas depois disso ele assentiu, tirando as mãos da cintura de Mia e dando alguns passos para trás. —Sim, também preciso retornar ao castelo. — afirmou ele. —Obrigada por ter me levado até o riacho, Tom! — Mia corou, derretendo o que restava do coração do príncipe. —Foi um prazer! Nos vemos aqui amanhã? Trarei mais livros! — afirmou ele. —Sim, até amanhã! — ela acenou, arrancando um sorriso de Tom. —Até amanhã, Mia! — disse o príncipe, esperando a garota desaparecer de vista, antes de voltar para o castelo.

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