O DIA SEGUINTE

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Hoje abre a pre venda de A ORIGEM A.B.O então se vocês quiserem, me peçam o link do grupo e saibam tudo sobre o lançamento. Vai ter brindes, promoções, combos e descontos. 

E a noite, 19h, tem uma live comigo, no perfil do insta da editora mikrokosmos. Venham me ver, eu sou carente de vocês.


Capítulo 7 – O DIA SEGUINTE

Aos 15, sempre que eu os via juntos eu pensava: Está tudo bem, vai passar. É só uma paixonite boba, eu sou jovem e logo vou estar babando por outra pessoa.

Quase nos 18, quando eles anunciaram que iriam se mudar para Seul juntos para fazer faculdade, percebi que talvez não fosse tão passageira assim.

Eu me senti estupido e infantil por chorar, mas eu chorei. Chorei não só por estar perdendo Jimin, mas porque ele levaria o meu irmão e melhor amigo com ele.

Todos da minha idade estavam no exército ou tirando um ano sabático. Como eu havia sido dispensado, resolvi esperar as pessoas da minha idade para entrar na faculdade.

Jimin e Taehyung haviam feito o mesmo e por isso entraram um ano antes de mim, quando todos da sua idade voltaram.

Foi um ano difícil, repleto de saudade, desejo e memórias. Eu sentia falta deles, sentia falta de implicar com Jimin, de Taehyung o provocando e de todo o barulho que os dois faziam.

Eu achei que tudo melhoraria quando eu morasse com eles e eu fiquei nas nuvens quando Taehyung me chamou para fazer faculdade lá, mas então eu percebi que morar com os dois seria complicado e difícil.

Primeiro porque, por si só, Jimin já me tirava do meu eixo. E saber que eu o veria todos os dias e a todos os momentos era um pouco demais para a minha mente e, segundo, porque eu veria os dois juntos sempre.

Taehyung me garantiu que eles ainda não tinham nada romântico e naquela altura, eu já suspeitava que ele soubesse sobre os meus sentimentos.

Suspeitava porque ele me dava indiretas, brechas e dicas de que eu deveria tentar falar com Jimin, de que tudo isso só se resolveria se eu tomasse uma atitude, mas eu tinha medo de ser rejeitado e apenas fingia não ver seus conselhos.

Então Jimin veio com um papo diferente, sobre gostar de mim, sobre ter sentido a minha falta e Deus, eu senti muito a falta dele.

E eu pensei que talvez aquela fosse a brecha dele, o momento certo para falar o que eu sentia, mas quando eu me aproximei ele me afastou, confuso e assustado.

Percebi que talvez Jimin ainda não tivesse me notado, não como homem, não como um possível alguém. Pra ele eu ainda era o pirralho que se trancava no quarto e batia a porta quando brigava com os pais.

Eu decidi me aproximar aos poucos. Mostrar que eu havia crescido, tanto fisicamente quanto mentalmente, mas ele correu para o Taehyung assim que ele chegou.

Durante a noite, eu corri para o quarto do Tae. Eu queria conversar, tirar algumas dúvidas e quem sabe pedir conselhos para tentar tomar coragem e falar com ele, mas então Jimin entrou no quarto sem eu notar e quando vi ele já estava sentado sobre mim, falando palavras sujas e me beijando.

E beijar ele não era como eu imaginava, era melhor. Ele era audacioso, gostoso e atrevido, ele provocava e se insinuava em cima de mim e por um segundo eu acreditei estar no céu. Acreditei que aquilo era pra mim, mas não era.

Estávamos no quarto do Tae, era ele quem o Jimin queria, era meu irmão que ele estava procurando. E ouvir Taehyung sugerir que eu ocupasse o seu lugar, como se Jimin fosse um objeto que poderíamos dividir, me deixou à flor da pele. Porque ele não poderia falar assim dele.

Always | Jikook |Where stories live. Discover now