Os anos 60 era dividido pela rivalidade entre os motoqueiros e surfistas. Havia apenas uma regra em Califórnia: não se envolver com alguém de outra gangue. Até que Josh Beuachamp, um motoqueiro se apaixona por Sn Miller, uma surfista. Agora ele vai...
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Senti um peso se esvaindo das minhas costas depois de contar para Sina sobre meu namoro. Esconder algo tão importante de pessoas próximas de mim é péssimo.
Queria poder sair com Sn, gritando para todo mundo que ela era minha namorada. Ainda não dá para fazer isso, mas um dia eu vou.
Já era tarde quando sai da casa de Sina e fui para a minha. Ela pode ter conseguido um álibi para mim durante um dia, mas agora eu teria que explicar para minha família.
Entrei pela porta da sala e estavam os cinco na sala jogando conversa fora. Quando entrei todos olharam pra mim como se eu fosse algum tipo de atração, em que eles esperavam que eu fizesse meu número de mágico.
-Oi...
- Não te vi o dia inteiro - Meu pai soltou.
-Foi mal. Perdi a noção do horário com Sina.
- Pensei que ela namorasse. - Minha mãe falou.
- Mas ela namora.
- Então o que ficou fazendo com ela esse tempo todo?
-Conversado, jogando, vendo filme, vendo o pôr do Sol, comendo... Sabe, coisas que melhores amigos fazem quando estão juntos.
- Sei... - Meu pai murmurou.
- Que tal esquecermos de Josh e prepararmos algo para comer? - Jonah sugeriu e eu agradeci silenciosamente.
Fui direto para o meu quarto e Noah entrou logo em seguida. Achei que ele já ia me perguntar onde eu estava, porque era óbvio que ele sabia que eu não passei o dia todo com Sina. Mas ele não disse uma só palavra, só sentou em sua cama e ficou ali lendo, como se eu nem estivesse ali.
- Como foi seu dia? - Perguntei.
- Foi normal - Ele deu de ombros.
- Sinto falta de passar um tempo com você - Sentei em sua cama - Que tal fazermos algum dia desses?
- É, pode ser - Ele parecia desinteressado, mas eu pude ver que no fundo tinha ficado muito feliz pelo convite.
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Os dias estavam passando muito depressa. Já havia três dias que não via Sn. Achei melhor diminuir minha frequência de saída pela madrugada. Não queria que minha família desconfiasse tanto.
Falei para Noah que iria levar ele algum dia comigo para lá. Mostrar o que sinto quando passo a noite lá. Mas será que ele entenderia? Ele é muito preso nesse mundo, não gosta de se misturar no ambiente de outra gangue. Fico com medo de levar e ele não gostar, de não concordar com algo que me faz bem.
Falta quase um ano para eu me formar ainda. Não acho que consigo esconder meu relacionamento com Sn por tanto tempo. Faz um mês que estamos juntos, talvez consigamos esconder por mais um ou dois meses, mas não muito mais.
Precisava pensar num jeito de ficarmos juntos. Por que a vida não pode ser mais fácil? Por que essa rivalidade é a mais importante que o que sentimos? Caraca isso é tão injusto.
Esfreguei a mão no rosto e depois virei na cama, olhando Noah dormindo. Esses três dias que não saí, ele dormiu que nem um bebê. Mas eu não consigo. Preciso sair dessa casa, me sinto confinado aqui. Preciso ver Sn. Preciso de tanta coisa, pois nada que eu tenho me basta totalmente.
Levantei e fui até a cozinha beber água, talvez o sono viesse assim. De noite a casa fica tão silenciosa, é até mais gostoso. Daqui algum tempo meu pai levantaria para trabalhar, melhor eu voltar para a cama.
Antes de dormir, cheguei a conclusão de que na próxima noite levaria Noah para a praia comigo. Iria compartilhar essa parte da minha vida com ele.
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Note
Oii meus amores, mais um capítulo, espero que vocês gostem!
