É difícil compreender a monotonia no coração daqueles que não sabem o que significa viver. Pouco a pouco eu começo a entender, o êxtase do momento pelo qual nasci...
[Esta não é uma história indicada para todas as idades]
[Leia e assista com atenção...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
De maneira alguma possuía algum nível de daltonismo, todavia, o céu parecia monocromático. Tão triste, tão... Melancólico. A vida estava triste? Não deveria ser assim, este era para ser um dia alegre, afinal, um demônio a menos caminha junto a nós. Um sorriso incontrolável tomava meu semblante, o suficiente para fazer o lindo moço a minha frente ajeitar seus óculos em desconforto.
"Vamos repetir" Disse o belo investigador, com lábios doces e um olhar inquietante "Sua mãe e seu padrasto foram encontrados mortos a quatro dias atrás, o estado da mulher em decomposição parecia avançado e o homem foi assassinado a facadas numa suposta tentativa de auto-defesa, e sua..."
"Amiga" Completei, apenas para ver sua reação em confusão "Minha amiga, Eleonor"
"Sim... Sua amiga, ela sofreu uma tentativa de abuso sexual nesta casa e os laudos médicos apontam que também houve agressão. Pelo que me contou, você estava presente durante esta cena, correto?"
Suas palavras soavam justas, tão honradas, e a cada uma delas, ele anotava tudo em seu bloco de notas. Seu elegante terno de camurça também transmitia um ar apessoado, sem mencionar o belo par de anéis em seu dedo anelar. Ah... Ele parecia um anjo, mas não como Eleonor, um anjo que me faria pecar em nome de Deus.
"Senhor- Digo, Jasmine. Vejo que ainda está muita confusa e aérea devido aos recentes acontecimentos" Despertou-se o investigador "Eu não planejo pressioná-la, ainda que sua colaboração seja vital para esclarecermos tais eventos. De todo modo, irei retornar outro dia para conversarmos, espero que esteja de acordo com o lar provisório que lhe indicamos, até tudo se resolver"
Lar provisório, depoimento, homicídio. Tantas palavras engraçadas, nada disto importava, nada além de minha liberdade e seu garboso sorriso.
"Será uma gentileza sua me conceder mais tempo em vossa presença, haverá de ser bem vindo Investigador Cassiel" Eu declarei, percebendo o belo nome em seu crachá.
O homem parecia ainda mais incomodado, e isso só aumentava o meu sorriso.
"É bem estranho que ainda possa sorrir após a cena que presenciou... Irei passar seu contato a uma colega minha no ramo, assim como sua amiga, você precisará de um acompanhamento psiquiátrico... Boa noite, senhorita"
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.