𝐋𝐢𝐬𝐤𝐨𝐨𝐤 | Lalisa Cassano é uma jovem problemática e um tanto egoísta. Ao descobrir que seu pai Vincenzo está noivo de Yeobeen, decide abusar de suas artimanhas para separá-los durante as férias de verão na Itália, onde dividirá um teto com se...
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Corri para a janela, coloquei a cabeça para fora e lá estava a escada no chão do jardim. Precisei contar de 1 até 10 para não jogar Tae janela afora.
– Muito bem, seu bizonho! E agora, o que a gente vai fazer? – Quase gritei.
– Como eu ia saber que ainda íamos precisar dela? – Murmurou, cruzando os braços.
Arregalei os olhos na mais pura descrença. Como ele podia fazer uma pergunta daquelas?
– Você tem razão Taehyung, não precisamos da escada. AFINAL, A GENTE VOA! – Aumentei a voz nas últimas palavras, chegando ao meu limite.
Meu irmão burro deu de ombros e jogou-se na cama de Lisa, enquanto eu me forçava a pensar em um jeito de sairmos dali, já que a janela era muito alta para pular.
– Calminha Jungkook, ou você pode ter um derrame do coração.
Mesmo amando meu irmão, tinha horas que eu queria simplesmente matá-lo lentamente. Eu estava uma pilha. O dia tinha sido estressante e agora estávamos presos no quarto da pior garota do mundo.
O que mais poderia acontecer de desastroso na minha noite?
Passaram-se 33 minutos contados no relógio, e eu não havia tido nenhuma idéia para nos tirar daquele quarto. Eu temia que Lisa entrasse no quarto a qualquer momento, fizesse um escândalo e Vincenzo pensasse ainda mais que éramos pervertidos, pois ficamos em maus lençóis com a história do apagão.
– Ah cara, estou ficando com fome, será que Lisa não guarda nem um chocolatinho aqui? – Perguntou V entediado abrindo a gaveta do criado mudo.
Mesmo estando distante, notei uma caixinha rosa dentro da gaveta. Aquilo me chamou a atenção, pois não havia nada no quarto de Lisa que não fosse preto ou azul escuro.
Tomei a frente de Taehyung, ignorando seus protestos e peguei a caixinha rosa.
Era incomum, do tamanho de uma caixa de sapatos e o nome de LALISA estava escrito na tampa com purpurina.
Tive vontade de rir, aquilo não era nada a cara dela, era feminino demais para alguém como a Cassano. Não resisti e abri, sentando-me na cama. Me surpreendi ao ver fotos antigas, um cordão de prata com pingente em formato de estrela, mas o fecho estava quebrado como se houvesse sido rompido. E, no fundo da caixa uma carta.
Ergui uma sobrancelha ao ver uma foto de Lisa bem mais jovem, deveria ter uns 12 anos. Ao seu lado uma mulher muito bonita que logo deduzi ser sua falecida mãe. Yeobeen havia me dito, semanas atrás, que a mãe de Lisa morreu muito cedo, mas ela não me contou o motivo de sua morte. Lisa tinha um sorriso estampado em seu rosto tão verdadeiro, diferente dos sorrisos sarcásticos que eu estava acostumado a ver. Sua aparência também era diferente, cabelos mais curtos, óculos de grau e, pasmem, usava um vestido. Ela até que parecia uma criança bem normal. Tentei imaginar quando foi que ela virou a encapetada que é atualmente. Larguei a foto dentro da caixa e peguei a carta, quase me queimando de curiosidade. Seria algo que eu poderia usar contra ela?
