bem-vindo ao nosso show de horrores venha conhecer meus monstros uma coleção de coisas estranhas
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Jimmy olhou pra caixa com curiosidade.
Os baques podiam ser escutados de longe, pancadas fortes na madeira, o que indicava que havia um animal enorme alí dentro.
Escutou algo como um chiado seguido da queda da caixa, o que fez com que as tábuas se partissem.
Uma jovem se apoiou no chão, suas mãos finas com unhas grandes e olhos amarelos com pupilas finas. No lugar das pernas, havia algo comprido, grosso e verde: como se metade do corpo fosse uma cobra.
Seus cabelos eram curtos com mechas caindo no rosto, de cores variando entre o preto e o verde escuro. Ouviu o som de sua respiração, e antes de qualquer coisa, alguém pisou em suas costas rapidamente a prendendo.
– Está olhando o quê? – alguém perguntou.
[...]
Agora ele observava as pessoas rindo da garota.
Se aproximavam da jaula e se afastavam rindo, as crianças principalmente, colocavam a mão perto da grade e saíam correndo. Jimmy podia sentir o ódio no olhar da moça.
– Isso não é humano! – uma velha gritou do meio da multidão. – Nenhuma pessoa pode ter um corpo desse jeito! Isso é impossível, só pode ser obra de satanás!
[...]
– Oi. – se aproximou olhando pela fenda. – Meu nome é Jimmy. Como se chama?
Pelo buraco a única coisa que podia ser vista eram duas coisas amarelas e brilhantes.
A mulher ficou calada por algum tempo apenas fitando-o.
– [nome]. – falou piscando. – Por que quer saber?
– Ah, porque ninguém quis. – ouviu um resmungo. – Mas já que não quer...
Se virou e começou a andar devagar.
– Espere. – ela suspirou.
Jimmy se virou erguendo uma sobrancelha.
– Agradeço.
Alguns meses depois...
– Então não me quer para marido?
– Não.
– Nem para amante?
– Muito menos.
– Hum, e para amigo?
– Talvez.
Os dois ficaram em silêncio.
Jimmy sabia que ela estava com as costas encostadas na madeira. Aquela sensação crescia dentro dele, era estranho.
Gostava de estar com ela, gostava de conversar com ela, de passar tempo com ela. E a cada dia, essa vontade dele crescia mais e mais.
– [nome]. – chamou. – Está acordada?
– E como eu estaria dormindo?
Silêncio novamente.
– [nome]. – chamou novamente ouvindo um "hum?" – Você é forte. Por que nunca fugiu daqui?
Olhou pela fenda da madeira de onde os dois olhos o observavam. Frios e quentes. Misteriosos e decifráveis. Atraentes e sedutores. Seria esse o objetivo dela?
– Talvez eu tenha me acostumado com o lugar. – falou colocando parte da mão pra fora da pequena janela. – Não sei ao certo.
Jimmy observou as mãos. Eram magras, com unhas longas. Eram lindas. Como se fosse impossível que uma só gota de sangue pudesse circular nelas.
Ergueu as suas sentindo-a explorar as mesmas com certa curiosidade, seus dedos deslizando por elas com uma atenção em suas veias.
– E se eu o quisesse para marido?
– Seria a mulher mais feliz do mundo, e eu o homem mais sortudo. – olhou pras mãos dele. – Você me faz ter sensações estranhas, coisas que nunca senti antes. Faz eu me amar e amar você. Por favor não me diga não.
– E por que eu diria? – ouviu uma risada fraca. – Você é o cara mais lindo do mundo. Amo seus lindos cabelos castanhos, sua pele clara e seus olhos acima de tudo. Aposto que se não fosse como eu nem estaria olhando pra mim...
– Eu com certeza...
– Não fale nada. – ela esticou as mãos alcançando o rosto do homem. – Que seja como for, seremos felizes. Nem que seja por enquanto.
– Vou aceitar isso como um sim. – se aproximou da janela procurando e selando os lábios dos dois em um beijo curto. – Eu garanto que não vai se arrepender.
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tia ama vocês... tratem bem as pessoas, crianças, vocês podem achar um cara maravilhoso como Jimmy Darling e pagar pelo bullying de vocês
