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– PETER!
Olhei indignada pro professor que segurava meu braço, o que me impedia de correr até o loiro.
– Me solta!
O homem tentou me impedir mas eu já tinha me desfeito de suas mãos em bem pouco tempo.
Corri sem me importar com o que ia acontecer, uma óbvia decisão errada.
– Peter! – segurei o rosto vermelho do garoto. – Eu tô aqui, tô aqui!
O barulho de sua perna quebrando ainda tava em minha cabeça. Coloquei uma mão em seu peito desviando um pouco da dor pra mim.
– Oh, o amor... – me virei em direção a voz, atrás de mim. – Minha criança, você deixou de pensar direito em menos de um dia. Mal conhece esse garoto ridículo e já deixou sua proteção por ele.
– Ele não é ridículo! – falei irritada. Ok, ele podia ser só um pouquinho. – Pare de o chamar assim!
A dor estava aumentando, não sabia por quanto tempo ia aguentar sustentá-lo. O segurei firme até sentir uma mão em meu pescoço.
– Você se aproveita de um momento tão lindo! – simulei com a voz falhando por conta do aperto. – Que covardia! Se quer me matar, devia ter honra e deixar eu ter pelo menos um segundo com meu amado!
Olhei pro lado, onde está Hank quando a gente precisa.
Me virei dessa vez procurado Eric. Droga, droga, droga!
Será que ele esqueceu de quanto eu o admirava? Ele era meu herói...
– [nome]! – escutei Peter gritar, a voz bem distante, minha vista já escurecia. – [nome], por favor!
– É bom vê-lo implorando.
– Vai pro inferno! – xinguei, sendo arremessada contra a parede mais próxima.
Ergui a cabeça sentindo o gosto de terra em minha língua, junto ao sangue que escorria da minha cabeça.
– [nome], tô aqui. – sorri dando um tapinha no ombro de Kurt. – Tudo bem ok?
[...]
Abri os olhos apertando-os logo em seguida. Scott me olhava com aqueles óculos ridículos, esboçando um sorriso.
– Oi bela adormecida. – falou me ajudando a sentar. – Você perdeu toda a diversão. Faz algum tempo. Já era hora hein?
Coloquei a mão na cabeça pegando no curativo e senti uma dor aguda. Maldita dor, odiava me sentir assim.
– Tem alguém querendo te ver. – deu um passo pra fora do quarto. – Eh, eu vou deixar vocês conversarem.
Peguei meus óculos para enxergar melhor e vi Peter entrar com a perna engessada. Não pude evitar um sorriso ao vê-lo.
Ele se sentou ao meu lado fazendo uma careta de dor.
– Oi. – murmurou. – Como está a cabeça?
– Melhor que você. – indiquei com o olhar para a perna. – Quanto tempo eu estou aqui?
– Hã, uns quatro dias. – soltei um "merda". – Precisa descansar, não reclame.
Fechei os olhos dando um sorriso fraco na direção do loiro e então desviei minha atenção pra caneta na cabeceira da cama.
– Posso?
Peter fez que sim.
Me inclinei até alcançar o gesso e escrevi meu nome junto a alguns desenhos simples.
– Pronto. – tampei o pincel. – Parece que você já ganhou fãs.
– Ah? – riu. – Por aí. Mas estava precisando da atenção de alguém diferente...
Corei mordendo o lábio em nervosismo.
Ok, eu nem o conhecia direito, mas estava certa do que sentia. Contorci meus pés no tênis procurando uma maneira de desviar o rumo da conversa.
– Então... Você já contou pro Eric?
– Não... – olhou pensativo pra janela. – Talvez um dia... Ah, tenho um presente pra você.
Peguei a caixa pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha e sorri desfazendo o laço.
Era uma linda blusa igual a dele. Não pude resistir, como ele sabia exatamente o que eu mais queria ganhar?!
– Obrigada Pet! – pulei no mesmo dando um forte abraço, o que provocou um gemido. – Oh, desculpa. Obrigada, era tudo que eu queria!
Me levantei caminhando até o banheiro e sem me importar em fechar a porta, tirei a camiseta que vestia e a coloquei.
– Ficou perfeita! – bati palmas.
Peter fez um gesto para que eu sentasse do lado dele novamente.
– Então... Naquele dia...
– Ah, é...
Olhamos pra lados opostos do cômodo até que a mão dele deslizou até a minha.
Senti uma onda de choque percorrer meu corpo, como um raio ou algo do tipo. Devia parecer uma idiota corada daquele jeito.
Me virei atraindo a atenção do homem e lhe dando rapidamente um beijo, na velocidade da luz para não correr o risco de ele recusar.
– Espero que melhore.
Peter me olhou sério, e antes que eu pudesse levantar, sua mão já estava na minha cintura me puxando para um beijo mais intenso.
Fechei os olhos sentindo o maravilhoso contato do corpo dele contra o meu, dos lábios dele contra os meus.
– Eu com certeza ficarei. – sorriu acariciando meu rosto. – Desde que você aceite ficar comigo.
– Hum? Ficar com você?
– Não só agora, mas pra sempre.
– Calma aí señor rayo, está indo rápido demais. – dei risada passando a mão em seus cabelos.
– Essa é minha especialidade. – piscou. – E então? Você aceita?
Tombei a cabeça pro lado indicando que estava pensando.
– É, acho que me convenceu.
Me pus de pé o ajudando a se levantar, segurando sua mão em seguida enquanto caminhávamos pra fora.
O sol quente estava forte, ao que eu hesitei em sair de primeira.
– Tudo bem?
Fiz que sim ainda com sua mão entrelaçada a minha.
– Então... – murmurou. – Acho que podemos ser declarados oficialmente como um casal?
– Sim. – falei encostando minha cabeça em seu peito e observando enquanto Eric e Jean ajudavam a reconstruir o local. – Um casal.