29. A mente é importante

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Esgueirando-se silenciosamente pelo corredor escuro até o escritório de Snape na masmorra, Hermione emergiu na sala de aula de Poções com a coruja negra ainda cavalgando silenciosamente em seu ombro.

Abrindo cautelosamente a porta do corredor principal da masmorra, ela olhou para fora e encontrou-a vazia, antes de entrar no longo corredor, fechando a porta da sala de aula com força atrás dela. Ela estava a meio caminho da escada que levava aos níveis superiores do castelo quando uma forma emergiu das sombras de uma alcova.

Ela parou, assustada, com o coração na garganta enquanto a lembrança da última vez que ela foi confrontada sozinha neste mesmo corredor surgiu em sua mente. Mas este não era o seu agressor, ou um dos seus cúmplices que permaneceram escondidos nas sombras da última vez.

Era Malfoy.

— Granger — ele disse civilizadamente, e então seus olhos se voltaram para a coruja. O reconhecimento brilhou em seu rosto e ele se aproximou dela, estreitando os olhos.

— O que você está fazendo?

Ela amaldiçoou interiormente. Não havia ocorrido a ela que a patrulha do monitor-chefe o levou através das masmorras a essa hora, numa noite de quarta-feira.

— O Professor Dumbledore me pediu para levar esta coruja ao Corujal, se você quer saber — ela disse rigidamente.

Ele olhou para ela e depois para a coruja novamente. Tonatiuh se irritou em uma clara demonstração de aborrecimento, e Hermione se perguntou se a coruja reconheceu o jovem.

— Por que você está levando ela para lá? — ele perguntou desconfiado.

— Porque é lá que as corujas pertencem, Malfoy — ela disse, acrescentando sarcasticamente: — Certamente o monitor-chefe sabe disso.

— Não foi isso que eu quis dizer, Granger — ele disse, claramente irritado. — Você sabe de quem é essa coruja?

Hermione hesitou. Por mais surpreso que Malfoy parecesse com a notícia do "desaparecimento" de Snape na semana anterior, ele a estava observando com cuidado demais, esperando pela resposta dela. Ele estava genuinamente curioso para saber se os rumores sobre a morte de Snape eram verdadeiros, ou ele simplesmente aparentava isso por instrução de outra pessoa – alguém com motivos mais sinistros? Seja qual for o motivo, ela não estava disposta a revelar o jogo e poderia desempenhar bem o seu papel.

— Eu sei de quem era a coruja — ela disse calmamente, olhando para os pés.

Malfoy não disse nada, e ela olhou para cima depois de um momento e o encontrou observando a coruja com uma expressão de medo no rosto.

— Então é verdade — ele sussurrou, mais para si mesmo do que para Hermione.

— O que? — ela disse bruscamente.

Os olhos dele encontraram os dela com surpresa, como se ele tivesse esquecido momentaneamente que ela estava ali, antes de sua expressão mudar, o olhar abatido substituído por uma expressão fria de indiferença.

— Você não deveria vagar pelas masmorras sozinha, Granger — ele disse, com um tom de advertência em sua voz. — Você nunca sabe quem pode encontrar aqui.

— Se você está falando de você mesmo, Malfoy, não tenho medo de você — disse ela, e passou por ele para continuar pelo corredor até as escadas no final.

— Não é de mim que você deveria ter medo — uma voz veio atrás dela.

Ela parou e se virou, mas o loiro já havia se virado também e estava descendo para o outro lado do corredor e para as escadas que levavam a outro nível inferior e à sala comunal da Sonserina.

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