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Uma música suave invade o ambiente enquanto percorro o longo corredor pensando que logo irei me tornar esposa do capo e senhora dessa casa

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Uma música suave invade o ambiente enquanto percorro o longo corredor pensando que logo irei me tornar esposa do capo e senhora dessa casa... Quem diria que eu, uma moça pobre e sem recursos poderia almejar tal cargo?
Com certeza a maioria comentará sobre um golpe lucrativo, outras dirão que tenho sorte. A verdade é que até agora ainda tenho a impressão de que estou vivendo um tipo de sonho ou devaneio.

Ao chegar na cozinha me deparo com uma cena que se não visse com meus próprios olhos, certamente não acreditaria: Alev está cozinhando.
O cheiro de fritura impera no ar e ele se movimenta com a destreza de quem sabe o que está fazendo. Ao levantar o rosto e me notar seu sorriso se abre e sento-me em uma banqueta a sua frente.

- Em quinze minutos o jantar será servido.

- Huummm... Estou faminta mas, não vejo nenhum cozinheiro...

- Debochar do marido é considerado um crime por alguns homens.

- Ainda não somos casados.

- Ainda.

É impressionante como Alev tem o poder de aquecer-me com uma simples palavra. Sua resposta veio carregada de sensualidade e promessas que fizeram meu corpo formigar.

- Onde estão os outros?

- Dispensei os empregados e Savas levou a família para casa. Somos só você e eu.

Engoli em seco. Como Giulia fez isso comigo? Foi embora sem se despedir e me deixou sozinha com ele! E agora? Como serei forte o bastante para resistir?

- Está pálida. Tome, comprei um vinho italiano legítimo para você.

- Eu não bebo.

- Experimente.

Levei a taça aos lábios contrariada. Na casa de Dom Fiore nunca foi permitido aos empregados provarem as bebidas e o medo em consumir alguma escondida sempre foi maior do que a curiosidade mas esse vinho é realmente delicioso... É quente, picante e doce, desliza pela garganta e esquenta todo o corpo como uma carícia.
Fecho os olhos saboreando o líquido e sinto um toque que me faz recobrar os sentidos bem a tempo de ver Alev secando uma gota de vinho em minha boca com o polegar em seguida sugando-o entre os lábios.
Foi como se tivesse sido beijada e desejei que ele o fizesse mas sua atenção retornou às panelas.
Tomei mais um gole de vinho, dessa vez maior que o primeiro para tentar dissipar esses pensamentos.

Por alguns minutos ficamos em silêncio, apenas escutando a música e percebi como isso é bom... Mesmo que sejamos praticamente dois estranhos, estar na companhia um do outro não é constrangedor pelo contrário, é confortável e traz paz.
Finalizando tudo, Alev veio até mim e estendeu a mão que prontamente aceitei, ele enlaçou os dedos nos meus e ambos olhamos para aquele gesto que nos uniu em pele e destino.
Fui conduzida até o jardim onde uma pequena e linda tenda havia sido colocada com tecido brancos esvoaçantes, uma mesinha baixa e almofadas coloridas, tudo para nosso jantar.
Fiquei contente ao ver a organização, mesmo sendo o capo Alev sabe ser simples e charmoso nos detalhes e isso me encantou.
Antes de sentarmos ele pára a minha frente e assume um ar sério me deixando ansiosa.

Paixão MafiosaWhere stories live. Discover now