Dois irmãos

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Então eu engoli até o ódio
Não tenho forças para ficar brava
Nem tempo
O que é tão perturbador para você?
Só siga seu caminho
Qual o problema de todo mundo?
María - Hwa Sa

Capítulo quatro - Dois irmãos

Todos os dias da minha vida são complicados, hoje acordei com uma sensação estranha, espero que seja apenas coisa da minha cabeça.

Depois de quase ser assaltada, isso quer dizer ontem pela noite, mas felizmente o assassino que matou o agiota de nome Sanzu chegou e o ladrão sumiu como uma nuvem de fumaça, sem levar meu precioso e usado celular.

Mesmo sabendo o nome do Sanzu, procurei na Internet mais informações e não achei nada, nada mesmo. Então a polícia não deve saber ou não descobriram ainda sobre a existência ou crimes que poderiam ser relacionados ao mesmo.

Acordei cedinho, posteriormente vim trabalhar na loja de roupa, estranhamente deu tudo certo, não me topei com ninguém, logo a hora se passou, deu meu horário de almoço, almocei em uma barraquinha aqui perto e voltei para trabalhar.

Agora, pela tarde, estava bem movimentado, até porque estava com umas promoções.

- A senhora vai levar? - Perguntei a moça que estava com um vestido com estampa de borboletas.

Ela provou, como vendedora eu amei, mas na minha opinião pessoal, acredito que tenha ficado beeem mais ou menos.

- Vou sim, senão passarei um mês pensando nesse vestido. - Falou ela e eu sorri concordando, daqui à 2 dias se arrepende, certeza.

Caminhei junto da própria para o balcão onde tinha um notebook para fazer a nota dela para a mesma ir ao caixa fazer o pagamento.

Não demorou muito... e a senhora logo foi para o caixa.

Encarei o ambiente vendo que a maioria das pessoas estavam sendo atendidas ou rejeitavam a minha humilde ajuda, além de que tinham pobres olhando para peças chiques, eu sou pobre, por isso sei reconhecer outro pobre disfarçado.

Mas essa promoção poderia ser melhor até, porque continuou caro pra mim.

Vi a senhora passar com a sua sacola de compras.

- Obrigada, você é muito gentil! - Disse a mesma se retirando.

- Obrigada, volte sempre! - Falei com um sorriso forçado disfarçado, a mesma logo saiu da loja.

Encarei uma criança traquina que não parava de correr no meio da loja, atrapalhava os vendedores e infernizava os clientes, cadê a mãe dessa criança!?

- Meu Deus! - Ouvi a voz de Jessicleide, uma das vendedoras. - Que maravilhoso, incrível, lindo, lindo, lindo, lindo, lindo, quero pra mim, au, au, au! - Ela estava falando com outra funcionária, por que diabos tá latindo? Que língua estranha é essa?

Estoque novo? Do que estão falando? Deve ser alguma roupa.

- Eu vou atender eles! - Disse Joana Cleide empurrando Jessicleide que queria ter ido atender também.

Mesmo assim, olhei em direção no que as meninas estavam fixadas, na entrada da porta principal da loja.

Não. Não. Não. Não. Não. Ele não.

Encarei o indivíduo de cabelos da tonalidade rosa com mais dois homens.

Sanzu?

Virei de costas novamente.

O sentido da vida é mais pra trás (Imagine Sanzu)Where stories live. Discover now