ONE

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Desde pequeno Vegas sempre soube que o mundo gira em torno de dinheiro.

Ele sempre possuiu a convicção de que não existia coisa alguma no mundo que não pudesse ser comprada e, para a sorte dele, sempre teve dinheiro e tudo em sua vida giravam em torno de sua própria ganância. Podia ter todos que queria em sua cama, comprar todos os lugares que lhe convinha, todos os carros e roupas de luxo. Ele tinha tudo o que queria quando queria.

E neste momento ele queria o pagamento da cocaína que foi entregue em uma boate para qual ele revendia. Isso o trouxe para a atual situação: estava sentado na área vip da boate com dois seguranças que o acompanhavam no cômodo de guarda, seus dedos batiam inquietos contra a mesa em sua frente.

O homem que ele aguardava estava cinco minutos atrasado e Vegas desprezava atrasos.
A música alta ecoava por todo o local, ele estava no segundo andar, uma janela de vidro o possibilitava uma visão panorâmica de todo o ambiente.

Podia ver desde os homens de negócios que cheiravam o produto que ele vendia, os degenerados que lançavam inúmeras notas de dinheiro para dançarinos, e principalmente inúmeros strippers dançando sem pudor algum, como as pessoas de baixo valor que eles são, fazendo de tudo por uma pequena quantia de dinheiro que nunca chegaria a um porcento do que ele, como um grande empresário envolvido com alguns trabalhos ilegais, conseguia fazer em um dia.

Normalmente ele não viria em locais como esse, o procedimento padrão seria mandar alguns homens de cargos baixos para cobrar a dívida, dar um susto no dono e se ele negasse talvez até mesmo matá-lo. Porém, o dono desta boate em específico possuía conexões com pessoas importantes e Pete sempre agradeceria a oportunidade de cobrar favores de tais pessoas em um futuro não tão distante.

Isso apenas significava que ele tentaria resolver tudo de forma um pouco mais pacífica inicialmente, mas nada no céu ou inferno o impediria de matar alguém que o roubasse e se o dono da boate, Kinn, não aparecesse nos próximos segundos com contatos ou não seu destino já estaria traçado.

Como se lesse seus pensamentos, Kinn adentra o cômodo acompanhado de um funcionário.

- Achei que apreciaria um pouco de entretenimento essa noite. - O homem de refere ao stripper que trouxe consigo acenando para ele com a cabeça. O mesmo entende a ordem silenciosa se aproximando e sentando no colo de Vegas em seguida.

- A única coisa que eu apreciaria neste momento seria o pagamento do dinheiro que você me deve. - Ele diz com um tom calmo em meio a um sorriso carregado de ameaça.

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- Você só pode estar brincando comigo. - Pete resmunga enquanto Pol, bartender da boate, preparava a bandeja com pressa - Não é minha função servir bebidas.

- Quebra essa pra mim, Blue. - Pol pede passando as mãos pelo rosto, odiava trabalhar sob pressão - O lugar está enchendo, o chefe está com visita. É só dessa vez. - ele suplica.

- Eu podia socar sua cara agora. - o rapaz pragueja ao que toma a bandeja de prata com as mãos, sobre ela, havia uma garrafa cara de whisky, um limão cortado e dois copos próprios para a bebida.

Pete nunca fora uma pessoa fácil de lidar, era cabeça dura e consideravelmente teimoso. Odiava prestar favores e ainda mais se estivesse em posição que não se beneficiaria; odiava ter que ir a sala do chefe quando o mesmo estava com visitas já que geralmente era oferecido como premio ou usado como convite para que o dono conseguisse arrancar dinheiro de seus sócios.

Maldito Pol.

- Com licença, Senhor. - Pete diz após dar dois toques na porta semi-aberta, assim, ele adentra o cômodo e segue até a mesa de Kinn deixando a bandeja ali - O whisky que mandou trazer.

BOUGHTED LOVE × VEGASPETEWhere stories live. Discover now