VII

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CAROL SANTOS:


Já estávamos no caminho da casa de Ferran e o moreno já havia dado uma desculpa para os meninos, estávamos em total silêncio apenas ouvindo baixinho uma música que tocava no rádio.

Ferran estava concentrado na estrada a frente e ainda não havia dito uma palavra sequer desde o ocorrido, tombei minha cabeça para o lado da janela e comecei a observar a rua que estava levemente molhada pelo sereno que caía, não era um sereno muito forte mais dava pra molhar e pegar um resfriado.

Em um breve momento senti os olhos de Ferran me observando e não era um olhar comum ou de provocação, era de preocupação e proteção. Ele estava preocupado com o que se passava em minha mente e eu estava nervosa por ele estar me observando.

Encarei ele que logo desviou o olhar para o sinal aberto voltando a dar partida no carro, não demora muito para que ele estacione em frente a uma lanchonete 24 hora.

— O que quer comer?

— Qualquer coisa. — digo baixinho.

— Ainda não provei essa comida, é brasileira?  — Ferran diz e eu reviro os olhos.

— Pode ser um milkshake de chocolate. — digo.

— Está bem, fique aqui eu não vou demorar.

Concordo com a cabeça e vejo ele se distanciar logo entrando na lanchonete, me ajustei no banco do carro e esperei até que Ferran voltasse, ele demorou um pouco mais logo saiu com duas sacolas nas mãos.

Ele entrou no carro me passando as sacolas e logo pude ver alguns paparazzis tirando fotos do jogador, Ferran parecia irritado mais ainda assim não disse nada apenas voltou a dar partida no carro.

O caminho até a casa do moreno foi rápido e assim que ele estaciona o carro vejo ele ficar vermelho mas não era vergonha e sim raiva. Me assustei quando ele socou o volante do carro e deu um longo suspiro.

Vejo o celular dele vibrar e na tela de bloqueio aparecia o nome "mãe" ele jogou o celular no banco de trás e eu o olhei confusa.

— Não vai atender? — perguntei.

— Pra quê eu vou atender se ela já estar dentro da minha casa!? — Ferran fala com a voz rouca como quem quisesse chorar.

— Torres o que tá pegando?

— O que tá pegando é que vamos dar meia volta e ir pro seu AP.

— O que custa falar com sua mãe?

— Custa muito, você não sabe o que ela me fez. — ele diz e vejo seus olhos lacrimejando.

— Então me diga, só vou saber se você me contar. — coloco a mão em seu rosto.

— Não dá, não quero falar sobre isso.

— Ótimo então entre e veja o que sua mãe tem a dizer.

Ele me olha indignado mas logo suspira derrotado e sai do carro eu faço o mesmo e o sigo até dentro de sua casa logo me arrependendo quando vejo Sira gritar surpresa juntamente com uma mulher ao qual julguei ser a mãe do Ferran.

— Quem é essa? — a mulher indaga.

— É a nova interesseira que está de olho no Ferran. — Sira diz.

— Sou amiga do Ferran e me chamo Carol. — digo encarando Ferran que estava em choque.

— Me desculpa a indelicadeza senhorita Carol. — a mãe de Torres inicia. — Mas vou pedir que se retire pois é uma comemoração em família.

Chance certeira - Ferran TorresOnde histórias criam vida. Descubra agora