XXX-II

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FERRAN TORRES:

Passei o resto da noite dentro do quarto, Carol havia pegado suas malas e avisou a Pedri que partiria pela manhã, eu sei que magoei muito ela, eu não queria que as coisas tivessem chegado a este ponto.

Mas essa foi a única saída que tive, mentir era minha única opção, precisava fazer com que ela me odiasse ao ponto de não vir atrás de mim e essa foi a única maneira de protegê -la, Sira nunca veio aqui, Sira nunca esteve em meus pensamentos desde que conheci Carol, nunca vi a Carol como meu tapa buracos, ela é o amor da minha vida.

Eu quem pedi para Rosi falar que Sira veio aqui, eu pedi pra ela mentir, se fosse pra fazer isso que fosse de uma vez. Essa viagem foi planejada por mim muito antes, desde que Marta pisou na Espanha pela primeira vez.

Ela nunca foi uma mãe, ela é um monstro, mas se essa é a única solução para que ele não chegue perto da Carol eu não irei me importar de ficar machucado por dentro.

Essa dor está ultrapassando minha pele, atingindo meus órgãos e machucando minha alma. Eu não podia mais adiar tudo isso, Pablo já havia visto o padrasto da Carol na Espanha, ele só não sabe quem ele realmente é.

Ninguém sabe disso além de mim, Marta e tia Rosi, sempre pedi conselhos para tia Rosi, ela é como uma mãe para mim e nunca me virou as costas. De início ela foi contra, mas, ela entendeu que essa era meu único jeito de proteger Carol.

"A bancada da cozinha estava cheia de dinheiro, eu mesmo havia posto em espécie ali em cima, meu coração batia forte tentando fazer tudo isso sumir. Foi eu quem permiti que ela pisasse na Espanha, eu convenci Carol de que a mãe dela poderia ser legal.

— Olha, tem cinquenta mil aqui nessa mala, você vai embora e vai deixar a Carol em paz, esse tal de Carlos vai deixar ela em paz também. — falei ríspido.

— Acha mesmo que ele vai embora? Ele sabe que agora ela tem dinheiro, ela tem você! — falou rindo. — Nada vai fazê -lo ir embora agora.

— Dê seus pulos. — falei.

— Tenho uma solução, você tem que acabar o que têm com a Carol. — começa e eu solto um riso irado. — Eu digo a ele que Carolina perdeu seu trabalho pois você era a influência dela, mas, você tem que me pagar uma quantia todo mês.

— E porquê eu seguiria seus planos?

— Ou é isso ou eu tô pouco me fodendo pra o que ele fará quando chegar perto dela. — disse.

— Que ódio é esse que você nutre por sua própria filha?

— Escute garoto, as vezes temos que sacrificar o que amamos para sobreviver. — falou. — Eu suportei muita coisa para a Carolina ser o que ela é hoje, isso é o mínimo que ela deveria fazer por mim. 

Eu sentia nojo desta mulher, o quanto mais longe ela ficar da Carol mais eu ficarei aliviado.

— Eu topo, mas quero você longe da minha casa, longe da Carol.

— Só ficarei longe dela quando você fizer sua parte do acordo.

— Me dê uma semana. — falei me levantando.

Chance certeira - Ferran TorresOnde histórias criam vida. Descubra agora