Capítulo dezesseis. - Quem é o Jake Lerry?

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Agatha.

- Aí... você quer fazer alguma coisa? - disse Jake, me pegando totalmente desprevinida. O que há de errado com ele? Ele não costuma ser legal...

- Ué, assim do nada? - questionei.

- Eu estou no tédio.

Claro... ele quer que eu seja seu passatempo.

- E quem disse que eu estou? - retruquei.

- E o que você está fazendo? - ele disse, me desafiando.

- Procurando algo pra comer... - disse a primeira coisa que me veio a mente.

- Tem ceral.

Isso soou tão... gentil? O Jake não é gentil. Ele pegou o cereal e o leite, e eu não conseguia parar de olhar-lo, eu estava em choque. Será que ele está assim porque eu o segui no instagram? Acho que não, isso é uma coisa normal, ainda mais pra ele que é rodeado de garotas se jogando aos seus pés. Ele percebeu o meu olhar, e me olhou de volta.

- Vai querer?

- Pode ser...

Para a minha supresa ele se serviu, e me serviu também. Quem é esse Jake? Eu não o conheço. Ele se sentou na bancada, e eu fiz o mesmo. Pra ser sincera, eu também estou no tédio, as minhas atividades estão em dia, e não tem um assunto que eu esteja em dúvida para estudar. Ele joga Resident Evil, seria legal jogar... faz tempo que eu não jogo, estou com saudades. Mas não seria um erro jogar com ele, né? Talvez eu devesse dar uma chance à ele. Mordi os lábios de nervosismo, não sei se é o certo a se fazer, mas quero arriscar.

- Eu ouvi você falando que joga Resident Evil um dia desses... eu também jogo, quer dizer... jogava. - Falei assim que tomei coragem.

Ele me encarou por um tempo, acho que estava surpreso, mas não sei a razão.

- Quer jogar? - ele perguntou.

- Quero.

Terminamos de comer e fomos para o seu quarto. É estranho ficar sozinha com ele, ainda mais quando é no quarto. Ele me entregou um controle, e colocou Resident Evil 6, o que dá para dois jogarem. Ele se sentou na cama, e presumi que era pra fazer o mesmo. Eu e ele, sozinhos, sentados numa cama, isso parece errado. Se meu pai visse isso, com certeza iria pensar besteira. Começamos a jogar, e tenho que admitir que ele é muito bom. Os seus dedos mexem tão rápido no controle, que minha nossa... nunca vou conseguir fazer isso. Passamos de uma fase tão difícil, não pude conter um gritinho de felicidade. Vi quando ele riu, e que sorriso. Olhei para a sua parte da tela, e vi dois Zombies atrás dele.

- Tem dois atrás de você, Jake! - o avisei.

- Pode deixar. - ele disse antes de matar os Zombies.

- Boa...

- Eu sou bom! - se gabou. E aí está o velho Jake.

- Você é convencido, isso sim! - falei, e ele riu, e que sorriso lindo...

Eu não sei se coisa da minha cabeça, mas sempre que estamos a sós o clima parece ficar tenso, e eu não sei qual é o tipo de tensão. O meu corpo sempre fica tenso, como se alguém fosse me atacar, e eu nunca havia me sentido assim antes. Olhei para o lado, e vi Jake concentrando, ele não percebeu o meu olhar, o que é bom. O seu maxilar estava mais marcado, o que o deixava ainda mais bonito. Parei de olhar pra ele, e me voltei ao jogo não iria perder por olhar-lo, jamais.

Jogamos pelo resto da tarde, até que foi legal. A gente não chegou a conversar, nem nada do tipo, só fizemos companhia um ao outro enquanto jogávamos, e não é nada mal não passar uma tarde sozinha. Ouvimos batidas na porta, e em seguidaa voz doce de April, Jake liberou sua entrada, quando ela entrou no quarto meu coração parou por um segundo, senti como se estivesse feito algo de errado, mas logo essa sensação foi embora quando April sorriu pra mim.

International Love (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora