Lindsay é uma incrível patinadora artística, mas se vê encurralada quando precisa de um par para as próximas competições.
Se o desejo de ganhar não fosse tão grande, talvez ela teria recusado a parceria com seu maior rival, o talentoso, mimado e Cin...
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Quando Dominick chega na sala de ballet, eu estou quase dormindo no alongamento. Comecei as aulas de ballet para me ajudar nos movimentos e delicadeza da patinação e o street por ser algo um pouco diferente, acabei gostando. E estava incluso na minha matrícula como patinadora do LV.
O loiro começa seus alongamentos enquanto eu termino o meu e tento não dormir. Em algum momento, estamos fazendo os mesmos movimentos, encarando um ao outro com os olhos semicerrados. Na hora em que levanto uma perna para alongá- la, ele faz a mesma coisa.
— Ótimo, já estão em sincronia — a voz do professor de Dominick soa na sala quase nos fazendo perder o equilíbrio. É um homem um pouco mais baixo que ele, cabelos pretos puxados para trás com tanto gel que acho que se jogassem uma pedra ali, a mesma quebraria e o cabelo ficaria intacto. — Bom dia, meu nome é Jonas e a partir de hoje serei seu novo professor de ballet.
— Prazer — digo com a voz rouca de sono e escuto a Cinderela ao meu lado resmungar um "prazer" com uma voz fina e baixa. Jonas parece pressentir o que iria acontecer e com um bater de palma, nossa atenção é novamente direcionada para ele.
— Certo, vocês dois sabem as sequências e os passos. Roux me disse que vocês precisam se conectar mais um com o outro, sentir mais a presença um do outro. Lindsay, você corre, pula e Dominick te segura, fácil.
— É o que? — Nós dois falamos juntos.
— Correr, pular e segurar. Simples. Já fizeram isso com os outros parceiros, dentro e fora do gelo. — Dominick e eu nos entreolhamos e viramos o rosto rapidamente para lados opostos.
Sem muita opção, me posiciono do outro lado da sala, na mesma reta que ele. Fecho os olhos e respiro fundo três vezes. Ao abrir, encontro aqueles olhos azuis claros e brilhantes e vacilo por um momento. Respiro fundo de novo e corro e salto, pedindo a Deus que eu não caia.
Dominick me pega alguns segundos atrasados e nos desequilibramos e caímos, seu corpo em cima do meu.
— Droga, Linda, devia ter avisado antes — reclama com as mãos ao lado do meu corpo no chão. Começo a levantar e ele fica rígido com os olhos arregalados.
— Tira essa cara de peixe morto daqui e me deixe levantar — o afasto. — E pra sua informação, eu avisei que estava pronta.
— Quando?
— Quando olhei pra essa sua cara feia.
— Ah sim, e eu deveria saber o que seu olhar diz.
— De novo — Jonas pede e nesse momento lembro de sua existência. — No três, você pula e você segura — volto para onde eu estava e espero sua contagem, no 3, faço o que fiz anteriormente. Quase caio, mas dessa vez, Dominick consegue me segurar antes do impacto, suas mãos grandes e fortes segurando minha perna e minha cintura. — Dominick, use suas mão. Precisa estar posicionadas um pouquinho abaixo da virilha dela, você está pegando no joelho, é lógico que vão cair e podem até se machucar. De novo.
